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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mulher pode ser pastora? ou exercer cargos de liderança?


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Este blog responde os argumentos dos Teólogos: 

  • Antonio Gilberto, 
  •  Russel Shedd,  
  • Augusto Nicodemos
  • Ageu Magalhães
  • Ciro Zibordi

 Contexto cultural machista Judaico e Pagão:
"As mulheres, os escravos e as crianças não eram convidados a pronunciar as bênçãos na refeições (Berakoth 3:3; 7:2)"
 "No templo de Herodes, as mulheres não podiam ir além do átrio das mulheres"  Nas sinagogas as mulheres começaram a ser segregadas dos homens no séc. III a.C em diante...Qualquer membro varão da sinagoga podia receber um convite do presidente da sinagoga para ler da Lei ou dos Profetas, mas a mulher era obrigada a conservar rigoroso silêncio" ...Desencorajava-se a conversação com mulheres (Erub. 53b; Aboth 1;5; cf. Jo 4:9,27) (Dicionário Internacional de Teologia do N.T p. 1337)
 João 4:27  "Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
"A mulher não lê o trecho da Torá por amor à honra da congregação" (Magillah, 23a [Barzitha] Citado de Jewett, op. cit., 91)
 "Antes fossem as palavras da Torá queimadas, do que entregues a mulheres" (T.J. Sotah 10a, 8;cf TDNT1 781)  
"Deve-se pronunciar três doxologias todos os dias: Louvado seja Deus que não me criou pagão! Louvado seja Deus que não me criou mulher! Louvado seja Deus que n~çao me criou pessoa iletrada" (Tosefta Ber. 7, 18; cf. T.J. Ber. 13b; cf. op. cit., 92; J. Leipoldt, op. ct., 58) ou Menahoth 43, b citado em (A vida diária nos tempos de Jesus p. 147)
(...) Devemos então dizer que todas aquelas pessoas tem suas qualidades próprias, como o poeta (Sófocles, Ájax, vv.405-408) disse das mulheres: ‘O silêncio dá graça as mulheres’, embora isto em nada se aplique ao homem” (Aristóteles, Política, I, 1260 a-b, pp. 32 e 33).
"é vergonhoso para mulher falar em público"  (Plutarco)
Então é lógico que Jesus não escolheu entre seus discípulos nenhuma mulher para ser missionária (apóstolo)!!!!!  Diferentemente dos apóstolos quando em contexto não judaico,isto é, entre os gentios (não judeus)   veja mais abaixo:

ARGUMENTOS CONTRÁRIOS-
RESPOSTAS EM VERMELHO




Por que mulheres não podem ser pastoras? http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/134/por-que-mulheres-nao-podem-ser-pastoras.html

Ter, 24/03/2015 por Ciro Sanches Zibordi

Homens e mulheres precisam entender que, independentemente das circunstâncias, a Bíblia sempre será a inerrante e infalível Palavra de Deus. Mulheres e homens não devem “legislar” em causa própria, e sim respeitar o que a Palavra do Senhor assevera acerca da priorização e da hierarquização estabelecidas pelo Senhor na família e no ministério. Alguém dirá: “Deus não faz acepção de pessoas. Somos todos iguais. A Igreja não é como as forças armadas. Não existe hierarquia no meio do povo de Deus. Homens e mulheres podem ser pastores”. Quem diz que Deus não hierarquiza e prioriza deveria estudar passagens como Gênesis 1; Números 2; Atos 15.6,22; 1 Coríntios 12.28,29; 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16,17; 5.23, etc. Observe especialmente os termos “primeiramente”, “em segundo lugar”, “em terceiro lugar”, “depois”, etc.

Em Isaías 43.7 está escrito: “a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz”. O ser humano não foi apenas criado por Deus. Ele foi criado, formado e feito para a glória do Senhor. Um edifício, antes de ser formado e feito, é criado pelo arquiteto, que faz, antes da construção, o croquis, o projeto, etc. Formar é dar forma ao que foi previamente criado, concebido, projetado. A feitura, mencionada no texto bíblico, diz respeito ao acabamento da obra (cf. Gn 2.3). Quem foi criado primeiro, o homem ou a mulher? Nenhum dos dois, pois ambos fizeram parte do projeto original de Deus. Na criação não houve priorização: “macho e fêmea os criou” (Gn 1.26). Quem foi formado primeiro? O homem. Segue-se que a priorização divina ocorreu na formação, e não na criação: “Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva” (1 Tm 2.13).

Por que o Senhor não formou primeiro a mulher e, depois, tomou uma das costelas dela para formar o homem? Porque Ele é soberano e decidiu priorizar o homem (Gn 2.7,22). No cristianismo genuíno não há espaço para machismo e feminismo, movimentos extremados que ignoram o princípio divino da prioridade. O primeiro adota o princípio da superioridade e considera a mulher inferior ao homem, enquanto o outro, adotando o mesmo princípio, demoniza o homem. No Corpo de Cristo, há lugar para ambos os sexos, desde que reconheçam, à luz das Escrituras, a sua posição.

Reconheço que muitos homens cristãos precisam reconsiderar a sua opinião acerca das mulheres, que, ao longo dos séculos, vêm sendo discriminadas, principalmente no meio religioso. Por que muitas irmãs em Cristo não aceitam a doutrina de Deus (e não de homens) quanto à submissão ao marido? Porque muitos esposos, autoritários, se consideram superiores às suas esposas e as desprezam. Segundo a Bíblia, a relação entre homem e mulher deve ser, antes de tudo, de respeito mútuo (1 Co 7.3-5). Deus formou Eva a partir de uma das costelas de Adão (Gn 2.18-22) para demonstrar que a mulher não deve estar nem à frente nem atrás do homem, mas ao seu lado e de frente para ele, como adjutora e ajudadora, o que não denota inferioridade. Observe que Deus, infinitamente superior ao ser humano, é o nosso Ajudador (Hb 13.5,6).

Paulo compara a submissão da mulher à sujeição de Jesus (1 Co 11.3). Deus Filho e Deus Pai fazem parte da Trindade e são iguais em poder (Mt 28.19; Jo 10.30). Todavia, Cristo, por amor, e não por imposição do Pai, submete-se voluntariamente a Ele, recebendo dEle toda a honra (Fp 2.6-11). A Palavra do Senhor também afirma: “assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.24). E Cristo não obriga ninguém a obedecê-lo.

A Bíblia não abona o igualitarismo feminista, mas também não avaliza o machismo. O termo “vaso mais fraco” (1 Pe 3.7) não foi empregado como sinônimo de inferioridade. Ele denota que a mulher é mais frágil, mais sensível e, por isso, deve ser amada e honrada pelo marido (Ef 5.25-29). Repito: o princípio que Deus adotou foi o da prioridade, e não o da superioridade, visto que Ele não faz acepção de pessoas (At 10.34). E o princípio da prioridade também vale para o exercício do ministério. Quem não aceita o princípio bíblico da prioridade abraçará, inevitavelmente, “doutrinas de homens”, como o igualitarismo feminista. Alguns teólogos, ao não encontrarem nas Escrituras passagens claras em defesa do ministério feminino, têm afirmado que Paulo era contrário às mulheres, em razão de sua formação farisaica. Isso não resiste a uma exegese, pois nenhum machista aconselharia os homens a amarem a sua própria mulher (Ef 5.25), tampouco teria tantas mulheres como cooperadoras (Rm 16). Ademais, esse apóstolo se declarou imitador de Cristo (1 Co 11.1).

Se Paulo era machista, o que dizer de Jesus, que escolheu doze homens para compor o ministério da igreja nascente? Ele teria se enganado? Ou o Mestre tinha algum vínculo com fariseus, saduceus ou quaisquer grupos machistas de sua época? A Bíblia diz claramente que o Senhor “chamou para si os que ele quis” (Mc 3.13). Por que Ele não quis chamar algumas mulheres para figurar entre os seus apóstolos? Por que não chamou seis casais, por exemplo? Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser presbíteros ou apóstolos, caso tivessem chamada de Deus para tal e servissem bem ao ministério (Hb 5.4; 1 Tm 3.13), os apóstolos disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões” (At 6.3). No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados por homens (At 15).

Em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores (homens) das igrejas da Ásia. Alguns teólogos dizem que Júnias (ou Júnia) era uma apóstola. Mas, pelo que tudo indica, ele (e não ela) era apenas um cooperador de Paulo. Mesmo que Júnias fosse uma mulher, o texto bíblico não confirma o seu apostolado, pois não era comum uma mulher ficar presa com homens: “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo” (Rm 16.7). Distinguir-se entre os apóstolos não significa, necessariamente, exercer o apostolado. Marcos e Lucas, por exemplo, não eram apóstolos e se distinguiram, se notabilizaram, entre eles. Nos tempos da igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). E algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo Paulo, como Febe, Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm 16), além de Lídia, a vendedora de púrpura (At 16.14). Não há nenhuma referência a mulheres exercendo atividades pastorais.

Alguns defensores do pastorado feminino afirmam que Priscila era uma apóstola, mas, a despeito de ela ter sido citada com destaque (At 18.26), não há nenhuma referência que confirme seu apostolado. “E as mulheres que estão no campo missionário dando a sua vida pela obra de Deus? Não podem elas exercer o pastorado?”, alguém perguntará. É claro que as regras têm as suas exceções. Mas não devemos nos valer destas para adotar condutas generalizantes, sem compromisso com as Escrituras, como o pensamento infundado de que todas as esposas ou filhos de pastores são automaticamente pastores.

Conquanto as mulheres sejam mencionadas com grande destaque nas páginas do Novo Testamento, aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus priorizou os homens, em regra geral, no que tange ao pastorado e aos ministérios afins (Ef 4.8-11). Mas isso não significa que as mulheres não podem trabalhar para Deus. Todos os salvos, sem distinção, são cooperadores de Deus (1 Co 3.9). E precisamos aceitar a chamada soberana do Senhor para a nossa vida. Não devemos amoldar a Bíblia ao nosso modo de pensar nem às influências filosóficas prevalecentes no mundo. Por mais que nos sintamos contrariados, devemos renunciar o nosso eu (Lc 9.23), a fim de obedecermos à vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.1,2).

Ciro Sanches Zibordi

Respostas:
As questões levantadas acima estão abordadas abaixo:


30 argumentos de Ageu Magalhães (pastor presbiteriano):



1. Na criação, Deus estabeleceu o homem como cabeça e a mulher como auxiliadora (Gn 2.18). O ensino pressupõe autoridade;

Resposta:
a- O termo auxiliadora não pressupõe inferioridade ou submissão.  
O próprio Deus é nosso auxiliador, seria ele submisso ao homem?



Gênesis 2:18  Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora <05828> que lhe seja idônea.

Gênesis 2:20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora <05828> que lhe fosse idônea.

Êxodo 18:4  e o outro, Eliézer, pois disse: O Deus de meu pai foi a minha ajuda <05828> e me livrou da espada de Faraó.
Deuteronômio 33:7  Isto é o que disse de Judá: Ouve, ó SENHOR, a voz de Judá e introduze-o no seu povo; com as tuas mãos, peleja por ele e sê tu ajuda <05828> contra os seus inimigos.
Deuteronômio 33:26  Não há outro, ó amado, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua ajuda <05828> e com a sua alteza sobre as nuvens.
Deuteronômio 33:29  Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR, escudo que te socorre <05828>, espada que te dá alteza. Assim, os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos.
Salmos 20:2  Do seu santuário te envie socorro <05828> e desde Sião te sustenha.
Salmos 33:20  Nossa alma espera no SENHOR, nosso auxílio <05828> e escudo.
Salmos 70:5  Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu amparo <05828> e o meu libertador. SENHOR, não te detenhas!

b- O termo auxiliadora denota a necessidade de ajuda, a incompletude e insuficiência.
"mas a palavra ajuda ou auxiliadora de Gênesis 2:18,20 indica o estado incompleto do homem e talvez sua fraqueza...Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 396


Gn18 ¶ Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.
19  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.

20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea
21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.


23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.


c- A mulher foi criada do lado  de Adão dando a ideia de igualdade e companheirismo.


20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela 06763 que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.

06763 

1) lado, costela, viga

1a) costela (humana)

1b) serra (referindo-se a monte, cordilheira, etc.)
1c) câmaras ou cubículos laterais (do edifício do templo)
1d) viga, tábua, prancha (referindo-se ao cedro ou pinheiro)
1e) folhas (referindo-se à porta)
1f) lado (referindo-se à arca)

 d- A mulher tinha grande influencia sobre o homem.

"o ponto do relato de Gênesis é a humanidade, igualdade e unidade essencial da mulher com o homem...O relato da Queda não apenas aponta um papel influente da mulher, mas a palavra ajuda ou auxiliadora de Gênesis 2:18,20 indica o estado incompleto do homem...  Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 39

 e- A subordinação da mulher ao homem e a opressão sobre ela só ocorre após a queda, e isso foi uma maldição preditiva:
"O papel subordinado da mulher parece ser resultado da Queda, mais do que a Criação (cp. 3:16)" Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 396
Gn 3:15  Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16 ¶ E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
17 ¶ E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
18  Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
19  No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.




2. Sendo o marido “o cabeça da mulher” (Ef 5.23) não pode a mulher, na igreja, ser cabeça do marido;
Resposta:
a- O pastorado não é uma relação de dominação/sujeição do pastor sobre os membros. 

Marcos 10:42  Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos  sob seu domínio <2634>, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.

43  Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;

44  e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos.
45  Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

1 Pe 5:2  pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;
nem como dominadores 2634 dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.
4  Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.
2634 katakurieuo

de 2596 e 2961; TDNT-3:1098,486; v

1) colocar sob o seu domínio, sujeitar-se, subjugar, dominar
2) manter em sujeição, domínio sobre, exercer senhorio sobre

Lucas 22:25  Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre <2961> eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores.

 2961 kurieuo 

de 2962; TDNT-3:1097,486; v 

1) ser senhor de, governar, ter domínio sobre 
2) de coisas e forças 
2a) exercer influência sobre, ter poder sobre

A mesma palavra usada em Gn 3:16 na versão grega do AT (Septuaginta) é usada no NT para se referir ao ministério pastoral. Ou seja, o pastorado não é uma relação de sujeição, sendo assim uma mulher pastora não exerce domínio sobre ninguém


16  kai {<2532> CONJ} th {<3588> T-DSF} gunaiki {<1135> N-DSF} eipen {V-AAI-3S} plhyunwn {<4129> V-PAPNS} plhyunw {<4129> V-FAI-1S} tav {<3588> T-APF} lupav {<3077> N-APF} sou {<4771> P-GS} kai {<2532> CONJ} ton {<3588> T-ASM} stenagmon {<4726> N-ASM} sou {<4771> P-GS} en {<1722> PREP} lupaiv {<3077> N-DPF} texh {<5088> V-FMI-2S} tekna {<5043> N-APN} kai {<2532> CONJ} prov {<4314> PREP} ton {<3588> T-ASM} andra {<435> N-ASM} sou {<4771> P-GS} h {<3588> T-NSF} apostrofh {N-NSF} sou {<4771> P-GS} kai {<2532> CONJ} autov {<846> D-NSM} sou {<4771> P-GS} kurieusei {<2961> V-FAI-3S}

b- A sujeição ao guia, ou pastor é em função dele estar portando a Palavra e não por ele ser homem

  HB 9:9 Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça e não com alimentos, pois nunca tiveram proveito os que com isto se preocuparam.
17  Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.


Apocalipse 2:2  Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;

Gl 1:8  Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.

9  Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema

2 Ts 3:14  Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado

I Tm 6:3  Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade,
4  é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas,

5  altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.


c- Ainda é comum a mulher se destacar mais que seu marido como foi o caso de Priscila/Prisca que em 6 ocorrências é citada 4 vezes antes de seu marido. (ver resposta 5)


3. Os sacerdotes eram responsáveis em ensinar a Lei ao povo (Lv 10.11, Ml 2.7) e nunca houve sacerdotisas em Israel;
Resposta:
Exato. Muitas coisas mudaram na Nova Aliança, inclusive o Sacerdócio. Tanto homens como mulheres são sacerdotes na Nova Aliança e oferecem sacrifícios espirituais

Hebreus 7:12  Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.


1 Pedro 2:5  também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.


Apocalipse 1:6  e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
Apocalipse 5:10  e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.
Apocalipse 20:6  Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.




4. Mulheres foram profetisas na Bíblia, mas Pregação e Profecia são dons diferentes (Rm 12.6,7; 1Co 12.28,29 e Ef 4.11). Na Profecia Deus coloca as palavras na boca do profeta (Dt 18.18 e 1Co 14.30). Ele é tomado pela profecia (1Co 14.25). Até Saul profetizou (1Sm 10.10);
Resposta:
Sim. Tanto homem quanto mulheres profetizavam tanto na Nova Aliança quanto na Antiga.
Equiparar profecia ao ensino é um erro. Os defensores do ministério feminino concordam com isso, logo este argumento não tem validade.  É a falácia do espantalho. Simplificar algo e depois refutar é cometer uma falácia  de lógica.



5. Mulheres profetizaram, mas o ensino autoritativo foi reservado aos homens (1Tm 1.12, 3.2, Tt 1.6);
Resposta:
a-Priscila ensinou um homem poderoso nas Escrituras e que sabia com precisão sobre o evangelho de Jesus Cristo. Será que o ensino dela não é autoritativo?
Priscila/Prisca é citada geralmente antes de seu marido e vários estudiosos ressaltam que o fato dela ser citada antes de seu marido 4 de 6 vezes ressalta o destaque dela em relação a ele.

At 18:24  Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras.
25  Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.
26  Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.


Ocorrências no NT:
Atos 18:2  Lá, encontrou certo judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles.
Atos 18:18  Mas Paulo, havendo permanecido ali ainda muitos dias, por fim, despedindo-se dos irmãos, navegou para a Síria, levando em sua companhia Priscila e Áqüila, depois de ter raspado a cabeça em Cencréia, porque tomara voto.
Atos 18:26  Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
Romanos 16:3  Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
1 Coríntios 16:19  As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles.
2 Timóteo 4:19  Saúda Prisca, e Áqüila, e a casa de Onesíforo

b-  é comum mulheres dar aula na escola dominical. Não seria o ensino da Escola Bíblica autoritativo?

c- è também comum mulheres teólogas darem aula em cursos de Teologia para pastores.  Neste caso também o ensino não é autoritativo?



6. Débora (Jz 4.6), Miriã (Êx 15.20,21) e Hulda (2Rs 22.14) profetizaram, mas não exerceram ensino autoritativo diante do povo;
Resposta:
Sim. Mas os defensores do ministério de mulheres não dizem que exerceram. Mais uma falácia do espantalho.(ver resposta 4)



7. Débora foi juíza em Israel por causa da omissão masculina. Todavia, ela não convocou o povo para a batalha, mas encorajou Baraque a fazê-lo (Jz 4.6,10);
Resposta:
a- O texto não diz que ela foi juíza por causa da omissão. 
Mas os opositores do ministério de mulheres não aceitam a liderança de mulheres nem em casos de omissão!!!!

b- O texto também não diz que em casos de omissão uma mulher podia ser juíza. O Livro de Juízes ensina que Deus quem levantava os juízes!
Juízes 2:18  Quando o SENHOR lhes suscitava juízes <08199>, o SENHOR era com o juiz <08199> e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz <08199>; porquanto o SENHOR se compadecia deles ante os seus gemidos, por causa dos que os apertavam e oprimiam.

Jz 4:1 ¶ Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde.
2  Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim.
3  Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel.
Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.

c- O texto diz que ela era juíza e que mostra nenhuma objeção no fato dela estar exercendo tal função.

d- Foi Deus quem usou Débora para chamar Baraque, mas ele se acovardou e pediu para ela ir com ele

Jz 4:1 ¶ Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde.
2  Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim.
Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel.
4 Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.
5  Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo.
Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura, o SENHOR, Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom?
7  E farei ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos.


8. Quando Baraque insistiu na presença de Débora, ela o repreendeu para que ele assumisse sua função de cabeça (Jz 4.9);
Resposta:
a- O texto diz que Deus chamou Baraque para  liderar o exército, não para ser juíz de Israel, tanto que ele não assumiu o lugar dela de Juiz.
Jz 4:8  Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei.
9  Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes.

b- Débora teve que estar o tempo todo com o suposto "cabeça"

Jz 4:8  Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei.
9  Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes.

5:1 ¶ Naquele dia, cantaram Débora e Baraque, filho de Abinoão, dizendo:
2  Desde que os chefes se puseram à frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente, bendizei ao SENHOR.
3  Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes: eu, eu mesma cantarei ao SENHOR; salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel.
4  Saindo tu, ó SENHOR, de Seir, marchando desde o campo de Edom, a terra estremeceu; os céus gotejaram, sim, até as nuvens gotejaram águas.
5  Os montes vacilaram diante do SENHOR, e até o Sinai, diante do SENHOR, Deus de Israel.
6 ¶ Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram as caravanas; e os viajantes tomavam desvios tortuosos.
7  Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel.
8  Escolheram-se deuses novos; então, a guerra estava às portas; não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel.
9  Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, que, voluntariamente, se ofereceram entre o povo; bendizei ao SENHOR.
10  Vós, os que cavalgais jumentas brancas, que vos assentais em juízo e que andais pelo caminho, falai disto.
11  À música dos distribuidores de água, lá entre os canais dos rebanhos, falai dos atos de justiça do SENHOR, das justiças a prol de suas aldeias em Israel. Então, o povo do SENHOR pôde descer ao seu lar.
12 ¶ Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos os que te prenderam, tu, filho de Abinoão.
13  Então, desceu o restante dos nobres, o povo do SENHOR em meu auxílio contra os poderosos.
14  De Efraim, cujas raízes estão na antiga região de Amaleque, desceram guerreiros; depois de ti, ó Débora, seguiu Benjamim com seus povos; de Maquir desceram comandantese, de Zebulom, os que levam a vara de comando.
15  Também os príncipes de Issacar foram com DéboraIssacar seguiu a Baraque, em cujas pegadas foi enviado para o vale. Entre as facções de Rúben houve grande discussão.
16  Por que ficaste entre os currais para ouvires a flauta? Entre as facções de Rúben houve grande discussão.
17  Gileade ficou dalém do Jordão, e Dã, por que se deteve junto a seus navios? Aser se assentou nas costas do mar e repousou nas suas baías.
18  Zebulom é povo que expôs a sua vida à morte, como também Naftali, nas alturas do campo.
19  Vieram reis e pelejaram; pelejaram os reis de Canaã em Taanaque, junto às águas de Megido; porém não levaram nenhum despojo de prata.
20  Desde os céus pelejaram as estrelas contra Sísera, desde a sua órbita o fizeram.
21  O ribeiro Quisom os arrastou, Quisom, o ribeiro das batalhas. Avante, ó minha alma, firme!
22  Então, as unhas dos cavalos socavam pelo galopar, o galopar dos seus guerreiros.
23  Amaldiçoai a Meroz, diz o Anjo do SENHOR, amaldiçoai duramente os seus moradores, porque não vieram em socorro do SENHOR, em socorro do SENHOR e seus heróis.
24 ¶ Bendita seja sobre as mulheres Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas.
25  Água pediu ele, leite lhe deu ela; em taça de príncipes lhe ofereceu nata.
26  À estaca estendeu a mão e, ao maço dos trabalhadores, a direita; e deu o golpe em Sísera, rachou-lhe a cabeça, furou e traspassou-lhe as fontes.
27  Aos pés dela se encurvou, caiu e ficou estirado; a seus pés se encurvou e caiu; onde se encurvou, ali caiu morto.
28  A mãe de Sísera olhava pela janela e exclamava pela grade: Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus cavalos?
29  As mais sábias das suas damas respondem, e até ela a si mesma respondia:
30  Porventura, não achariam e repartiriam despojos? Uma ou duas moças, a cada homem? Para Sísera, estofos de várias cores, estofos de várias cores de bordados; um ou dois estofos bordados, para o pescoço da esposa?
31  Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que te amam brilham como o sol quando se levanta no seu esplendor. E a terra ficou em paz quarenta anos.



9. Na história de Débora, a palavra “julgava” (shaphat) não significa governar nem ensinar, mas decidir controvérsias;
Resposta:
A- O termo em questão está no Qal:
jpv shaphat

uma raiz primitiva; DITAT-2443; v.

1) julgar, governar, vindicar, punir
1a) (Qal)
1a1) agir como legislador ou juiz ou governador (referindo-se a Deus, homem)
1a1a) administrar, governar, julgar
1a2) decidir controvérsia (referindo-se a Deus, homem)
1a3) executar juízo
1a3a) discriminando (referindo-se ao homem)
1a3b) vindicando
1a3c) condenando e punindo
1a3d) no advento teofânico para juízo final
1b) (Nifal)
1b1) entrar em controvérsia, pleitear, manter controvérsia
1b2) ser julgado
1c) (Poel) juiz, oponente em juízo (particípio)

Observe que TODOS os significados exigem que a pessoa ocupe cargo de LIDERANÇA!!


B- O texto introdutório de Juízes diz que quando Deus levantava um júiz Deus dava sossego ao povo de Israel.
Juízes 2:18  Quando o SENHOR lhes suscitava juízes <08199>, o SENHOR era com o juiz <08199> e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz <08199>; porquanto o SENHOR se compadecia deles ante os seus gemidos, por causa dos que os apertavam e oprimiam.

Jz 3:9  Clamaram ao SENHOR os filhos de Israel, e o SENHOR lhes suscitou libertador, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, que era irmão de Calebe e mais novo do que ele.
10  Veio sobre ele o Espírito do SENHOR, e ele julgou a Israel; saiu à peleja, e o SENHOR lhe entregou nas mãos a Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, contra o qual ele prevaleceu.
11  Então, a terra ficou em paz durante quarenta anos. Otniel, filho de Quenaz, faleceu.

Jz 4:1 ¶ Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde.
2  Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim.
3  Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel.
Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo.
5  Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo.
Jz 5:31  Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que te amam brilham como o sol quando se levanta no seu esplendor. E a terra ficou em paz quarenta anos.

c- O fato do texto dizer que Débora julgava Israel não quer dizer que ela não tenha sido levantada por Deus, veja outros:
Jz 12:8 ¶ Depois dele, julgou a Israel Ibsã, de Belém.
9  Tinha este trinta filhos e trinta filhas; a estas, casou fora; e, de fora, trouxe trinta mulheres para seus filhos. Julgou a Israel sete anos.
10  Então, faleceu Ibsã e foi sepultado em Belém.

11  Depois dele, veio Elom, o zebulonita, que julgou a Israel dez anos.
12  Faleceu Elom, o zebulonita, e foi sepultado em Aijalom, na terra de Zebulom.

13  Depois dele, julgou a Israel Abdom, filho de Hilel, o piratonita.

14  Tinha este quarenta filhos e trinta netos, que cavalgavam setenta jumentos. Julgou a Israel oito anos.
15  Então, faleceu Abdom, filho de Hilel, o piratonita; e foi sepultado em Piratom, na terra de Efraim, na região montanhosa dos amalequitas.

Jz 10:1 ¶ Depois de Abimeleque, se levantou, para livrar Israel, Tola, filho de Puá, filho de Dodô, homem de Issacar; e habitava em Samir, na região montanhosa de Efraim.
Julgou a Israel vinte e três anos, e morreu, e foi sepultado em Samir.
3  Depois dele, se levantou Jair, gileadita, e julgou a Israel vinte e dois anos.
4  Tinha este trinta filhos, que cavalgavam trinta jumentos; e tinham trinta cidades, a que chamavam Havote-Jair, até ao dia de hoje, as quais estão na terra de Gileade.

etc.



10. Os filhos de Israel subiam a Débora para juízo. Ela não estava governando ou ensinando um grupo, mas julgando questões do povo debaixo de uma palmeira (Jz 4.5);
Resposta: 
a-Ela não estava ensinando, como os outros juízes também não. Dizer que estava é cometer a falácia do espantalho.

b- Uma das funções do juíz é julgar as causas e nessas causas ela: decidia, executava juízo, condenava e punia  (ver resposta 9)



11. Débora não liderou a batalha. Baraque o fez. Por isso, ele é lembrado no futuro e Débora omitida (1Sm 12.11; Hb 11.32);
Resposta:
a- Hb 11 só cita nominalmente 3 juízes, será que eles não exerceram governo?
Esse argumento não tem fundamento algum:

Hb 11;32 ¶ E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas,

Otoniel (Tribo de Judá) - Jz 1,11-15; Jz 3,7-11
Eúde (Tribo de Benjamim) - Jz 3,12-30; Jz 4,1
Sangar (desconhecido a origem) - Jz 3,31; Jz 5,6
Débora (Tribo de Efraim) - Jz 4,1; Jz 5,31
Gideão (Tribo de Manassés) - Jz 6,1-8; Jz 6,32
Tola (Tribo de Issacar) - Jz 10,1-2
Jair Tribo de (Manassés) - Jz 10,3-5
Jefté (Tribo de Manassés) - Jz 10,6-12; Jz 7
Ibsã (Tribo de Judá ou Zebulom) - Jz 12,8-9
Elom (Tribo de Zebulom) - Jz 12,11-12
Abdon (Tribo de Efraim) - Jz 12,13-15
Sansão (Tribo de Dã) - Jz 13-16
Eli_(juiz_de_Israel) - I Samuel 4,18

b- O texto atribui a vitória a Débora!!
Jz 4:8  Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei.
9  Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes.

ver  Resposta 8.2


12. Crianças e mulheres como cabeças são juízo de Deus sobre o seu povo (Is 3.12);

Is 3:12  Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Oh! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho por onde deves seguir.
Respsota:
O texto não fala de mulheres no governo, mas de  governantes infantis que são governados por mulheres impias como foi Acabe., ou ainda , talvez, de homens efemidados!!
Isto aponta, como antes ( Isaías 3: 4 ), para os jovens e ainda mais para o caráter de Acaz. A influência da rainha-mãe ou do harém era dominante em seus conselhos. Covarde ( Isaías 7: 2 ), idólatra, deliciando-se com adorações estrangeiras e formas estranhas de arte (2 Reis 16:10 Ellicott's Commentary for English Readers

“As crianças são seus opressores, & c. Pelo contrário, seu tirano (plural de majestade) é um papel de criança e mulher sobre ele (isto é, o povo): a rainha-mãe e as mulheres do harém obtêm uma influência indevida e perigosa sob esse regimeCambridge Bible for Schools and Colleges
...e as mulheres dominam sobre elas- Governantes fracos e efeminados. Ou, talvez, ele fala das esposas e concubinas de seus reis e grandes homens, que, por suas artes, ganhando uma ascendência sobre seus maridos, induziu-os a agir como desejavam, embora freqüentemente ao preconceito do povo, e de maneira contrária a todas as leis. Assim foi no reinado de Jeorão, rei de Judá, cuja esposa Atalia, uma mulher cruel e fraca, ocasionou grandes desordens no estado; veja 2 Crônicas cap. 21 e 22; e assim, sem dúvida, aconteceu com frequência após o tempo em que Isaías proferiu essa profecia... Benson Commentary

13. Por mais que fosse seguido por mulheres que o serviam (Mt 27.55), Jesus só escolheu apóstolos homens;
Resposta:
a-Sim, Numa sociedade machista em que mulher não podia ser testemunha, falar com homem ou ensinar  isso seria um contrassenso.

b- Além disso os judeus agradeciam a "Deus" por não ter nascido mulher, nem gentio, nem ignorante.
"As mulheres, os escravos e as crianças não eram convidados a pronunciar as bênçãos na refeições (Berakoth 3:3; 7:2)"
 "No templo de Herodes, as mulheres não podiam ir além do átrio das mulheres"  Nas sinagogas as mulheres começaram a ser segregadas dos homens no séc. III a.C em diante...Qualquer membro varão da sinagoga podia receber um convite do presidente da sinagoga para ler da Lei ou dos Profetas, mas a mulher era obrigada a conservar rigoroso silêncio" ...Desencorajava-se a conversação com mulheres (Erub. 53b; Aboth 1;5; cf. Jo 4:9,27) (Dicionário Internacional de Teologia do N.T p. 1337)
 João 4:27  "Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
"A mulher não lê o trecho da Torá por amor à honra da congregação" (Magillah, 23a [Barzitha] Citado de Jewett, op. cit., 91)
 "Antes fossem as palavras da Torá queimadasdo que entregues a mulheres" (T.J. Sotah 10a, 8;cf TDNT1 781)  
"Deve-se pronunciar três doxologias todos os dias: Louvado seja Deus que não me criou pagão! Louvado seja Deus que não me criou mulher! Louvado seja Deus que n~çao me criou pessoa iletrada" (Tosefta Ber. 7, 18; cf. T.J. Ber. 13b; cf. op. cit., 92; J. Leipoldt, op. ct., 58) ou Menahoth 43, b citado em (A vida diária nos tempos de Jesus p. 147)


14. Sendo Jesus isento de quaisquer preconceitos, poderia ter escolhido uma mulher para ser apóstola, mas não o fez porque a liderança do povo de Deus foi designada a homens;
Ver resposta anterior


15. Os apóstolos seguiram a mesma orientação submetendo a Deus a escolha de Matias no lugar de Judas (At 1.23);
Resposta:
Seria um contrassenso escolher apóstolos mulheres num contexto judaico pelas razões mencionadas na resposta 13


16. Na escolha dos diáconos, só homens foram indicados para cuidarem das viúvas (At 6.3);
Resposta: 
a-Sim, em Jerusalém. Mas depois não.

b- Tanto a Bíblia quanto a arqueologia mostram a realidade das diaconizas no ano 112 em contexto não judaico
  • A carta de Plínio a Trajano datada de 112 d.C prova que havia sim diaconisas, um título.
"Tais coisas convenceram-me da necessidade de saber a verdade torturando duas escravas, conhecidas como diaconisas(Explorando o mundo do Novo Testamento, p. 94. Ed. Atos)

  •  A Bíblia cita Febe como diaconiza:
Rm 16:1 Recomendo-vos a nossa irmã  Febe , que está  servindo(DIAKONOS) à igreja  de Cencréia 
O léxico de STRONG diz: 
diakonos 
provavelmente do obsoleto diako (saída breve para fazer ou buscar alguma coisa, cf  1377); 
1) alguém que executa os pedidos de outro, especialmente de um mestre, servo, atendente, minístro
 1a) o servo de um rei 
 1b) diácono, alguém que, em virtude do ofício designado a ele pela igreja, cuida dos pobres e tem o dever de distribuir o dinheiro coletado para uso deles 
1c) garçom, alguém que serve comida e bebida 

  •  A bíblia recomenda a consagração de diaconizas: Apesar do fato dos machistas (influenciados pela cultura secular) dizerem serem as esposas dos obreiros!!!Mas o contexto é claro e NÃO DIZ: "suas mulheres"
Observe que o contexto é a escolha de diáconos e bispos ou presbíteros:
1TM 2: 2  É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3  não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;
4  e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito
5  (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?);
6  não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.
7  Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.
8 ¶ Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância,
9  conservando o mistério da fé com a consciência limpa.
10  Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.
11  Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.
12  O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa.
13  Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.

17. Priscila, juntamente com Áquila, ensinaram Apolo no particular, não no público: “tomaram-no consigo” (At 18.26);
Resposta:
a-O texto não diz em lugar algum que não era permitido por um principio bíblico ensinar em público. Diz o texto que o encontraram numa sinagoga. Mulheres não podiam ensinar ou ler numa sinagoga!

b- o texto diz apenas que Priscila ensinou um homem poderoso nas Escrituras, que falava com precisão de Cristo. Interessante é que muitas denominações permitem que teólogas ensinem pastores, mas elas são proibidas de ensinar ou pregar nas igrejas
At 18:24 ¶ Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras.
25  Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.
26  Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
27  Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido;
28  porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus.

O comentário presbiteriano diz:

Lucas demonstra imparcialidade ao se referir a homens e mulheres. Menciona primeiro as mulheres e depois os homens (comparar com 18.26). Ele relata, repetidamente,que mulheres  proeminentes das igrejas judeu-gentias aceitam a fé em Cristo e  proporcionam liderança. Lucas até mesmo registra nomes e relacionamentos: a mãe de Timóteo (16.1), Lídia, de Tiatira (16.14,15), Dâmaris, de Atenas (17.34), Priscila (18.2,18,26) e as quatro filhas de Filipe que profetizavam (21.9). Juntamente com os homens, essas mulheres demonstram a fé em ação. COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO Exposição de Atos dos Apóstolos Vol. 2 Simon J. Kistemaker . São Paulo: Cultura Cristã, 2003,p. 171

“Tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.” Deve-se notar antes de tudo que o nome de Priscila precede o de seu marido, Áqüila. Ela e seu marido ensinaram o instruído orador Apolo “o caminho de Deus”, uma expressão que significa “o evangelho cristão e suas aplicação”. Imaginamos que Priscila e Áqüila mostraram a Apolo o significado da obra de Deus que seguiu à ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. A seguir, Apolo, demonstrou grande desprendimento ao consentir ir para a casa de um fabricante de tendas e sua mulher, e receber instrução não apenas de um simples trabalhador, mas de sua mulher também.48 Apolo era instruído no Antigo
Testamento mas lhe faltava o conhecimento do “caminho de Deus”. Em resumo, Priscila e Áqüila ensinaram esse pregador a pregar a respeito de Jesus com mais exatidão...  COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO Exposição de Atos dos Apóstolos Vol. 2 Simon J. Kistemaker . São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p.233
"O casal está tão unido que é sempre citado apenas desse modo, em conjunto. Em quatro das seis ocorrências, porém, o nome da mulher aparece primeiro. Deve ter sido ela a intelectual e espiritualmente mais importante. " Comentário Bíblico Esperança, 1996.


18. Paulo ensinou aos coríntios o padrão bíblico: o marido é o cabeça do lar, os pastores são os cabeças de suas igrejas locais, Cristo é o cabeça da Igreja global e Deus Pai é o cabeça de Cristo (1Co 11.3)
Resposta:
a-Quando Paulo fala de dons ele não diz que apenas indivíduos do sexo masculino são chamados:
Ef 4:11  E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
12  com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,

b- Missionárias, professoras de Teologia, professoras de escola bíblica não se enquadram nesta categorias? Ou será que estes não são funções desempenhadas no corpo de Cristo?

O mais interessante é que a maioria das igrejas tem missionários e na sua maioria são mulheres, o mais incrível é que os missionários eram chamados na bíblia de 'apóstolos'!! 

 Barnabé era apóstolo no sentido mais amplo da palavra, como também muitos outros eram assim nomeados naquela época. Eram irmãos enviados por igrejas locais para a obra de evangelização pioneira, para a plantação de novas igrejas em locais ainda não evangelizados. Usada neste sentido, a palavra "apóstolo” descreve a função deles, de enviados em missão. Teoricamente ela podería ser empregada em nossos dias para designar aqueles que são enviados para o campo missionário, para fazer a obra de evangelização e plantar novas igrejas (como Barnabé, Silas e Timóteo), ou para aqueles que são representantes ou delegados de igrejas em missões de outra natureza (como Epafrodito e os dois irmãos de 2Co 8.23)Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 112

 Parece-nos que a resposta é a mesma dada no caso de Barnabé: Paulo, às vezes, chama de “apóstolos” os obreiros enviados para o serviço do Senhor, alguns dos quais seus companheiros de viagens. Silas era da igreja de Jerusalém, profeta e notável entre os irmãos. Seu relacionamento com Paulo começou quando foi escolhido e enviado pela igreja para acompanhá-lo, junto de outros, na missão de entregar aos cristãos gentios as decisões do concilio de Jerusalém sobre a entrada deles na igreja (At 1 5 .2 2 ,3 2 ). Mais tarde, o próprio Paulo o escolhe como parceiro para a segunda viagem missionária, depois do desentendimento com Barnabé (At 15.36-41). Juntamente com Timóteo, Silas e Paulo vão aTessalônica, Beréia e depois a Corinto (At 18.5). Paulo os chama de apóstolos no sentido mais abrangente da palavra, que é de enviados de Cristo, através das igrejas, para a obra de pregar o Evangelho Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 113

 Aqueles que eram enviados por Cristo, através das igrejas, para pregar o Evangelho em regiões onde Cristo ainda não havia sido anunciado. Aqui temos Barnabé (At 14.1,14; IC o 9.6), Silvano e Timóteo (lT s 1.1; 2.7) e “os demais apóstolos” mencionados por Paulo (IC o 9.5). É somente neste sentido, assim entendemos, que alguém em nossos dias podería reivindicar a designação. Todavia, os verdadeiros missionários estão bem longe de procurar títulos desta natureza A
póstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014p. 120-121
c- Como sabemos o termo apostolo no sentido genérico como usado para Barnabé, Silvano e Timóteo era usado para o que se chama hoje de missionários e todos eles eram presbíteros!! 

1 Pe 1:1  Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

1 Pe 5:1  Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada:


Atos 14:14  Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando:


d- Júnia a missionária apóstola
Antes de ser publicada a terceira impressão da quarta edição do Novo Testamento grego das Socieddes Bíblicas Unidas, essa palavra aparecia, no texto acentuada como Iouniav Iounias (Junias) [masculino]. Alguns intérpretes julgando improvável que uma mulher estaria entre aqueles que são chamados de apóstolos, entendem que o nome é Júnias, tido como uma forma abreviada do nome masculino Juliano. Por outro lado, há de se considerar o seguinte:1-O nome latino Júnia atribuído a mulheres, aparece mais de 250 vezes em inscrições gregas e latinas que foram encontradas em Roma (sem levar em conta outros lugares), ao passo que o nome masculino Júnias não foi encontrado uma única vez.
2- Quando, nos manuscritos gregos, se começou a acentuar as palavras (pois no início eram escritas sem acentuação) os copistas escreveram `Iounian Junia, ou seja, tomaram este nome por nome de mulher.
3- Afirmar que na  Igreja antiga, mulheres não eram consideradas apóstolas é uma hipótese que necessita de comprovação."Variantes Textuais do Novo Testamento. SBB, 2010 p. 328
"...è mais provável , então, que seja uma forma do nome feminino Júnia, o qual é bastante comum." Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 


  • O último texto grego revisado traz o nome na forma feminina.
  • Quando surgiram os sinais de acentuação o nome ele era grafado como feminino
  • As evidencias extra bíblicas do nome feminino são esmagadoras
  • A tentativa de colocar Júnia e Adrônico como tidos em alta conta entre os apóstolos é uma tentativa em vão de não reconhecer uma mulher como missionária, mas a maioria esmagadora das igrejas enviam mulheres como missionárias!!!!

  •  Junia e Andrônico foram presos juntos com o missionário Paulo. Não provavelmente na mesma sela. Será que Júnia foi presa por estar calada ou por ser ativa no evangelho?

" O casal que era judeu (syngeneis provavelmente significa  compatriotas judeus como em Rm 9.3 e não parente)  converteu-se a Cristo antes de Paulo e tinha estado com ele na prisão - provavelmente de vido ao ministério comum com apóstolos-..provavelmente não foram apóstolos da mesma forma que, pro exemplo Paulo e Pedro foram - divinamente escolhidos como representantes do Cristo com uma autoridade singular (At 1.12-26; EF 2.20; 1 Co 15.7-9). Apóstolos aqui, em vez disso teria o sentido de missionário ou mensageiro (2 Co 8:23; Fp 2:25) Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 

A tentativa de colocar Júnia e Adrônico como tidos em alta conta entre os apóstolos é uma tentativa em vão de não reconhecer uma mulher como missionária, mas a maioria esmagadora das igrejas enviam mulheres como missionárias!!!!



Ver resposta 19


19. O argumento que defende que a mulher pode pregar se estiver debaixo da autoridade do pastor é falacioso. Pastores não podem autorizar ninguém a desobedecer a Bíblia (Gl 1.8);
Resposta:
Como já respondido acima, a obediência ao  pastor está ligada à palavra e não ao homem. Obedece-se a palavra de Deus dita pelo pastor, e isso não interessa se vem de um homem ou de uma mulher.
Será que quando uma missionária funda uma congregação ela deve omitir de pregar ou ensinar?  Mas não é exatamente isso que faz um pastor?
Ver resposta 18


20. Quando Paulo escreve aos Gálatas dizendo que, em Cristo, “não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher” (Gl 3.28) ele está tratando de salvação, não de pregação ou de ofícios;
Resposta:
Sim. Exato.
Gl 3:26  Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27  porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
28  Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

29  E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.


21. O propósito de Deus com a Bíblia foi o de alcançar todas as gerações do seu povo. A Bíblia continua atual e nela Deus não deixou orientações a pastoras, mas só a pastores (1Tm 3 e Tt 1);
Resposta:
Se Deus não deixou orientações a pastoras, por que as igrejas tem missionárias, teólogas e mestras?
Se a mulher não pode pregar, nem ensinar, essas funções deveria ser abolidas.  
Mas como vimos a mulher pode sim tomas estas funções.


22. As mulheres devem aprender em silêncio, com toda a submissão (1Tm 2.11);
Resposta:
a- Se elas não pode ensinar, porque elas fazem parte de ensino normativo de : missionárias, teologas e professoras da escola dominical?
Elas não deveriam ficar caladas?

b- O texto de Timóteo tem um caráter pontual da proibição do ensino, o falso ensino em questão
 v. 12, que começa com as instruções pessoais do próprio Paulo (não permito; melhor, “ não estou permitindo”, implicando instruções específicas para esta situação), retoma os três itens do v. 11 e os apresenta com mais algum detalhe. Não permito que a mulher ensine corresponde a a mulher aprenda em silêncio. Grande parte do problema da igreja em Éfeso residia no ensino. Os presbíteros transviados são mestres (1:3; 6:3); os presbíteros “dignos”, para os quais talvez Timóteo deva servir de modelo (4:11-16; cp. 2 Timóteo 2:2), são “aqueles cujo trabalho é 82 (1 Timóteo 2:8-15) ensinar” (5:17). Em verdade, nessas cartas Paulo se intitula a si mesmo mestre (2:7). Mas aqui ele está proibindo que as mulheres ensinem na igreja ou nas igrejas-lares de Éfeso, embora em outras igrejas elas profetizem (1 Coríntios 11:5) e talvez ministrem ensino de tempos em tempos (1 Coríntios 14:26), e.em Tito 2:3-4 as mulheres mais velhas devem ser boas mestras das mais jovens.
 embora também se ministre instrução em particular (Atos 18:26; aqui por uma mulher). Em virtude da evidência e do que podemos recolher das presentes epístolas, muito talvez o ensino relacione-se com instrução nas Escrituras, isto é, as Escrituras apontando para a salvação èm Cristo (cp. Timóteo 3:15-17). Se for isso que está sendo proibido (e certamente não temos como sabê-lo com certeza, aqui), então isso talvez se deva ao fato de algumas delas terem sido terrivelmente enganadas pelos falsos mestres, que estão violando o AT (cp. 1:7; Tito 3:9). Pelo menos esse é o ponto que Paulo retomará nos vv. 14 e 15.     Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p. 82-83
At 20:7 ¶ De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.
At 20:30  E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.
31  Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um 

 O problema é que a igreja está sendo extraviada por alguns de seus próprios presbíteros. 17
Diversas pistas internas sustentam esta hipótese: Primeira, os falsos mestres evidentemente ensinavam (1:3, 7; 6:3), e o ensino era tarefa dos presbíteros (3:2; 5:17). Além do mais, uma parte significativa da epístola destina-se a dar o caráter, as qualificações e a disciplina dos líderes da igreja (3:1-13; 5:17-25); grande parte disto está em evidente contraste com o que se diz especificamente dos falsos mestres. Quanto a isto, é provável que valha a pena notar que dois dos cabeças deste grupo são citados pelo nome e excomungados (1:19-20).
Segunda, está claro, de 2 Timóteo 3:6-9, e ainda apoiado por 1 Timóteo 2:9-15 e 5:3-16 (especialmente vv. 11-15), que esses mestres haviam encontrado um campo muito frutuoso entre algumas mulheres, aparentemente viúvas mais moças, que haviam franqueado seus lares a eles, e até ajudado a divulgar seus ensinos (veja disc. sobre 5:13).
Terceira, a igreja em Éfeso, com toda a probabilidade, compunha-se de muitas igrejas nos lares (cp. 1 Coríntios 16:19; veja disc. sobre 1 Timóteo 2:8). Se assim for, podemos imaginar cada uma dessas igrejas- lares como tendo um ou mais presbíteros e o problema passa a ser não tanto uma única grande assembléia reunida, que se divide ao meio, mas várias igrejas-lares capitulando in toto à liderança que se extraviara (cp. Ti to 1:11). Esta capitulação de alguns líderes e seus seguidores é que constitui a suprema urgência e importância de todo o conteúdo da carta. 
 Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p.19

c- Um dos ensinos falsos em Èfeso era a supremacia feminina, por meio da Eva, a instrutora de Adão e que deu vida a ele, a proibição de casamento e de ter filhos:



I Tm 2:11  A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão.
12  E não permito que a mulher ensine, nem domine sobre o homem; esteja, porém, em silêncio.
13  Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva.
14  E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.
15  Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, {missão de mãe: dar à luz filhos} se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso.

I Tm 4:1 ¶ Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,
2  pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,
3  que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade;
4  pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável,
5  porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.
6 ¶ Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7  Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade.

O Despertar de Adão da Lama por Eva (Zoe = Vida)
 As Autoridades receberam o conhecimento necessário para citar o homem.
Sofia Zoe, que está ao lado de Sabaoth, se lhes antecipou, e zombou de sua decisão, pois eles estavam cegos — da ignorância, eles o criaram em seu próprio malefício — e não sabiam o que iriam fazer. Foi por isso que ela se antecipou a eles. Ela criou o seu homem primeiro para que seu corpo moldado passasse a saber como condená-los, salvando-os desta forma.
 O nascimento do instrutor ocorreu então deste modo. Quando Sofia jogou uma gota de luz, esta flutuou na água. Imediatamente surgiu o homem, andrógino. Aquela gota moldou primeiro a água num corpo fêmeo. Depois disso, moldou-se dentro do corpo da imagem da mãe que surgiu, e se completou em doze meses.
Um homem andrógino fora procriado, aquele que os gregos chamam de "Hermafrodita". Os hebreus, porém, chamam sua mãe de "Eva da Vida", isto é, "a instrutora da vida". O seu filho é o procriado que é senhor. Posteriormente, as Autoridades o chamaram de "a besta", a fim de que desencaminhasse seus corpos moldados. A interpretação da "besta" é "o instrutor"; descobriu-se que ele era mais sábio do que todos eles. Além disso, Eva é a primeira virgem, pois não tinha marido.
 Apócrifos e pseudo-epígrafos da bíblia. São Paulo:Fonte Editorial. 2005.A criação do mundo e o Demiurgo Ialdabaoth. p. 415-416

 Depois de Adão ter sido totalmente formado, foi deixado por ele num recipiente; não contendo espírito nenhum, resultara numa forma deficiente. Este fato fez com que, ao lembrar-se da palavra de Pistis, o Governante principal tivesse medo de que o homem pudesse apoderar-se do seu corpo moldado e o dominasse. Por isso deixou que seu corpo moldado ficasse sem alma durante quarenta dias. Retirou-se então e o abandonou. Mas, no quadragésimo dia, Sofia Zoe emitiu seu sopro em Adão, que não tinha alma. Ele começou a movimentar-se sobre a terra. Mas não era capaz de acordar. Quando vieram os sete Governantes e o viram, ficaram muito perturbados. Foram até ele e o prenderam; Ialdabaoth, dirigindo-se ao sopro de vida que se manifestava dentro dele, perguntou: "Quem és tu? Donde vieste?" Ele respondeu dizendo: "Eu vim graças ao poder do Homem-luz por causa da destruição de vossa obra". Ao ouvi-lo, os Governantes o glorificaram, pois ele acalmara seu medo e preocupação. Eles então chamaram aquele dia de "o descanso", por terem conseguido descansar de suas preocupações. E ao perceber que Adão não conseguia acordar, regozijaram-se. Pegaram-no e o abandonaram no Paraíso, retirando-se aos seus céus.
Após o dia de descanso, Sofia enviou Zoe, sua filha, chamada "Eva" (da Vida), como instrutora para despertar Adão, em quem não havia alma, para que aqueles que ele fosse procriar pudessem tornar-se recipientes da luz. Quando Eva viu a sua co-imagem tão abatida, compadeceu-se e disse-lhe: "Adão! Vive! Levanta-te sobre a terra!" Imediatamente sua palavra transformou-se em ação. Pois quando Adão acordou, abriu logo seus olhos. E, ao vê-la, disse: "tu serás chamada `a mãe do ser vivente' pois tu és aquela que me deu vida"416-417
As Autoridades souberam então que o seu corpo moldado estava vivo, e que havia despertado. Ficaram transtornados, e enviaram sete arcanjos para verificar o que tinha acontecido. Estes, ao aproximar-se de Adão, viram Eva falando com ele, e perguntaram-se: "quem é este ser-luz fêmea? Pois ela é de fato, parecida com a imagem que nos apareceu na luz. Ora vamos agarrá-la e introduzamos a nossa semente nela para que uma vez contaminada, ela não consiga ascender até sua luz, para que aqueles que ela gera passem a nos servir. Não conte mos, porém, a Adão que ela não deriva de nós, mas deixemos cai nele um estupor" e instruamo-lo em seu sono de maneira que ele acredite que é a partir de sua costela que a mulher se formou para que ela passe a servir e que ele a domine." Eva, que existia como divindade, zombou então da intenção dissimulada dos arcanjos Encobriu a visão deles e deixo ali, ao lado de Adão, a sua imagem, secretamente. Ela entrou dentro da Árvore do Conhecimento e lá permaneceu. Eles porém, tentaram segui-la. Ela revelou-lhes que havia entrado na árvore e que se havia tornado árvore. 417
Contra as Heresias -  Ireneu de Lião.Coleção Patrística, Volume 4, Ed. Paulus.Livro I 24,1. Saturnino de Antioquia, nas proximidades de Dafne, e Basílides, retomando a doutrina destes homens como ponto de partida, ensinaram, um na Síria e o outro em Alexandria, doutrinas diversas. Saturnino, como Menandro, prega um único Pai, não conhecido por ninguém, que fez os Anjos, os Arcanjos, as Potências e as Potestades. Sete destes Anjos fizeram o mundo e tudo o que há nele. Também o homem é criatura dos Anjos: quando apareceu do alto, vinda da Potência suprema, uma figura luminosa que eles não conseguiram reter porque ela logo voltou às alturas, animaram-se uns aos outros dizendo: Façamos o homem à imagem e semelhança dela. Mas a criatura que foi feita não se podia levantar por causa da fraqueza dos Anjos e se arrastava como verme. Então a Potência do alto teve compaixão dele, porque tinha sido feito à sua imagem, e lançou uma fagulha de vida que fez o homem levantar, articular-se e viver. Depois da morte esta fagulha de vida retorna aos da mesma natureza e o restante se dissolve naquilo de que foi tirado. 24,2. O Salvador, afirmam eles, não é gerado, não tem corpo nem figura e só aparentemente foi visto como homem. O Deus dos hebreus era um dos Anjos e porque o Pai quis destruir todos os Arcontes, o Cristo veio para destruir o Deus dos hebreus e salvar os que acreditassem nele: e somente estes têm a fagulha de vida. Com efeito, e ele foi o primeiro a dizê-lo, foram feitas duas espécies de homens pelos Anjos, os bons e os maus. Visto que os demônios ajudavam os maus, o Salvador veio para derrotar os demônios e os homens maus e salvar os bons. Casar e procriar é diabólico e muitos dos seus discípulos se abstêm de comer carne e com aparente abstinência enganam a muitos. Quanto às profecias, algumas foram proferidas por estes Anjos criadores do mundo, outras por Satanás, que Saturnino apresenta como adversário dos criadores do mundo e especialmente do Deus dos hebreus.
Em resumo: a heresia gnostica prescrevia a dominação do mulher sobre o homem, a proibição de casamento e procriação, a supremacia da mulher por meio do ensino que o homem foi criado, e instruído pela Eva
auyentew authenteo

de um composto de 846 e um absoleto hentes (um trabalhador); ; v

1) alguém que com as próprias mãos mata a outro ou a si mesmo
2) alguém que age por sua própria autoridade, autocrático
3) mestre absoluto
4) que governa, exerce domínio sobre alguém

Click para saber mais:
http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/06/gnosticismo-e-supremacia-feminina.html



23. O bispo ou presbítero, que deve ser, dentre outras coisas, “apto para ensinar” deve ser “esposo de uma só mulher”, logo, homem (1Tm 3.2);
Resposta:
a-Paulo apóstolo era solteiro e este texto menciona sim somente homens. Mas as igrejas tem missionarias que ensinam e pregam o evangelho. Além disso tem teólogas que ensinam pastores e professoras de escola dominical

b- Como sabemos o termo apostolo no sentido genérico como usado para Barnabé, Silvano e Timóteo era usado para o que se chama hoje de missionários e todos eles eram presbíteros!! ver resposta 18

1 Pe 1:1  Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

1 Pe 5:1  Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada:




24. Aqueles que devem se afadigar na palavra e no ensino são presbíteros, homens (1Tm 5.17);
Ver Resposta 23


25. As instruções quanto ao procedimento no trato com as ovelhas – ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem – são dadas a homens (2Tm 2.24,25);
Ver resposta 23 e 18 e 13



26. As mulheres idosas são chamadas por Deus para ensinar “as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.3,4);
Resposta:
Sim, mas isto não restringe o ministério delas a isso. basta ver as respostas anteriores.



27. O sacerdócio universal dos crentes não diz respeito ao ensino autoritativo da igreja, mas ao acesso de todos os crentes a Jesus Cristo (Hb 10.19-22);
Sim. Mas a pergunta 3 de certa forma dizia respeito ao ensino dos sacerdotes no AT. E no Novo Testamento todos são sacerdotes.



28. Os anjos das cartas do Apocalipse eram pastores, homens. Os pronomes estão todos no masculino (Ap 2.1,8,12,18, 3.1,7,14);
Sim, eram homens. O serviço de carteiro era restrito a mulheres
É provável que o anjo era o carteiro, o mensageiro que ia levar a carta a cada igreja, pois:
a- Cada igreja tinha mais de um pastor presbitero :

Atos 14:23  E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.


Atos 16:4  Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém.

Atos 20:17  De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.

Tito 1:5  Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi:

Tiago 5:14  Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.

1 Pedro 5:1  Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada:
pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;


29. Na Bíblia, a única mulher que explicitamente ensina com autoridade é Jezabel, uma ímpia (Ap 2.20);
Resposta:
Priscila ensinou sem autoridade a um homem poderoso nas escrituras?  ver resposta 17


30. Não há livro bíblico escrito por mulher e, nos três primeiros séculos da Igreja nós não encontramos nenhuma mulher sendo ordenada ou sendo responsável pelo ensino da igreja, exceto no Montanismo, heresia do século II.
Resposta:
1- A carta de  Plínio a Trajano datada de 112 d.C prova que havia sim diaconisas, pois duas cristãs tinham o título de diaconisas
"Tais coisas convenceram-me da necessidade de saber a verdade torturando duas escravas, conhecidas como diaconisas(Explorando o mundo do Novo Testamento, p. 94. Ed. Atos)
2- Pelas razões já mencionadas na resposta 13 e em outras, tanto o mundo judeu como pagão em geral era machista

3- Também temos o caso de Priscila  que ensina Apolo (resposta 17)

4- Temos também o caso de Júnia citada em Rm 16:7
Júnia a missionária apóstola
Antes de ser publicada a terceira impressão da quarta edição do Novo Testamento grego das Socieddes Bíblicas Unidas, essa palavra aparecia, no texto acentuada como Iouniav Iounias (Junias) [masculino]. Alguns intérpretes julgando improvável que uma mulher estaria entre aqueles que são chamados de apóstolos, entendem que o nome é Júnias, tido como uma forma abreviada do nome masculino Juliano. Por outro lado, há de se considerar o seguinte:1-O nome latino Júnia atribuído a mulheres, aparece mais de 250 vezes em inscrições gregas e latinas que foram encontradas em Roma (sem levar em conta outros lugares), ao passo que o nome masculino Júnias não foi encontrado uma única vez.
2- Quando, nos manuscritos gregos, se começou a acentuar as palavras (pois no início eram escritas sem acentuação) os copistas escreveram `Iounian Junia, ou seja, tomaram este nome por nome de mulher.
3- Afirmar que na  Igreja antiga, mulheres não eram consideradas apóstolas é uma hipótese que necessita de comprovação."Variantes Textuais do Novo Testamento. SBB, 2010 p. 328
"...è mais provável , então, que seja uma forma do nome feminino Júnia, o qual é bastante comum." Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 


  • O último texto grego revisado traz o nome na forma feminina.
  • Quando surgiram os sinais de acentuação o nome ele era grafado como feminino
  • As evidencias extra bíblicas do nome feminino são esmagadoras
  • A tentativa de colocar Júnia e Adrônico como tidos em alta conta entre os apóstolos é uma tentativa em vão de não reconhecer uma mulher como missionária, mas a maioria esmagadora das igrejas enviam mulheres como missionárias!!!!
  •  Junia e Andrônico foram presos juntos com o missionário Paulo. Não provavelmente na mesma sela. Será que Júnia foi presa por estar calada ou por ser ativa no evangelho?

" O casal que era judeu (syngeneis provavelmente significa  compatriotas judeus como em Rm 9.3 e não parente)  converteu-se a Cristo antes de Paulo e tinha estado com ele na prisão - provavelmente de vido ao ministério comum com apóstolos-..provavelmente não foram apóstolos da mesma forma que, pro exemplo Paulo e Pedro foram - divinamente escolhidos como representantes do Cristo com uma autoridade singular (At 1.12-26; EF 2.20; 1 Co 15.7-9). Apóstolos aqui, em vez disso teria o sentido de missionário ou mensageiro (2 Co 8:23; Fp 2:25) Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 



 Barnabé era apóstolo no sentido mais amplo da palavra, como também muitos outros eram assim nomeados naquela época. Eram irmãos enviados por igrejas locais para a obra de evangelização pioneira, para a plantação de novas igrejas em locais ainda não evangelizados. Usada neste sentido, a palavra "apóstolo” descreve a função deles, de enviados em missão. Teoricamente ela podería ser empregada em nossos dias para designar aqueles que são enviados para o campo missionário, para fazer a obra de evangelização e plantar novas igrejas (como Barnabé, Silas e Timóteo), ou para aqueles que são representantes ou delegados de igrejas em missões de outra natureza (como Epafrodito e os dois irmãos de 2Co 8.23)Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 112

 Parece-nos que a resposta é a mesma dada no caso de Barnabé: Paulo, às vezes, chama de “apóstolos” os obreiros enviados para o serviço do Senhor, alguns dos quais seus companheiros de viagens. Silas era da igreja de Jerusalém, profeta e notável entre os irmãos. Seu relacionamento com Paulo começou quando foi escolhido e enviado pela igreja para acompanhá-lo, junto de outros, na missão de entregar aos cristãos gentios as decisões do concilio de Jerusalém sobre a entrada deles na igreja (At 1 5 .2 2 ,3 2 ). Mais tarde, o próprio Paulo o escolhe como parceiro para a segunda viagem missionária, depois do desentendimento com Barnabé (At 15.36-41). Juntamente com Timóteo, Silas e Paulo vão aTessalônica, Beréia e depois a Corinto (At 18.5). Paulo os chama de apóstolos no sentido mais abrangente da palavra, que é de enviados de Cristo, através das igrejas, para a obra de pregar o Evangelho Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 113

 Aqueles que eram enviados por Cristo, através das igrejas, para pregar o Evangelho em regiões onde Cristo ainda não havia sido anunciado. Aqui temos Barnabé (At 14.1,14; IC o 9.6), Silvano e Timóteo (lT s 1.1; 2.7) e “os demais apóstolos” mencionados por Paulo (IC o 9.5). É somente neste sentido, assim entendemos, que alguém em nossos dias podería reivindicar a designação. Todavia, os verdadeiros missionários estão bem longe de procurar títulos desta natureza A
póstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014p. 120-121



___________________PARTE 2__________________________

Ordenação feminina:
o que o Novo Testamento tem a dizer?

Augustus Nicodemus Lopes



A questão se mulheres podem ser ordenadas, ou não, como pastoras, presbíteras e diaconisas [NOTA de HÉLIO], tem ocupado o centro do debate entre protestantes ao redor do mundo, em décadas recentes. Não raro, o assunto tem dividido igrejas e denominações, como por exemplo, nos Estados Unidos e na Europa.
Entre os evangélicos existem, de forma muito geral, duas posições básicas quanto ao assunto: os igualitaristas e os diferencialistas.

Os igualitaristas afirmam que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; a subordinação feminina foi parte do castigo divino por causa da queda, com conseqüentes reflexos sócio-culturais. Em Cristo, essa punição (e seus reflexos) é removida; assim, com o advento do Evangelho, as mulheres têm direitos iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato na Igreja.

Os diferencialistas, por sua vez, entendem que desde a criação — e portanto, antes da queda — Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença entre eles é complementar. Ou seja, o homem e a mulher, com suas características e funções distintas, se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro, bem como as conseqüentes diferenças sócio-culturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito como cabeça da mulher — esse princípio implica em diferente papel funcional do homem, que é o de liderar. Não implica que o mesmo é superior à mulher, em qualquer sentido. Assim, os diferencialistas mantém que diferença de papéis e igualdade ontológica (do ser) são duas verdades perfeitamente compatíveis e bíblicas, enquanto que os igualitaristas afirmam que diferença de papéis implica inevitavelmente em julgamento de valor. A questão tem chegado aos evangélicos no Brasil, embora, por enquanto, com menor intensidade, e sem que evangélicos, de um lado ou de outro, tenham formalmente se organizado de acordo com suas convicções neste sentido.(1)
O que nos preocupa é que a pergunta "Podem mulheres ser ordenadas para servir como pastoras, presbíteras e diaconisas [NOTA de HÉLIO]" nem sempre tem sido respondida em termos de exegese bíblica das passagens do Novo Testamento que estão diretamente relacionadas com o assunto. A argumentação igualitarista, em particular, freqüentemente emprega argumentos baseados no avanço da civilização, na modernização dos tempos, no progresso humano, na crescente participação da mulher em outras áreas da sociedade, e nem sempre dá a necessária atenção aos textos bíblicos relevantes.(2)  Algumas das obras igualitaristas em português que têm procurado dar atenção a essas passagens, nem sempre conseguem ser coerentes com seus métodos,(3)  e nem sempre estão isentas do espírito reacionário que, por vezes, tem caracterizado os esforços exegéticos dos defensores da ordenação feminina.(4)  Por vezes, a precipitação tem obscurecido o julgamento mesmo dos mais sóbrios exegetas igualitaristas no Brasil.(5)
Embora em nosso desejo de seguirmos a verdade de Deus devamos levar em conta os tempos em que vivemos, bem como o que nos ensinam ciências correlatas à teologia, como a psicologia e a sociologia, por exemplo, ao fim, a questão só poderá ser realmente decidida em termos da Escritura — pelo menos dentro das igrejas que se consideram reformadas, e que aderem confessionalmente à regra dos reformadores: sola scriptura.
Meu propósito neste artigo é alistar e examinar, mesmo que brevemente, as passagens do Novo Testamento que não podem ser ignoradas no debate sobre ordenação de mulheres ao oficialato eclesiástico. Abordo especialmente a ordenação para o pastorado e presbiterato. Existem aspectos da diaconia que merecem um estudo em particular, que não será feito aqui. Ainda assim, o material a ser tratado continua vasto. Desta feita, limitar-me-ei a examinar passagens do Novo Testamento que estão no centro do debate sobre a ordenação feminina, e que realmente não poderiam ser omitidas.
Meu alvo é demonstrar que, se interpretarmos estas passagens partindo de uma hermenêutica reformada, e se deixarmos a Escritura ter a palavra final sobre o assunto, evitaremos os extremos dos que proíbem o que Deus não proibiu, e dos que querem que a Igreja adote aquilo que Deus não permitiu.

 I. Passagens do Novo Testamento Usadas Para Defender a Ordenação Feminina ao Pastorado e Presbiterato

A. Romanos 16.7

As vezes é defendido por igualitaristas que havia mulheres na Igreja primitiva que funcionavam como apóstolos. A passagem usada para avançar este ponto é Romanos 16.7, onde Paulo, em sua saudação à Igreja de Roma, menciona uma pessoa por nome Júnias:
Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de mim (Rm 16.7).
Os defensores desta tese argumentam que Júnias é um nome feminino, e que a mulher com este nome era uma "apóstola", em pé de igualdade com Andrônico. Do ponto de vista dos defensores da ordenação feminina, a passagem prova que Paulo reconhecia que uma mulher pode exercer uma posição de autoridade sobre homens na Igreja apostólica. E se elas eram admitidas ao apostolado, obviamente o eram a cargos eclesiásticos, como presbiterato e pastorado.
Mas não é tão simples assim. Há várias questões relacionadas com a interpretação deste texto. A primeira questão depende da solução de um problema textual.

(6)  Existem três variantes do nome Júnias nos manuscritos gregos de Romanos 16.7. As duas primeiras divergem quanto à acentuação da palavra Júnias no grego: (1) Iounia=n, que seria o acusativo de Iounia=j, (Júnia) masculino; (2) Iouni/an, que seria o acusativo de Iouni/a, (Júnia) feminino. A terceira variante é Iouli/an, que corresponderia ao feminino Júlia.
A segunda questão depende da interpretação da expressão "notável entre os apóstolos". Significa que Júnias era um dos apóstolos, já antes de Paulo, e um apóstolo notável? Ou apenas que os apóstolos, antes de Paulo, tinham Júnias em alta conta? As questões mencionadas acima são complexas, e sem respostas definitivas. Examinemos uma a uma.

1. Júnias é masculino ou feminino?

A variante melhor atestada, segundo o texto grego da UBS, 4a. edição (e de Nestle-Aland, 27a. edição), é Iounia=n , acusativo de Júnias, masculino (atestada pelos manuscritos ) A B* C D* F G P, embora sem acentos). A variante (Júlia) é fracamente atestada, aparecendo apenas no p46 e em algumas versões antigas.
Numa pesquisa feita por computador nos escritos gregos existentes desde a época de Homero (século 9 A.C.) até o século 5 D.C. foram achadas apenas três ocorrências do nome Júnias, além de Romanos 16.7. Plutarco cita uma irmã de Brutus, chamada Júnias; Epifânio, o bispo de Salamina em Chipre, menciona Júnias de Romanos 16.7 como sendo um homem que veio a ocupar o bispado de Apaméia da Síria; e João Crisóstomo se refere a Júnia de Romanos 16.7 como sendo uma irmã notável até mesmo aos olhos dos apóstolos.(7)
Os resultados são inconclusivos. Parece evidente que Júnias era nome tanto de homem quanto de mulher no período neo-testamentário. O problema é que não sabemos em que gênero Paulo o usou em Romanos 16.7. Isto explica o surgimento de variantes divergindo na acentuação, e o surgimento da variante , que é claramente uma tentativa de resolver a ambigüidade.
Se temos de tomar uma decisão, devemos dar mais peso à palavra de Epifânio, pois ele sabe mais sobre Júnias do que Crisóstomo, já que informa que Júnias se tornou bispo de Apaméia. Concorda com isto o testemunho de Orígenes (morto em 252 D.C.), que num comentário em latim à carta aos Romanos se refere a Júnias no masculino.(8)
Nomes gregos masculinos terminando em -aj não são incomuns, mesmo no Novo Testamento: André (Andre/aj , Mt 10.2), Elias (Eli/aj, Mt 11.14) e Zacarias (Zaxari/aj, Lc 1.5).(9)  Para alguns comentaristas, Júnias é a abreviação de Junianius, um nome masculino — mas não há evidências claras disto. A conclusão é que não podemos saber com certeza se Júnias era uma mulher — mais provavelmente era um homem. É por isto que a maioria das traduções modernas, onde possível, traduzem Júnias como masculino (e não Júnia, feminino).(10)

No livro de Augustus Nicodemus, ele disse:

Mas é preciso considerar várias importantes questões relacionadas com a interpretação desta passagem. A primeira questão depende da solução de um problema textual.33 Existem três variantes do nome Júnias nos manuscritos gregos de Romanos 16.7. As duas primeiras divergem quanto à acentuação da palavra Júnias no grego: (1) ’Iouvíav, que seria o acusativo de ’Iouviãv (Júnias) masculino; (2) ’Iouvíav que seria o acusativo de ’Iouvía (Júnia) feminino. A terceira variante é ’lOUlíav, que correspondería ao feminino Júlia, que ocorre mais adiante no verso 15. Esta variante é unanimemente descartada pelos peritos em manuscritologia. Todavia, eles divergem entre si quanto à acentuação da variante certa. Se tiver acento é masculino e se não tiver, é feminino. 

As citações mais conhecidas contendo “Júnias” na antiguidade, além de Romanos 16.7, são estas: Plutarco cita uma irmã de Brutus, chamada Júnias; Epifânio, o bispo de Salamina em Chipre, menciona Júnias de Romanos 16.7 como sendo um homem que veio a ocupar o bispado de Apaméia da Síria; e João Crisóstomo se refere a Júnias de Romanos 16.7 como sendo uma irmã notável até mesmo aos olhos dos apóstolos.34 Os resultados são inconclusivos. Parece evidente que Júnias era nome tanto de homem quanto de mulher no período neotestamentário. O problema é que não sabemos em que gênero Paulo o usou em Romanos 16.7. Isso explica o surgimento de variantes divergindo na acentuação, e o surgimento da variante ’IOULIAV, que é claramente uma tentativa de resolver a ambiguidade. Se é preciso de tomar uma decisão, devemos dar mais peso à palavra de Epifânio, pois ele sabe mais sobre Júnias do que Crisóstomo, já que informa que Júnias se tornou bispo de Apaméia. Concorda com isto o testemunho de Orígenes (morto em 252 D.C.), que num comentário em latim à carta aos Romanos se refere a Júnias no masculino.35 

Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2016, p. 116


Resposta:

Existem vários erros e omissões acima.

Aparato Crítico do GREEK NEW TESTAMENT 4ª EDIÇÃO,.

O 7 se refere ao versículo 7.  o 15 ao versiculo 15

1-  As cópias mais antigas não tem acento. As primeiras cópias com acento são nomes femininos. Só as mais recentes tem nome masculino.

2- O texto de THE GREEK OF NEW TESTAMENT  da última edição traz a grafia feminina como certa

3-Análises mais minuciosas mostram que toda a evidência é que se trata de um nome Feminino:
Antes de ser publicada a terceira impressão da quarta edição do Novo Testamento grego das Socieddes Bíblicas Unidas, essa palavra aparecia, no texto acentuada como Iouniav Iounias (Junias) [masculino]. Alguns intérpretes julgando improvável que uma mulher estaria entre aqueles que são chamados de apóstolos, entendem que o nome é Júnias, tido como uma forma abreviada do nome masculino Juliano. Por outro lado, há de se considerar o seguinte:1-O nome latino Júnia atribuído a mulheres, aparece mais de 250 vezes em inscrições gregas e latinas que foram encontradas em Roma (sem levar em conta outros lugares), ao passo que o nome masculino Júnias não foi encontrado uma única vez.
2- Quando, nos manuscritos gregos, se começou a acentuar as palavras (pois no início eram escritas sem acentuação) os copistas escreveram `Iounian Junia, ou seja, tomaram este nome por nome de mulher.
3- Afirmar que na  Igreja antiga, mulheres não eram consideradas apóstolas é uma hipótese que necessita de comprovação."Variantes Textuais do Novo Testamento. SBB, 2010 p. 328
"...è mais provável , então, que seja uma forma do nome feminino Júnia, o qual é bastante comum." Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 


  • O último texto grego revisado traz o nome na forma feminina.
  • Quando surgiram os sinais de acentuação o nome ele era grafado como feminino
  • As evidencias extra bíblicas do nome feminino são esmagadoras
  • A tentativa de colocar Júnia e Adrônico como tidos em alta conta entre os apóstolos é uma tentativa em vão de não reconhecer uma mulher como missionária, mas a maioria esmagadora das igrejas enviam mulheres como missionárias!!!!
  •  Junia e Andrônico foram presos juntos com o missionário Paulo. Não provavelmente na mesma sela. Será que Júnia foi presa por estar calada ou por ser ativa no evangelho?

" O casal que era judeu (syngeneis provavelmente significa  compatriotas judeus como em Rm 9.3 e não parente)  converteu-se a Cristo antes de Paulo e tinha estado com ele na prisão - provavelmente de vido ao ministério comum com apóstolos-..provavelmente não foram apóstolos da mesma forma que, pro exemplo Paulo e Pedro foram - divinamente escolhidos como representantes do Cristo com uma autoridade singular (At 1.12-26; EF 2.20; 1 Co 15.7-9). Apóstolos aqui, em vez disso teria o sentido de missionário ou mensageiro (2 Co 8:23; Fp 2:25) Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 



 Barnabé era apóstolo no sentido mais amplo da palavra, como também muitos outros eram assim nomeados naquela época. Eram irmãos enviados por igrejas locais para a obra de evangelização pioneira, para a plantação de novas igrejas em locais ainda não evangelizados. Usada neste sentido, a palavra "apóstolo” descreve a função deles, de enviados em missão. Teoricamente ela podería ser empregada em nossos dias para designar aqueles que são enviados para o campo missionário, para fazer a obra de evangelização e plantar novas igrejas (como Barnabé, Silas e Timóteo), ou para aqueles que são representantes ou delegados de igrejas em missões de outra natureza (como Epafrodito e os dois irmãos de 2Co 8.23)Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 112

 Parece-nos que a resposta é a mesma dada no caso de Barnabé: Paulo, às vezes, chama de “apóstolos” os obreiros enviados para o serviço do Senhor, alguns dos quais seus companheiros de viagens. Silas era da igreja de Jerusalém, profeta e notável entre os irmãos. Seu relacionamento com Paulo começou quando foi escolhido e enviado pela igreja para acompanhá-lo, junto de outros, na missão de entregar aos cristãos gentios as decisões do concilio de Jerusalém sobre a entrada deles na igreja (At 1 5 .2 2 ,3 2 ). Mais tarde, o próprio Paulo o escolhe como parceiro para a segunda viagem missionária, depois do desentendimento com Barnabé (At 15.36-41). Juntamente com Timóteo, Silas e Paulo vão aTessalônica, Beréia e depois a Corinto (At 18.5). Paulo os chama de apóstolos no sentido mais abrangente da palavra, que é de enviados de Cristo, através das igrejas, para a obra de pregar o Evangelho Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 113

 Aqueles que eram enviados por Cristo, através das igrejas, para pregar o Evangelho em regiões onde Cristo ainda não havia sido anunciado. Aqui temos Barnabé (At 14.1,14; IC o 9.6), Silvano e Timóteo (lT s 1.1; 2.7) e “os demais apóstolos” mencionados por Paulo (IC o 9.5). É somente neste sentido, assim entendemos, que alguém em nossos dias podería reivindicar a designação. Todavia, os verdadeiros missionários estão bem longe de procurar títulos desta natureza A
póstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014p. 120-121

Antes de ser publicada a terceira impressão da quarta edição do Novo Testamento grego das Socieddes Bíblicas Unidas, essa palavra aparecia, no texto acentuada como Iouniav Iounias (Junias) [masculino]. Alguns intérpretes julgando improvável que uma mulher estaria entre aqueles que são chamados de apóstolos, entendem que o nome é Júnias, tido como uma forma abreviada do nome masculino Juliano. Por outro lado, há de se considerar o seguinte:1-O nome latino Júnia atribuído a mulheres, aparece mais de 250 vezes em inscrições gregas e latinas que foram encontradas em Roma (sem levar em conta outros lugares), ao passo que o nome masculino Júnias não foi encontrado uma única vez.
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2- Quando, nos manuscritos gregos, se começou a acentuar as palavras (pois no início eram escritas sem acentuação) os copistas escreveram `Iounian Junia, ou seja, tomaram este nome por nome de mulher.
3- Afirmar que na  Igreja antiga, mulheres não eram consideradas apóstolas é uma hipótese que necessita de comprovação."Variantes Textuais do Novo Testamento. SBB, 2010 p. 328
"...è mais provável , então, que seja uma forma do nome feminino Júnia, o qual é bastante comum." Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 
4- As variantes A B C D F G P  são sem acento e portanto não tem gênero

5- A variante textual que aparece seria do nome Julia, que aparece em Rm 16:15, não se trata de tentativa de resolver o problema
Rm 16:15  Saudai Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, Olimpas e todos os santos que se reúnem com eles.

Conclusão:
1- O último texto grego revisado traz o nome na forma feminina.
2- Quando surgiram os sinais de acentuação o nome ele era grafado como feminino
3- As evidencias extra bíblicas do nome feminino são esmagadoras

2. Era Júnias um(a) apóstolo(a)?

Mais uma vez perguntamos, é possível termos uma resposta definida para a pergunta "era Júnias um(a) apóstolo(a)?" Gramaticalmente, a expressão "os quais são notáveis entre os apóstolos" (oi(/tine/j ei)sin e)pi/shmoi e)n toi=a)posto/loij) tanto pode indicar que Andrônico e Júnias eram apóstolos, quanto que eram tidos em alta conta pelos apóstolos existentes. E mesmo que aceitemos que eram apóstolos, ainda resta o fato de que a palavra apóstolo no Novo Testamento é usada, não somente para os Doze, para Paulo, e para algumas pessoas associadas a ele, como Barnabé, Silas e Timóteo (cf. At 14.14; 1 Ts 2.6), mas para mensageiros e enviados (este é o sentido primário de a)po/stoloj) de igrejas locais, como Epafrodito (Fp 2.25) e uns irmãos mencionados em 2 Coríntios 8.23. Estes não parecem exercer governo ou autoridade sobre as igrejas locais, eram simplesmente enviados por elas. Portanto, se Andrônico e Júnias eram apóstolos, deveriam pertencer a este tipo de mensageiros das igrejas locais, com um ministério itinerante. Estes "apóstolos" não tinham autoridade de governo em igrejas locais; antes, eram enviados por elas para desempenhar diferentes funções como representantes ou emissários.
Em última análise, só podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma mulher, nem que era uma "apóstola", e muito menos uma como os Doze ou Paulo.(11)
A passagem, portanto, não serve como evidência bíblica para a ordenação feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência indisputável a uma "apóstola" no Novo Testamento.(12)

Resposta:

a-A tentativa de colocar Júnia e Adrônico como tidos em alta conta entre os apóstolos é uma tentativa em vão de não reconhecer uma mulher como missionária, mas a maioria esmagadora das igrejas enviam mulheres como missionárias!!!!

b- Junia e Andrônico foram presos juntos com o missionário Paulo. Será que Júnia foi presa por estar calada ou por ser ativa no evangelho?

" O casal que era judeu (syngeneis provavelmente significa  compatriotas judeus como em Rm 9.3 e não parente)  converteu-se a Cristo antes de Paulo e tinha estado com ele na prisão - provavelmente de vido ao ministério comum com apóstolos-..provavelmente não foram apóstolos da mesma forma que, pro exemplo Paulo e Pedro foram - divinamente escolhidos como representantes do Cristo com uma autoridade singular (At 1.12-26; EF 2.20; 1 Co 15.7-9). Apóstolos aqui, em vez disso teria o sentido de missionário ou mensageiro (2 Co 8:23; Fp 2:25) Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 

B. Gálatas 3.28

Esta passagem, aclamada pelos feministas como a "Carta Magna da Humanidade",(13)  é, sem dúvida, a mais usada pelos defensores da ordenação de pastoras e presbíteras:
Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo.
A abordagem igualitarista tradicional desta passagem interpreta a expressão "porque todos vós sois um em Cristo Jesus" ( pa/ntej ga\r u(mei=j ei(=j e)ste e)n Xrist%= )Ihsou=) como significando "porque todos vós sois iguais em Cristo Jesus". Ou seja, interpretam o adjetivo pronominal cardinal e(=ij ("um") no sentido de "igual". De acordo com os igualitaristas, esta passagem mostra, então, que estão abolidas todas as diferenças na Igreja provocadas por raça, posição social e sexo. Com a vinda de Cristo, acabou-se a distinção entre judeus e gentios, entre escravos e livres, e entre homens e mulheres: todos são aceitos na Igreja, inclusive para exercer atividades, como iguais.(14)  Assim, argumentam, em Cristo voltamos ao propósito original de Deus na criação, que foi a plena igualdade entre o homem e a mulher. A subordinação da mulher ao homem, continuam, foi resultado posterior da queda (Gn 3.16b), e não fazia parte da criação de Deus. Cristo veio abolir a maldição imposta pela queda, e nele todas as dimensões da maldição imposta à mulher quedam-se anuladas. Impedir que as mulheres exerçam o oficialato, argumentam, seria introduzir uma distinção na Igreja baseada em sexo, o que contraria frontalmente o ensino de Paulo nesta passagem.

1. O contexto da passagem

Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de funções nesta passagem, ou seja, se está dizendo que as mulheres podem exercer os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé.
A interpretação igualitarista de Gálatas 3.28 esbarra em alguns problemas exegéticos. Primeiro, o do contexto. Paulo escreveu Gálatas para responder a questões levantadas pela doutrina da justificação pela fé em Cristo em face às demandas da lei de Moisés, e ao papel da circuncisão, do calendário religioso dos judeus, e das suas leis dietárias. No capítulo 3 Paulo está expondo o papel da lei de Moisés dentro da história da salvação, que foi o de servir de aio, para nos conduzir a Cristo (Gl 3.23-24). Com a vinda de Cristo, continua o apóstolo, os da fé não mais estão subordinados à lei de Moisés: pelo batismo pertencem a Cristo (3.25-27). A abolição das diferenças mencionadas no versículo em questão (3.28) são em relação à justificação pela fé. Todos, independente da sua raça, cor, posição social e sexo, são recebidos por Deus da mesma maneira: pela fé em Cristo. Portanto, Gálatas 3.28 não está tratando do desempenho de papéis na igreja e na família, mas da nossa posição diante de Deus. O assunto de Paulo, portanto, não são as funções que homens e mulheres desempenham na Igreja de Cristo, mas a posição que todos os que crêem desfrutam diante de Deus, isto é, herdeiros de Abraão e filhos de Deus.(15)

Reposta:

Sem discordância.

2. Criação e Queda

Uma outra dificuldade com a interpretação igualitarista de Gálatas 3.28 é que parece ignorar que Paulo, às vezes, enraíza a subordinação feminina, não na queda, mas já na própria criação, como por exemplo, em 1 Coríntios 11.7-10 e 1 Timóteo 2.12-15. Para não mencionar quando Paulo argumenta em favor da sujeição da esposa a partir, não da teologia da queda, mas da teologia da própria igreja, da relação entre Cristo e sua igreja, como em Efésios 5.22-24.

Resposta:
1- Todas estas passagens se referem a textos pós queda, até porque a própria subordinação de Cristo ao Pai se deu em função da queda 

Hb1:5  Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?

2- O texto de 1 Tm 2:12-15 é um combate ao gnosticismo que dizia que Eva foi formada primeiro que Adão, e foi sua instrutora, e também que a relação sexual e casamento eram proibidos http://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/06/gnosticismo-e-supremacia-feminina.html


3- A mulher não era submissa ao homem antes da queda

a- O termo auxiliadora não pressupõe inferioridade ou submissão.  
O próprio Deus é nosso auxiliador, seria ele submisso ao homem?



Gênesis 2:18  Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora <05828> que lhe seja idônea.

Gênesis 2:20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora <05828> que lhe fosse idônea.

Êxodo 18:4  e o outro, Eliézer, pois disse: O Deus de meu pai foi a minha ajuda <05828> e me livrou da espada de Faraó.
Deuteronômio 33:7  Isto é o que disse de Judá: Ouve, ó SENHOR, a voz de Judá e introduze-o no seu povo; com as tuas mãos, peleja por ele e sê tu ajuda <05828> contra os seus inimigos.
Deuteronômio 33:26  Não há outro, ó amado, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua ajuda <05828> e com a sua alteza sobre as nuvens.
Deuteronômio 33:29  Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR, escudo que te socorre <05828>, espada que te dá alteza. Assim, os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos.
Salmos 20:2  Do seu santuário te envie socorro <05828> e desde Sião te sustenha.
Salmos 33:20  Nossa alma espera no SENHOR, nosso auxílio <05828> e escudo.
Salmos 70:5  Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu amparo <05828> e o meu libertador. SENHOR, não te detenhas!

b- O termo auxiliadora denota a necessidade de ajuda, a incompletude e insuficiência.
"mas a palavra ajuda ou auxiliadora de Gênesis 2:18,20 indica o estado incompleto do homem e talvez sua fraqueza...Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 396


Gn18 ¶ Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.
19  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.

20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea
21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.


23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.


c- A mulher foi criada do lado  de Adão dando a ideia de igualdade e companheirismo.


20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela 06763 que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.

06763 

1) lado, costela, viga

1a) costela (humana)

1b) serra (referindo-se a monte, cordilheira, etc.)
1c) câmaras ou cubículos laterais (do edifício do templo)
1d) viga, tábua, prancha (referindo-se ao cedro ou pinheiro)
1e) folhas (referindo-se à porta)
1f) lado (referindo-se à arca)

 d- A mulher tinha grande influencia sobre o homem.

"o ponto do relato de Gênesis é a humanidade, igualdade e unidade essencial da mulher com o homem...O relato da Queda não apenas aponta um papel influente da mulher, mas a palavra ajuda ou auxiliadora de Gênesis 2:18,20 indica o estado incompleto do homem...  Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 39

 e- A subordinação da mulher ao homem e a opressão sobre ela só ocorre após a queda, e isso foi uma maldição preditiva:
"O papel subordinado da mulher parece ser resultado da Queda, mais do que a Criação (cp. 3:16)" Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 396
Gn 3:15  Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16 ¶ E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
17 ¶ E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
18  Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
19  No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.



3. O significado de "um" em Cristo

O terceiro problema é o de interpretarmos "sois um em Cristo" como significando "sois iguais em Cristo". Numa recente tese de mestrado, Ann Coble demonstrou de forma convincente que e(=ij nesta passagem não está implicando igualdade, mas simplesmente unidade.(16)  Após dar exemplos de interpretações desta passagem na história da Igreja (pp. 7-21), ela analisa e critica a interpretação feita pelos progressistas ou igualitários, especialmente Krister Stendahl (pp. 22-37) e a interpretação dos diferencialistas (pp. 38-48). Coble demonstra através de considerações léxicas e exegéticas que Gálatas 3.28 está abordando a questão da unidade da Igreja, e não de igualdade de funções ou papéis. Ela argumenta que a palavra e(=ij ("um") enfatiza unidade — não igualdade. Se Paulo quisera enfatizar igualdade poderia ter usado palavras como i))/soj ("igual") ou i/)so/thj ("igualdade") (pp. 49-58). Sua conclusão é que os estudiosos progressistas ou igualitaristas não podem usar esta passagem como um texto chave na afirmação de oportunidades de ordenação eclesiástica idênticas para homens e mulheres.
Resposta:
Em concordãncia

4. O Evangelho e as "duas eras"

Uma outra dificuldade é ver nesta passagem Paulo ensinando que a subordinação imposta à mulher como castigo (Gn 3.16b) é plenamente removida em Cristo aqui e agora. A pergunta é se Paulo ensina nesta passagem — ou em qualquer outra do Novo Testamento — que Cristo já aboliu na presente era, total e plenamente, os efeitos do pecado e os castigos impostos por Deus ao homem e à mulher, quando primeiro pecaram. O ensino de Paulo sobre este assunto — ou mesmo qualquer outro — melhor entende-se da perspectiva da história da redenção, especialmente do ensino sobre as duas eras; ou seja, que em sua primeira vinda Cristo inaugurou a era vindoura, o mundo porvir, sem abolir a era presente, como os Judeus esperavam. A era vindoura inaugurada por Cristo se sobrepõe à presente, e coexistem em tensão até a consumação. No tempo presente da sobreposição das duas, quase todos os aspectos do Reino já são antecipados de forma incipiente (escatologia inaugurada). Os crentes já desfrutam das virtudes do mundo vindouro, e gozam antecipadamente dos benefícios conquistados por Cristo.
Por outro lado, Paulo reconhece que há ainda aspectos ou dimensões da era vindoura que aguardam pleno cumprimento na parousia — é o "ainda não" da escatologia futura. Assim, Cristo já reina, mas nem tudo está já a ele sujeito (Hb 2.8b); já temos a vida eterna, e já fomos ressuscitados com Cristo, mas ainda não estamos livres da morte imposta por Deus a Adão em Gênesis 3.17 (1 Co 15.20-28). A nova criação (cf. kti/sij, 2 Co 5.17) já foi inaugurada, mas ainda não vemos a presente criação liberta do cativeiro da corrupção (Rm 8.8-25); Satanás já foi derrotado, conforme prometido em Gênesis 3.15, mas ainda será destruído (Rm 16.20). Os crentes já entraram no descanso de Deus (Hb 4.1-13), mas ainda não estão isentos do trabalho árduo ao qual a humanidade foi submetida após a Queda (Gn 3.17-19). As mulheres cristãs ainda não estão livres dos sofrimentos do parto, por estarem em Cristo, e nem igualmente deveriam esperar isenção da subordinação imposta na queda, por serem crentes. A plena redenção destas coisas, e das demais que ainda afligem os cristãos, homens e mulheres, ocorrerão plenamente na parousia, quando o Senhor Jesus trouxer em plenitude o Reino de Deus.
Afirmar a abolição evangélica da subordinação feminina, enquanto as demais dimensões do castigo divino claramente estão em vigor, é exegese preconceituosa. Os homens bem que poderiam reivindicar a abolição do castigo de trabalhar duro para poder viver! E as mulheres bem que poderiam reivindicar, já, a abolição das dores de parto!
Portanto, não se pode usar Gálatas 3.28 como lema do igualitarismo sem que se faça violência ao seu contexto original, sem que se ignore a teologia paulina das duas eras e da criação do homem e da mulher.
Resposta:
Em concordãncia

C. Atos 2.16-18

Esta passagem é parte do sermão de Pedro, no dia de Pentecostes, quando ele cita o profeta Joel para explicar o que acabara de acontecer consigo, e com os demais discípulos de Jesus em Jerusalém, quando o Espírito Santo veio sobre eles (At 2.1-4). Citando Joel, Pedro diz:
E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão (At 2.17-18 - minha ênfase).
Os igualitaristas observam que a profecia de Joel citada por Pedro inclui as filhas e as servas, tanto quanto os filhos e servos, na recepção do dom do Espírito Santo. E argumentam que não pode haver qualquer distinção quanto ao serviço a Deus baseada em sexo, já que as mulheres receberam o mesmo Espírito (e certamente, os mesmos dons) que os homens, o qual foi dado para capacitar a Igreja ao serviço.
A argumentação prossegue mostrando que na igreja apostólica as mulheres oravam, profetizavam (cf. At 21.9, as quatro filhas de Felipe que eram profetizas), falavam em línguas, serviam (Rm 16.1, Febe), evangelizavam, tanto quanto os homens. Algumas tinham igrejas reunidas em suas casas (At 12.12). Priscila, por exemplo, chegou a ensinar a Apolo o caminho de Deus com mais exatidão (At 18.26). Pentecostes, argumentam, é a abolição das distinções de gênero na Igreja, pois ao dar às mulheres o mesmo Espírito que aos homens, Deus mostrou que elas devem ser admitidas aos mesmos níveis de serviço que eles.
Mas não é tão simples como parece. Se as mulheres exerceram os mesmos ministérios que os homens no período da Igreja apostólica, por que não há nenhuma menção no Novo Testamento de apóstolas, presbíteras, pastoras ou bispas? Por que não há qualquer recomendação de Paulo quanto à ordenação de mulheres, quando instrui Timóteo e Tito quanto à ordenação de presbíteros? Basta uma leitura superficial das qualificações exigidas por Paulo em 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 para se ter a impressão de que o apóstolo tinha em mente a ordenação de homens: o oficial deve ser marido de uma só esposa, deve governar bem a sua casa e seus filhos (função do homem, nos escritos de Paulo, cf. Efésios 5.22-24).

Respostas:
1- Dentro do conceito judaico e em alguns conceitos pagãos havia preconceito quanto a mulher ser testemunha, falar, ensinar ou ler

"As mulheres, os escravos e as crianças não eram convidados a pronunciar as bênçãos na refeições (Berakoth 3:3; 7:2)"
 "No templo de Herodes, as mulheres não podiam ir além do átrio das mulheres"  Nas sinagogas as mulheres começaram a ser segregadas dos homens no séc. III a.C em diante...Qualquer membro varão da sinagoga podia receber um convite do presidente da sinagoga para ler da Lei ou dos Profetas, mas a mulher era obrigada a conservar rigoroso silêncio" ...Desencorajava-se a conversação com mulheres (Erub. 53b; Aboth 1;5; cf. Jo 4:9,27) (Dicionário Internacional de Teologia do N.T p. 1337)
 João 4:27  "Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
"A mulher não lê o trecho da Torá por amor à honra da congregação" (Magillah, 23a [Barzitha] Citado de Jewett, op. cit., 91)
 "Antes fossem as palavras da Torá queimadasdo que entregues a mulheres" (T.J. Sotah 10a, 8;cf TDNT1 781)  
"Deve-se pronunciar três doxologias todos os dias: Louvado seja Deus que não me criou pagão! Louvado seja Deus que não me criou mulher! Louvado seja Deus que n~çao me criou pessoa iletrada" (Tosefta Ber. 7, 18; cf. T.J. Ber. 13b; cf. op. cit., 92; J. Leipoldt, op. ct., 58) ou Menahoth 43, b citado em (A vida diária nos tempos de Jesus p. 147)
(...) Devemos então dizer que todas aquelas pessoas tem suas qualidades próprias, como o poeta (Sófocles, Ájax, vv.405-408) disse das mulheres: ‘O silêncio dá graça as mulheres’, embora isto em nada se aplique ao homem” (Aristóteles, Política, I, 1260 a-b, pp. 32 e 33).
"é vergonhoso para mulher falar em público"  (Plutarco)
1 Co 14:34 ¶ conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.
35  Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.

 2- Os textos que são usados contra o ministerio de ensino, pregação e pastoreio de fato entram em contradição com a existência de TEÓLOGAS PROFESSORAS de pastores, PROFESSORAS de escola dominical, e MISSIONÁRIAS.


3-Em vista do preconceito cultural as menções de mulher ensinando, e sendo uma missionária são escassas  mas existem

a-Priscila ensinou um homem poderoso nas Escrituras, que falava com precisão de Cristo. 
At 18:24 ¶ Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente poderoso nas Escrituras.
25  Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.
26  Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
27  Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido;
28  porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus.

O comentário presbiteriano diz:

Lucas demonstra imparcialidade ao se referir a homens e mulheres. Menciona primeiro as mulheres e depois os homens (comparar com 18.26). Ele relata, repetidamente,que mulheres  proeminentes das igrejas judeu-gentias aceitam a fé em Cristo e  proporcionam liderança. Lucas até mesmo registra nomes e relacionamentos: a mãe de Timóteo (16.1), Lídia, de Tiatira (16.14,15), Dâmaris, de Atenas (17.34), Priscila (18.2,18,26) e as quatro filhas de Filipe que profetizavam (21.9). Juntamente com os homens, essas mulheres demonstram a fé em ação. COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO Exposição de Atos dos Apóstolos Vol. 2 Simon J. Kistemaker . São Paulo: Cultura Cristã, 2003,p. 171

“Tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.” Deve-se notar antes de tudo que o nome de Priscila precede o de seu marido, Áqüila. Ela e seu marido ensinaram o instruído orador Apolo “o caminho de Deus”, uma expressão que significa “o evangelho cristão e suas aplicação”. Imaginamos que Priscila e Áqüila mostraram a Apolo o significado da obra de Deus que seguiu à ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. A seguir, Apolo, demonstrou grande desprendimento ao consentir ir para a casa de um fabricante de tendas e sua mulher, e receber instrução não apenas de um simples trabalhador, mas de sua mulher também.48 Apolo era instruído no Antigo
Testamento mas lhe faltava o conhecimento do “caminho de Deus”. Em resumo, Priscila e Áqüila ensinaram esse pregador a pregar a respeito de Jesus com mais exatidão...  COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO Exposição de Atos dos Apóstolos Vol. 2 Simon J. Kistemaker . São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p.233
"O casal está tão unido que é sempre citado apenas desse modo, em conjunto. Em quatro das seis ocorrências, porém, o nome da mulher aparece primeiro. Deve ter sido ela a intelectual e espiritualmente mais importante. " Comentário Bíblico Esperança, 1996.

Porque ela não ensinou na sinagoga?  porque como a mulher não podia falar, ler ou ensinar!!

"As mulheres, os escravos e as crianças não eram convidados a pronunciar as bênçãos na refeições (Berakoth 3:3; 7:2)"
 "No templo de Herodes, as mulheres não podiam ir além do átrio das mulheres"  Nas sinagogas as mulheres começaram a ser segregadas dos homens no séc. III a.C em diante...Qualquer membro varão da sinagoga podia receber um convite do presidente da sinagoga para ler da Lei ou dos Profetas, mas a mulher era obrigada a conservar rigoroso silêncio" ...Desencorajava-se a conversação com mulheres (Erub. 53b; Aboth 1;5; cf. Jo 4:9,27) (Dicionário Internacional de Teologia do N.T p. 1337)
 João 4:27  "Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
"A mulher não lê o trecho da Torá por amor à honra da congregação" (Magillah, 23a [Barzitha] Citado de Jewett, op. cit., 91)
 "Antes fossem as palavras da Torá queimadasdo que entregues a mulheres" (T.J. Sotah 10a, 8;cf TDNT1 781)  

b- Júnias era missionária  ver acima

1. Dons miraculosos e oficialato

Mas a pergunta chave é se a passagem de Atos 2.17-18 é uma autorização para que se recebam mulheres como oficiais da Igreja. Existem algumas dificuldades em se interpretar a passagem desta forma. Em primeiro lugar, os fenômenos associados por Joel e Pedro ao derramamento do Espírito nos últimos dias, como profecia, sonhos e visões, e que são ditos que seriam concedidos às mulheres, não estão ligados no Novo Testamento ao presbiterato ou pastorado, e portanto, poderiam ocorrer sem que as pessoas envolvidas (homens ou mulheres) fossem ordenadas. Havia profetizas na igreja apostólica, como as quatro filhas de Filipe (At 21.9; cf. 1 Co 11.5), mas não lemos que eram presbíteras ou pastoras. Embora não tenhamos notícia no Novo Testamento de mulheres tendo visões ou sonhos em decorrência do derramamento do Espírito (e nem de homens, diga-se também), não é impossível que haja acontecido; mas, neste caso, com certeza, não estava restrito a pastores e presbíteros. Meu ponto é que as manifestações carismáticas mencionadas em Atos 2.17-18 (profecia, sonhos, visões) e estendidas às filhas e servas (mulheres crentes) não exigem a ordenação ao ministério ou presbiterato daqueles que as recebem.
Em concordância

2. A base do oficialato no Novo Testamento

Uma outra dificuldade é o conceito que está por detrás da interpretação igualitarista desta passagem, ou seja, que a recepção de todos os dons do Espírito (especialmente os dons relacionados com o ensino) por parte das mulheres implica que elas deverão ser reconhecidas e ordenadas pelas igrejas como tais. Insistem os igualitaristas que, já que o Espírito as capacitou, a Igreja não lhes deveria negar reconhecimento oficial através da ordenação.
A grande dificuldade é demonstrar biblicamente que na igreja apostólica este ponto foi reconhecido. Como explicar, por exemplo, que embora Paulo reconhecesse que as mulheres poderiam profetizar durante os cultos, tanto quanto os homens, entretanto, impõe-lhes uma participação diferenciada destes no ato de profetizar? Se o dom profético daria às mulheres igualdade com os homens nas funções litúrgicas, por que exigir-lhes que orem e profetizem com a cabeça coberta, expressão cultural de que estavam debaixo de autoridade? (1 Co 11.3-15).
Resposta:
O dom profético não é equivalente a ser um presbitero, mas o véu era um sinal CULTURAL de mulher de respeito.

Além do mais, não está claro que no Novo Testamento o acesso ao oficialato era baseado exclusivamente na posse dos dons espirituais, ou que pessoas dotadas espiritualmente eram necessariamente ordenadas. Não nos parece ser este sempre o caso. Embora a aptidão para ensinar (dom de ensino/mestre? Cf. Rm 12.7; Ef 4.11) e capacidade de governar (1 Tm 3.4-5; dom de governo? Rm 12.8) sejam requisitos claros nas duas únicas listas que temos no Novo Testamento das qualificações dos presbíteros e pastores (cf. 1 Tm 3.2; Tt 1.9), não há evidências no Novo Testamento de que todos que tinham estas capacidades (ou dons) tivessem de ser, necessariamente, ordenados.
A interpretação igualitarista das três passagens examinadas acima não é convincente. Embora estas passagens mostrem que as mulheres tiveram papel importante no nascimento e desenvolvimento da Igreja cristã, não mostram que elas tiveram de ser ordenadas para isto. Demonstram que as mulheres cristãs, juntamente com os homens, participam da graça de Deus, e dos dons do Espírito, sem restrições. Entretanto, nada têm a dizer sobre ordenação ao ministério ou ao presbiterato.

Resposta:
De fato as ´passagens que falam de dons não se restrigem a homens. O fato de se reconhecer a mulher como missionária,  na prática reconhece seu papel de apóstola no sentido comum, e neste sentido a função do apóstolo é fundar igrejas por meio da pregação, evangelização e ensino!!
Funções estas reconhecidas no ministério de Priscila e Júnia.

II. Passagens do Novo Testamento Que Impõem Restrições ao
Ministério Feminino

Examinemos, em seguida, outras passagens do Novo Testamento igualmente relevantes para a discussão, e que impõem restrições ao ministério feminino nas igrejas locais. Essas passagens não podem ser deixadas de fora de qualquer tratamento sério do assunto. É verdade que nenhuma delas diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas como presbíteras, pastoras, ou bispas. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1 Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres.

A. 1 Coríntios 11.3-16

Escrevendo ao crentes de Corinto acerca de questões relacionadas com o culto público, Paulo aborda o problema causado por algumas mulheres que estavam orando, profetizando (e provavelmente falando em línguas) com a cabeça descoberta, isto é, sem o véu, contrariando assim o costume das igrejas cristãs primitivas (1 Co 11.16). A passagem é extremamente difícil de interpretar, e depende dos detalhes de um contexto histórico que não pode ser totalmente recuperado. Entretanto, os pontos principais do apóstolo na passagem são suficientemente evidentes.

1. Profetizando e orando com o véu

Ao que tudo indica, as mulheres de Corinto haviam entendido que o Evangelho havia abolido, não somente as diferenças raciais, como também qualquer diferença de função na Igreja entre homens e mulheres crentes. Possivelmente, estavam interpretando o ensino de Paulo acerca da igualdade do homem e da mulher na salvação, como tendo conseqüências imediatas quanto ao culto e ao serviço cristãos. Assim, estavam querendo abolir dos cultos públicos o uso do véu, que na cultura da época era a expressão externa do conceito da subordinação da mulher ao homem.
Aparentemente, algumas estavam reivindicando "direitos iguais" com um espírito contencioso (1 Co 11.16). Paulo não lhes nega o direito de participar do culto, mas insiste que elas devem faze-lo trajando o véu, expressão cultural do princípio permanente da subordinação feminina. Não usá-lo significava desonra, indecência, vergonha (11.5,6,14). O ensino de Paulo em 1 Coríntios 11 é que as mulheres devem participar do culto preservando o sinal de que estão debaixo da autoridade eclesiástica masculina.


2. O véu como símbolo de submissão à autoridade

No verso 10 Paulo se refere ao véu como sinal de autoridade (1 Co 11.10). O texto grego original diz literalmente que "a mulher deve trazer autoridade sobre a cabeça" (o)fei/lei h( gunh\ e)cousi/an e)/xein e)pi\ th=j kefalh=j). A interpretação da maioria dos estudiosos é que e)cousi/an ("autoridade") se refere ao véu, e que o mesmo simbolizava que a mulher estava debaixo da autoridade do homem. Tanto assim, que um grande número de versões inglesas traduzem e)cousi/an como "véu" ou como "símbolo de autoridade" (NASB, NRSV, NIV, NCV, NKJV, NAS, etc; ainda a versão Colombe, francesa, e Reina de Valera, espanhola, e a NVI, em português). Outras versões são mais explícitas ainda, e traduzem "símbolo da autoridade do homem" (como a TEV e a LB).(17)  Um paralelo bíblico é o de Gênesis 24.65, quando Rebeca, ao tomar conhecimento de que seria apresentada ao seu futuro marido e senhor, Isaque, tomou o véu e cobriu-se.
Em outras palavras, embora Paulo permita que a mulher profetize e ore no culto público, ele requer dela que se apresente de forma a deixar claro que está debaixo de autoridade, no próprio ato de profetizar ou orar. Para Paulo, a expressão externa da subordinação da mulher ao seu cabeça (o homem) durante o culto público seria o uso do véu, já que o mesmo, na cultura oriental da época (e mesmo em algumas culturas hoje) expressaria convenientemente este conceito.

Resposta:
o véu não era sinal de submissão, mas de autoridade, de honra, pois a ausência dele é como se a cabeça estivesse rapada, e rapar ou tosquiar era vergonhoso
1 Co 11:5  Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.

6  Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu.

1 Co 11:2-5 contém uma discussão das razões porque as mulheres deviam ser obrigadas a colocar véu na cabeça durante o culto público, No judaísmo, as mulheres sempre usavam véu em público (cf. J. Jeremias, Jerusalem in The Time of Jesus, 1969, 358 e segs.).(Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p. 256)
A premissa menor que se dá a entender é que o véu é o símbolo da posição e da
autoridade da mulher da comunidade cristã.
 A mulher, portanto, deve ter véu na cabeça durante o culto. Mais uma vez pode ser dito que, embora permaneçam válidos os princípios orientadores da recomendação de Paulo, a continuada aplicação dela depende da continuada aceitação de todas as premissas do argumento. Numa cultura na qual o significado do uso do véu já não se entende da mesma forma, o argumento já não tem a mesma força.
(Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p. 258)
 A declaração de que os cabelos compridos da mulher são “sua glória” que
“ lhe foram dados em lugar de véu” (v. 15), não dá a entender que, se ela tiver cabelos suficientes, não precisa de um véu. Pelo contrário, o uso do véu pela mulher no culto é considerado de acordo com a natureza.'
.(Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p. 259)
 A passagem tem sido citada para argumentar que as mulheres devem usar chapéus nos cultos, hoje em dia. Se fosse válida esta aplicação, o argumento apoiaria o uso, não de chapéus, mas de véus no sentido oriental. A discussão supra, no entanto, demonstrou que a força do pensamento depende do entendimento comum de certas premissas que eram válida no contexto da cultura de PauloOnde estas já não se impõem, as conclusões também já não se impõem, embora o princípio motivante de manter a liberdade do espírito, juntamente com o devido respeito para com a ordem da natureza e da sociedade ainda permaneça válido. (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, p. 259)

3. Cabeça: autoridade sem superioridade

A argumentação de Paulo para fundamentar sua orientação vem de duas direções. Primeiro, Paulo argumenta teologicamente, a partir da subordinação de Deus Filho a Deus Pai. O Pai é o cabeça de Cristo, que por sua vez, é o cabeça do homem, e o homem o cabeça da mulher:
Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça sem véu, desonra sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada (1 Co 11.3-5 - minha ênfase).
Tomando-se kefalh/ ("cabeça") em seu sentido mais natural, de "autoridade", o que temos é uma declaração de Paulo de que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o homem tem autoridade sobre a mulher. Uma cadeia hierárquica que começa na Trindade e continua na igreja e na família. Podemos inferir (guardadas as devidas proporções) que, da mesma forma como a subordinação de Cristo ao Pai não o torna inferior — como afirma a fé reformada em sua doutrina da Trindade — a subordinação da mulher ao homem não a torna inferior. Assim como Pai e Filho, que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer desvalorização ou inferiorização da mulher.
Em várias ocasiões o Novo Testamento determina que os crentes se sujeitem às autoridades civis (Rm 13.1-5; 1 Pe 2.13-17). Em nenhum momento, entretanto, este mandamento implica que os crentes são inferiores ou têm menos valor que os governantes. Igualmente, os filhos não são inferiores aos seus pais, simplesmente porque devem submeter-se à liderança deles (Ef 6.1). O conceito de subordinação de uns a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual Deus estruturou e ordenou a sociedade, a família e a igreja.(18)

4. Implicações da criação

O segundo argumento de Paulo vem das Escrituras, mais especificamente do relato da criação em Gênesis 2. Para provar que a mulher é a glória do homem (e portanto a ele subordinada), Paulo escreve:
Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem [Gn 2.21-23]. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem [Gn 2.18] (1 Co 11.8-9).
Paulo vê nos detalhes da criação uma ordenação divina quanto aos diferentes papéis do homem e da mulher. Não somente a mulher foi criada do homem, como por causa dele. Para o apóstolo, Deus revelou pela forma como criou a mulher o seu propósito de que o homem fosse seu cabeça. E a intenção divina deveria ser refletida no culto público. Ou seja, a mulher deveria participar de forma condizente com sua condição de subordinação.
A implicação de 1 Coríntios 11 para o debate da ordenação feminina é clara. Se a mulher está debaixo da autoridade eclesiástica exercida pelo homem ao participar do culto, não pode exercê-la sobre ele. Ser ordenada como presbítera ou pastora implicaria que ela poderia ensinar aos homens com a autoridade que o ofício empresta, e participar do governo da igreja, exercendo autoridade sobre os homens crentes, o que contraria frontalmente o princípio ensinado por Paulo na passagem.
Há pontos difíceis de interpretar em 1 Coríntios 11, como por exemplo a menção de "anjos" no verso 10, e a referência à "natureza" no verso 14. Entretanto, nenhuma destas dificuldades é fatal para a compreensão do ponto central de Paulo na passagem, que é a limitação baseada em gênero que ele coloca sobre a participação da mulher no culto.

5. O ensino de Paulo se aplica hoje?

Evidentemente, os igualitaristas têm procurado se livrar das implicações desta passagem, e tentado alternativas quanto à sua interpretação. Na verdade, alguns simplesmente se recusam a trazer a passagem para o debate alegando que o problema que levou Paulo a dizer o que disse foi causado pela cultura da época, e pelas circunstâncias da cidade de Corinto. Outros ainda insistem que Paulo estava influenciado pela cultura patriarcal da sua época, que suas palavras são condicionadas culturalmente, e portanto, inadequadas para as culturas e sociedades posmodernas do fim do século XX.
Existem algumas deficiências com estas tentativas. Primeira, não fazem a distinção entre o princípio teológico supra cultural e a expressão cultural deste princípio. Enquanto que o uso do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença fundamental entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo é a vigência desta diferença no culto público — o véu é apenas a forma pela qual isto ocorreria normalmente em cidades gregas do século I. Segunda, Paulo defende a participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade (1 Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1 Co 11.8-9). Acresce ainda que Paulo defende o uso do véu em Corinto apelando para o costume das igrejas cristãs em geral (1 Co 11.16), o que indica que o uso do véu não era prática restrita apenas à igreja de Corinto, mas de todas as igrejas cristãs espalhadas pelo mundo grego.

6. Autoridade ou fonte?

Um ataque desfechado contra a passagem é que a palavra kefalh/ no verso 3 não significa "cabeça" e sim "fonte" ou "origem".(19)  Segundo esta interpretação, Paulo estaria dizendo, não que Deus tem autoridade sobre Cristo, e o homem sobre a mulher, mas que Deus é a fonte da qual Cristo procede, e que o homem é a fonte da qual a mulher procedeu. Assim, a idéia de "autoridade" é removida da passagem, ou pelo menos domesticada.
Entretanto, há vários fatos que militam contra a probabilidade de esta interpretação ser a correta: 1) Estudos exaustivos feitos na literatura grega antiga demonstram que kefalh/, na esmagadora maioria de suas ocorrências, significa "cabeça" e não "fonte". Embora em alguns casos kefalh/ possa ter esta tradução, em nenhum deles é absolutamente certo de que "fonte" ou "origem" é o sentido pretendido pelo autor.(20)  2) Na passagem paralela de Efésios 5.22-23 kefalh/ claramente significa "cabeça" no sentido de "ter autoridade sobre". O mesmo encontramos em Efésios 1.22.(21)

7. O subordinacionismo é herético?

Um outro ataque desfechado pelos igualitaristas é contra o conceito de subordinação na doutrina da Trindade, já que Paulo fundamenta a subordinação da mulher à liderança masculina na subordinação de Cristo à Deus Pai (1 Co 11.3). Alguns feministas evangélicos insistem que a doutrina da subordinação na Trindade implica em inferioridade do Filho em relação ao Pai, e que, portanto, é herética. Alguns chegam mesmo a afirmar que o subordinacionismo foi uma heresia rejeitada pela Igreja no século IV.(22)  Mais recentemente, alguns feministas evangélicos têm negado a subordinação do Filho ao Pai.(23)
Estas posições tem sido rejeitadas por estudiosos evangélicos como enganosas. Em seu estudo sobre 1 Coríntios 11, T. Schreiner demonstra como o credo Niceno afirmou a subordinação de funções do Filho ao Pai, e do Espírito ao Pai e ao Filho, sem comprometer a igualdade e a dignidade pessoal entre as pessoas da Trindade. O que a Igreja rejeitou como heresia foi uma forma de subordinacionismo que predicava uma inferioridade de essência entre o Pai, o Filho e o Espírito.(24)
1 Coríntios 11.2-16, portanto, traz implicações quanto ao ministério feminino ordenado que não devem ser ignoradas por aqueles que defendem a ordenação de mulheres a funções eclesiásticas de autoridade e liderança sobre homens. No nosso entender, nenhuma das tentativas dos igualitaristas tem obtido sucesso na domesticação destas implicações.

Resposta:

Uma missionária desempenha papel de autoridade sobre homens e mulheres ao pregar, ensinar e e pastorear, Se o que está escrito acima é verdade, não deveria existir missionárias. Da mesma forma a mulher não deveria ser professora de escola bíblica ou mesmo professora de teologia.

B. 1 Coríntios 14.33b-38

Esta é uma outra passagem da pena do apóstolo que é de relevância para o debate sobre o ministério feminino ordenado, pois nela Paulo impõe algum tipo de restrição à fala das mulheres na Igreja:
Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja (1 Co 14.33b-35).

1. O problema textual

Existe um problema textual que temos de enfrentar, antes de podermos trazer esta passagem para o debate. Embora os versos 34-35 apareçam em todos os manuscritos existentes de 1 Coríntios 14, contudo, nas testemunhas ocidentais (manuscritos e versões), aparecem após o verso 40, ao fim do capítulo. A maioria dos estudiosos admite a complicação textual envolvendo estes versos, mas também reconhece que a passagem deve ser original, visto que não é omitida em nenhum dos manuscritos que temos.
O conhecido estudioso Gordon Fee tem dado alguma credibilidade à tese de que estes versos não foram escritos por Paulo, mas são interpolação posterior de um escriba.(25)  Entretanto, a tese de Fee não tem sido aceita pela maioria dos estudiosos, e tem sido respondida à altura por eruditos como D. A. Carson.(26)  Prevalece o consenso de que, apesar das dificuldades textuais, os versos 34-35 foram escritos por Paulo após o verso 33, como atestam os melhores manuscritos.(27)

2. O que Paulo quer dizer por "falar"?

A questão central relacionada com a passagem é que tipo de restrição Paulo está impondo às mulheres. Essa restrição não parece ser absoluta, ao ponto de reduzir as mulheres ao silêncio total nos cultos, já que ele, em 1 Coríntios 11.5, deixa a entender que elas poderiam orar e profetizar durante as reuniões, desde que se apresentassem de forma própria, refletindo que estavam debaixo da autoridade masculina.(28)  A dificuldade é que "falar" é um termo bem genérico ( lale/w), e Paulo não coloca qualquer qualificação ao mesmo. Para alguns, Paulo está proibindo que as mulheres falem em línguas; outros, que elas conversem em voz alta durante os cultos. Mas estas proibições se poderiam estender também aos homens — por que não? No entanto, transparece que a proibição de Paulo leva em conta o gênero. Ainda outros pensam que a proibição refere-se apenas às mulheres casadas. Nenhuma destas interpretações é realmente convincente; todas elas têm sido refutadas habilmente por estudiosos.(29)
No meu entender, a interpretação que traz menos problemas é a que defende que Paulo tem em mente um tipo de "fala" pelas mulheres nas igrejas que implique em uma posição de autoridade eclesiástica sobre os homens crentes. Elas podiam falar nos cultos, mas não de forma a parecer insubmissas, cf. v.34b. No contexto imediato Paulo fala do julgamento dos profetas no culto (v. 29), o que envolveria certamente questionamentos, e mesmo a correção dos profetas por parte da igreja reunida. Paulo está possivelmente proibindo que as mulheres questionem ou ensinem os profetas (certamente haveria homens entre eles) em público. Se elas tivessem dúvidas quanto ao que foi dito por um ou mais profetas, as casadas entre elas deveriam esclarecê-las em casa, com os maridos (se fossem crentes, naturalmente), cf. v. 35.
Resposta:
1-Exato. O texto trata de questionar profetas, mas no contexto judaico a mulher não podia ensinar, ou mesmo ler, e conversar com um homem. 

2- Por isso Paulo usa o termo "vergonhoso"

"As mulheres, os escravos e as crianças não eram convidados a pronunciar as bênçãos na refeições (Berakoth 3:3; 7:2)"
 "No templo de Herodes, as mulheres não podiam ir além do átrio das mulheres"  Nas sinagogas as mulheres começaram a ser segregadas dos homens no séc. III a.C em diante...Qualquer membro varão da sinagoga podia receber um convite do presidente da sinagoga para ler da Lei ou dos Profetas, mas a mulher era obrigada a conservar rigoroso silêncio" ...Desencorajava-se a conversação com mulheres (Erub. 53b; Aboth 1;5; cf. Jo 4:9,27) (Dicionário Internacional de Teologia do N.T p. 1337)
 João 4:27  "Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas com ela?
"A mulher não lê o trecho da Torá por amor à honra da congregação" (Magillah, 23a [Barzitha] Citado de Jewett, op. cit., 91)
 "Antes fossem as palavras da Torá queimadasdo que entregues a mulheres" (T.J. Sotah 10a, 8;cf TDNT1 781)  
"Deve-se pronunciar três doxologias todos os dias: Louvado seja Deus que não me criou pagão! Louvado seja Deus que não me criou mulher! Louvado seja Deus que n~çao me criou pessoa iletrada" (Tosefta Ber. 7, 18; cf. T.J. Ber. 13b; cf. op. cit., 92; J. Leipoldt, op. ct., 58) ou Menahoth 43, b citado em (A vida diária nos tempos de Jesus p. 147)
(...) Devemos então dizer que todas aquelas pessoas tem suas qualidades próprias, como o poeta (Sófocles, Ájax, vv.405-408) disse das mulheres: ‘O silêncio dá graça as mulheres’, embora isto em nada se aplique ao homem” (Aristóteles, Política, I, 1260 a-b, pp. 32 e 33).
"é vergonhoso para mulher falar em público"  (Plutarco)

3. O ensino de Paulo se aplica hoje?

A determinação de Paulo está de acordo com o espírito cristão em todas as demais igrejas, 14.33b. Portanto, não é paroquial, apenas para a situação da igreja de Corinto. Está conforme a "lei", uma provável referência às Escrituras, onde claramente se ensina que Deus atribuiu ao homem e à mulher papéis diferentes na família e na igreja, 14.34b. E as igrejas de Corinto não deveriam se insurgir contra o costume das demais igrejas e contra o ensino apostólico, 14.36-38. Elas não eram a "igreja mãe", de onde a Palavra de Deus havia surgido, 14.36. Seus líderes, os profetas e os "espirituais", deveriam reconhecer a autoridade apostólica de Paulo e se submeter ao seu ensino sobre este assunto, 14.37-38. Fica evidente que Paulo está estabelecendo um princípio permanente para as igrejas, e não apenas fazendo jurisprudência teológica local.
A passagem assim entendida está em consonância com 1 Coríntios 11, onde Paulo faz uma diferença entre a participação do homem e da mulher no culto. Enquanto que ali Paulo requer delas que se apresentem submissas à liderança masculina, aqui no capítulo 14 determina-lhes que não falem de forma a parecer que estão na liderança. As implicações destas passagens para o debate acerca da ordenação feminina são claras. Elas deixam claro que Paulo não era um igualitarista.

Resposta:

O texto não diz que elas não devem parecer que estão na liderança, mas que não podem julgar um profeta.  Ou seja, é um texto que proíbe totalmente a opinião e ensino da mulher exatamente como ditava o judaísmo machista.
1 Co 14:29  Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.
30  Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.
31  Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados.
32  Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas;
33  porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos,
34 ¶ conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.
35  Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.

Este texto portanto não se aplica a hoje pois não é vergonhoso a mulher falar ou julgar pela palavra.


C. 1 Timóteo 2.11-15

Em sua primeira carta a Timóteo, seu colaborador e filho na fé, e que estava encarregado da igreja de Éfeso, Paulo faz as seguintes determinações quanto às mulheres:
A mulher aprenda em silêncio, com toda submissão. E não permito que a mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre o marido; esteja, porém, em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se elas permanecerem em fé e amor e santificação, com bom senso (1 Tm 2.11-15 — Almeida Atualizada, 1a. edição).
Esta é provavelmente a passagem mais importante para a discussão sobre o ministério feminino ordenado. E tem padecido muito nas mãos dos intérpretes. A interpretação histórica da passagem é que, aqui, o apóstolo Paulo determina que as mulheres crentes de Éfeso aprendam a doutrina cristã em silêncio, submetendo-se à autoridade eclesiástica dos que ensinam — no contexto, homens (v.11). Elas, por sua vez, não tinham permissão para ensinar os homens com esta autoridade, nem exercê-la nas igrejas sobre eles, mas deviam submeter-se em silêncio (v.12). A causa apresentada pelo apóstolo é dupla: Deus primeiro formou o homem, e depois a mulher (v.13). E ela foi iludida por Satanás e pecou (v. 14).

1. A heresia de Éfeso

Essa interpretação tem o apoio do contexto da carta. É consenso entre os estudiosos que Paulo a escreveu para instruir Timóteo a combater uma perigosa heresia que havia se infiltrado na igreja de Éfeso, que estava sob a sua responsabilidade. Paulo não dá muitos detalhes na carta sobre a natureza dessa heresia, provavelmente porque Timóteo estava perfeitamente a par do problema. Uma reconstrução cautelosa nos revela os seguintes pontos:(30)
1) Os falsos mestres em Éfeso estavam semeando dissensões e se ocupando com trivialidades (1 Tm 1.3-7; 6.4-5; cf. 2 Tm 2.14, 16-17, 23-24).
2) Os falsos mestres ensinavam que a prática ascética era um meio para se alcançar uma espiritualidade mais elevada. Estavam ensinando a abstinência de certas comidas, do casamento, e do sexo em geral (1 Tm 4.1-3). Possivelmente estavam ensinando que o treinamento físico também servia para se alcançar esta espiritualidade (1 Tm 4.8).
3) Várias mulheres da igreja estavam seguindo os falsos mestres e seus ensinos (1 Tm 5.12,15; cf. 2 Tm 3.6-7).
4) Aparentemente, os falsos mestres estavam encorajando tais mulheres a trocarem o seu papel costumeiro no lar por uma atitude mais igualitária com respeito a seus maridos, e aos homens em geral. O programa dos falsos mestres incluía denegrir o casamento, e isso certamente induziria ao abandono das funções tradicionais da mulher no lar. Algumas evidências sugerem esta interpretação. Em suas instruções às viúvas, Paulo determina que as mais novas se casem, tenham filhos e cuidem das suas casas (1 Tm 5.14), visto que já "algumas se desviaram, seguindo a Satanás" (5.15). Desde que Paulo considera o ensino dos falsos mestres como sendo "ensino de demônios" (4.1-2), segue-se que ir após Satanás seria aceitar o ensino dos falsos mestres em oposição ao que Paulo ordena em 5.14. Uma outra evidência é 1 Timóteo 2.15. Embora não saibamos com exatidão o que Paulo quer dizer com "será salva", está claro que o apóstolo está insistindo no papel natural da mulher como mãe, uma insistência que se torna óbvia quando pensamos no ensino dos falsos mestres desvalorizando o casamento.
Embora não saibamos os motivos com exatidão, transparece claramente que o ensino dos falsos mestres em Éfeso incluía a rejeição dos papéis tradicionais das mulheres no casamento, e um encorajamento a que elas reivindicassem papéis iguais na igreja e nos lares. A situação parece bastante similar à da igreja de Corinto, onde as mulheres procuravam exercer no culto funções até então privativas dos homens cristãos. É contra este pano de fundo que Paulo determina às mulheres da igreja de Éfeso que aprendam em silêncio, que não ensinem nem exerçam autoridade sobre os homens, e que estejam em perfeita submissão (1 Tm 2.12).(31)

Resposta:

1- Alguns gnósticos proibiam o casamento e o sexo, bem como pregavam a superioridade da mulher, o termo grego exerça autoridade é muito enfático:

auyentew authenteo

de um composto de 846 e um absoleto hentes (um trabalhador); ; v

1) alguém que com as próprias mãos mata a outro ou a si mesmo
2) alguém que age por sua própria autoridade, autocrático
3) mestre absoluto
4) que governa, exerce domínio sobre alguém

2- Diziam que Eva foi criada antes de Adão e que ela deu vida a ele e o instruiu.



3- Isto foi uma proibição pontual
 v. 12, que começa com as instruções pessoais do próprio Paulo (não permito; melhor, “ não estou permitindo”, implicando instruções específicas para esta situação), retoma os três itens do v. 11 e os apresenta com mais algum detalhe. Não permito que a mulher ensine corresponde a a mulher aprenda em silêncio. Grande parte do problema da igreja em Éfeso residia no ensino. Os presbíteros transviados são mestres (1:3; 6:3); os presbíteros “dignos”, para os quais talvez Timóteo deva servir de modelo (4:11-16; cp. 2 Timóteo 2:2), são “aqueles cujo trabalho é 82 (1 Timóteo 2:8-15) ensinar” (5:17). Em verdade, nessas cartas Paulo se intitula a si mesmo mestre (2:7). Mas aqui ele está proibindo que as mulheres ensinem na igreja ou nas igrejas-lares de Éfeso, embora em outras igrejas elas profetizem (1 Coríntios 11:5) e talvez ministrem ensino de tempos em tempos (1 Coríntios 14:26), e.em Tito 2:3-4 as mulheres mais velhas devem ser boas mestras das mais jovens.
 embora também se ministre instrução em particular (Atos 18:26; aqui por uma mulher). Em virtude da evidência e do que podemos recolher das presentes epístolas, muito talvez o ensino relacione-se com instrução nas Escrituras, isto é, as Escrituras apontando para a salvação èm Cristo (cp. Timóteo 3:15-17). Se for isso que está sendo proibido (e certamente não temos como sabê-lo com certeza, aqui), então isso talvez se deva ao fato de algumas delas terem sido terrivelmente enganadas pelos falsos mestres, que estão violando o AT (cp. 1:7; Tito 3:9). Pelo menos esse é o ponto que Paulo retomará nos vv. 14 e 15.     Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p. 82-83

2. O que Paulo quer dizer com "ensinar"?

O ensino de Paulo neste versículo torna-se mais claro quando entendido à luz desta reconstrução. Vejamos com mais detalhes alguns dos pontos mais decisivos de 1 Timóteo 2.12:
Primeiro, Paulo diz não permitir que a mulher ensine nas igrejas. Ensinar, no Novo Testamento, é uma atividade bem ampla. Todos os cristãos podem ensinar, quer por exemplo, quer pelo seu testemunho, quer em conversação. O próprio apóstolo determina que as mulheres idosas ensinem as mais novas a amarem seus maridos (Tt 2.3-5). Assim, fica claro que Paulo não está passando um proibição geral. Mas, então, o que ele está proibindo?
Transparece do texto que ele não permite que a mulher, em posição de autoridade, ensine os homens. Nas Cartas Pastorais, ensinar sempre tem o sentido restrito de instrução doutrinária autoritativa, feita com o peso da autoridade oficial dos pastores e presbíteros (1 Tm 4.11; 6.2; 5.17). Ao que tudo indica, algumas mulheres da igreja de Éfeso, insufladas pelo ensino dos falsos mestres, estavam querendo essa posição oficial para ensinar nas assembleias cristãs. Paulo, porém, corrige a situação determinando que elas não assumam posição de liderança autorizada nas igrejas, para ensinarem doutrina cristã nos cultos, onde certamente homens estariam presentes. Paulo não está proibindo todo e qualquer tipo de ensino feito por mulheres nas igrejas. Profetizas na igreja apostólica certamente tinham algo a dizer aos homens durante os cultos. Para o apóstolo, a questão é o exercício de autoridade sobre homens, e não o ensino. O ministério didático feminino, exercido com o múnus da autoridade que ofícios de pastor e presbítero emprestam, seria uma violação dos princípios que Paulo percebe na criação e na queda.
ensinar que Paulo não permite é aquele em que a mulher assume uma posição de autoridade eclesiástica sobre o homem. Isso é evidente do fato que Paulo fundamenta seu ensino nas diferenças com que homem e mulher foram criados (v. 13), e pela frase "autoridade sobre o homem" (v. 12b). Um equivalente moderno seria a ordenação como ministro da Palavra, para pregar a Palavra de Deus numa igreja local.(32)
Resposta:
1-Paulo está combatendo a heresia gnóstica da superioridade feminina, da proibição do sexo e casamento.

2- Uma professora de teologia tem posição de autoridade e pode ensinar pastores, como de fato o faz. Isto não viola o texto em nada. a própria Priscila o fez.


3. O que Paulo quer dizer com "exercer autoridade"?

Isto nos leva ao ponto seguinte. Paulo diz também não permitir que a mulher exerça autoridade sobre o homem. A Almeida Atualizada, em sua 2ª edição, traduziu diferentemente esta passagem. Em vez de preservar a leitura da 1ª edição, "exerça autoridade sobre o homem", preferiu traduzir o genitivo a)ndro/j como "de homem". O resultado é "não permito que a mulher ... exerça autoridade de homem". A tradução é gramaticalmente possível, e se encaixa no contexto geral do ensino paulino, onde a autoridade didática e o governo nas igrejas é função dos homens cristãos. Mas, introduz uma expressão que é absolutamente nova e estranha ao vocabulário de Paulo. É talvez preferível permanecer com a tradução anterior, que também é gramaticalmente possível, além de soar mais como Paulo.
De qualquer forma, fica evidente que a atitude que o apóstolo exigia das mulheres cristãs de Éfeso, envenenadas pelo ensino dos falsos mestres, era de submissão e silêncio, quanto ao aprendizado da doutrina cristã nas assembleias. A proibição de exercer autoridade sobre os homens exclui as mulheres do ofício de presbítero, que é essencialmente o de governar e presidir a casa de Deus (1 Tm 3.4-5; 5.17), embora não as exclua de exercer outras atividades nas igrejas.(33)

Resposta:
O termo grego denota superioridade autocrática e não o que diz acima:

auyentew authenteo

de um composto de 846 e um absoleto hentes (um trabalhador); ; v

1) alguém que com as próprias mãos mata a outro ou a si mesmo
2) alguém que age por sua própria autoridade, autocrático
3) mestre absoluto
4) que governa, exerce domínio sobre alguém

"nem que DOMINE, CONTROLE, MANIPULE o homem"


4. Homem e mulher, ou esposa e marido?

Uma outra questão é a tradução das palavras gunh/ e a)nh/r, que tanto podem significar "mulher" e "homem" no sentido mais geral, quanto "esposa" e "marido". Alguns estudiosos tem procurado limitar o alcance da proibição de Paulo ao casamento apenas, e assim preferem a última tradução. Para eles, Paulo está dizendo que a mulher casada não deve ensinar ou exercer autoridade sobre o seu marido, sem generalizar quanto aos homens em geral.(34)  Mas, esta última interpretação é improvável. O contexto e a maneira de Paulo construir suas frases apontam na outra direção. Como observa Douglas Moo, se Paulo desejasse se referir a maridos, teria usado um artigo definido ou um pronome possessivo antes de a)nh/r. Neste caso, a frase ficaria assim: "Não permito que a mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre seu marido", como fez em Efésios 5.22; cf. Cl 3.18. Além disto, o contexto claramente trata de homem e mulher genericamente, cf. 1 Tm 2.8-9.(35)

5. Paulo e o "Paulinista"

Alguns ainda rejeitam 1 Timóteo 2.11-15 por ser parte de uma carta cuja autoria e genuinidade são disputadas. A grande maioria dos estudiosos liberais aceita como fato que as Cartas Pastorais (1 e 2 Timóteo, e Tito) foram escritas por um admirador de Paulo, chamado por alguns estudiosos de "Paulinista", que usou seu nome e imitou seu estilo, muito tempo depois da sua morte. E que escreveu coisas contrárias ao verdadeiro Paulo, tais como estas determinações reduzindo as mulheres ao silêncio e à submissão. Alguns destes estudiosos, como W.O. Walker, acreditam que o apóstolo Paulo era um igualitarista, que libertou as mulheres dos preconceitos e da dominação masculina e patriarcal vigentes (Gálatas 3.28), mas teve sua mensagem posteriormente deturpada pelo "Paulinista", que pregava a subordinação das mulheres no nome de Paulo (Cartas Pastorais).(36)  A conclusão deles é que não se pode estabelecer doutrinas ou princípios práticos para as igrejas de hoje baseados em uma passagem que não foi escrita pelo verdadeiro Paulo. Os que pensam assim, rejeitam igualmente passagens como 1 Coríntios 11.2-16 e 14.34-35, como tendo sido escritas posteriormente pelo "Paulinista".
Não temos espaço neste artigo para expor os argumentos dos estudiosos conservadores em favor da genuinidade das Pastorais.(37) Podemos apenas dizer que os argumentos apresentados contra a autoria paulina não são convincentes a ponto de abandonarmos o que a Igreja vem aceitando faz séculos. As diferenças de estilo, o vocabulário distinto, e as ênfases doutrinárias únicas das Pastorais podem, e têm sido, explicadas convenientemente de outros modos, que não negando a autoria de Paulo. Portanto, não devemos rejeitar as implicações de 1 Timóteo 2.11-15 para o debate com base na hipótese de estudiosos liberais quanto à autenticidade da carta.

6. A aplicabilidade da passagem para hoje

Finalmente, existem ainda objeções levantadas contra a aplicabilidade de 1 Timóteo 2.11-15 às igrejas cristãs contemporâneas. A maioria destas objeções se fundamenta no fato de que as restrições impostas por Paulo às mulheres estão condicionadas pelo problema particular da igreja de Éfeso. Segundo os defensores desta posição, 1 Timóteo 2.11-15 não tem mais qualquer relevância para as mulheres de hoje, visto que foi escrito para corrigir as mulheres que haviam sido iludidas pela heresia de Éfeso, que já não mais existe desde o século I. Além do mais, argumentam, não existe hoje, na maioria das igrejas cristãs, algo que corresponda ao ensino doutrinário autoritativo do século I. Portanto, esta passagem não se constitui em um empecilho para a ordenação de mulheres como pastoras e presbíteras.
Estas objeções podem ser respondidas da seguinte maneira:
1) Quase que todos os livros do Novo Testamento foram escritos em resposta a uma situação específica de uma ou mais comunidades cristãs do século I, e nem por isto intérpretes igualitaristas defendem que nada do Novo Testamento se aplica às igrejas cristãs de hoje. A carta aos Gálatas, por exemplo, onde Paulo expõe a doutrina da justificação pela fé somente, foi escrita para combater o legalismo dos judaizantes que procuravam minar as igrejas gentílicas da Galácia, em meados do século I. Ousaríamos dizer que o ensino de Paulo sobre a justificação pela fé não tem mais relevância para as igrejas do final do século XX, por ter sido exposto em reação a uma heresia que afligia igrejas locais no século I? O ponto é que existem princípios e verdades permanentes que foram expressos para atender a questões locais, culturais e passageiras. Passam as circunstâncias históricas, mas o princípio teológico permanece. Assim, o comportamento inadequado das mulheres de Corinto e de Éfeso, e as heresias que o provocaram, cessaram historicamente, mas os princípios aplicados por Paulo para resolver os problemas causados por estas heresias permanecem válidos.
Ou seja, o ensino de que as mulheres devem estar submissas à liderança masculina nas igrejas e na família, sem ocupar posições de liderança e governo, é o princípio permanente e válido para todas as épocas e culturas.
2) É evidente que há elementos no Novo Testamento que pertencem à cultura do século I. Por exemplo, nenhum estudioso sério afirmaria que a orientação de Paulo para que os cristãos se saúdem com "ósculo santo" (1 Co 16.20) é para ser observada literalmente nas igrejas ocidentais contemporâneas. Entretanto, o princípio que está por detrás desta orientação é permanente, ou seja, que os cristãos devem se saudar de forma santa, qualquer que seja a época ou cultura em que vivam. Obviamente, a forma em que essa saudação ocorrerá dependerá dos costumes locais, mas o princípio permanece o mesmo.
É exatamente o que ocorre quanto à determinação de Paulo para que as mulheres de Corinto usem o véu. princípio por detrás desta ordem, conforme estudamos acima, é o de se apresentarem nos cultos em plena submissão à liderança masculina cristã. O uso do véu é a forma contextualizada pelo qual esse princípio se expressava. Hoje em dia, nas culturas ocidentais, o uso do véu não é uma expressão apropriada deste princípio.
Resposta:
O véu era sinal que uma mulher não era prostituta, ficar sem véu era o equivalente a ter cabeça raspada ou cabelo curto. A aplicação hoje seria a mulher se portar de modo a não se parecer como uma prostituta, da mesma forma os homens naquela cultura deveria usar cabelo curto, pois os garotos de program usavam cabelos longos.
"Ao discorrer sobre as cabeças cobertas e o comportamento do cabelo, Paulo se reportou ao fato de que os crentes devem ter uma aparência e um comportamento honrado em sua cultura.. Embora seja desonroso para o homem ter cabelo crescido, há culturas onde o cabelo longo para homens é considerado apropriado e masculino. Em Corinto era um sinal de prostituição os homens de cabelos longos e as mulheres de cabelo curto" (Bíblia de Estudo Aplicação pessoal- nota 1 Co 11:14-14, CPAD)

princípio permanente que está subjacente em 1 Coríntios 11.2-16, 14.34-35 e 1 Tm 2.11-12 é o de que se mantenham as distinções e os papéis intrínsecos ao homem e à mulher na igreja e na família. Assim, a mulher não deve inverter os papéis, e ocupar posição de autoridade sobre os homens, quer seja para governá-los ou ensiná-los.

Resposta:
1- O princípio adjacente em 1 Co 11 é que a mulher e o homem não devem se parecer como profissionais do sexo

2- 1 Tm 2 e 1 Co 14 tratam de proibições de ensino e julgamento por causa de heresias e tradições locais trazendo heresias e escândalo. Diferentemente do papel exercido da missionaria Junia e Mestra Priscila.

3) O contexto de 1 Timóteo 2.11-15, finalmente, é a instrução de Paulo a Timóteo quanto ao culto público da igreja (1 Tm 2.1-10). A intenção de Paulo não é apenas paroquial, mas universal em sua aplicação, visto que ele quer que os cristãos orem "por todos os homens" (2.1), por "todos os que se acham investidos de autoridade" (2.2), visto que Deus quer que "todos os homens sejam salvos" (2.4). Assim, os varões devem "orar em todo lugar" (2.8). O ensino de Paulo, portanto, tem a ver com "todos os homens... em todo lugar".(38)  Isto não quer dizer que não reconheçamos as circunstâncias particulares da igreja de Éfeso, mas sim que elas foram o catalisador histórico para admoestações gerais e permanentes.

7. O caráter permanente do ensino de Paulo

Uma outra consideração é que Paulo, tanto em 1 Coríntios 11 quanto em 1 Timóteo 2, fundamenta sua orientação quanto ao comportamento apropriado das mulheres cristãs nas igrejas, não em considerações condicionadas culturalmente, mas em princípios inerentes à própria humanidade. Após proibir que as mulheres ensinem e exerçam autoridade sobre os homens (1 Tm 2.12), Paulo dá a causa para sua proibição nos versos 13 e 14 (note o ga/r causal introduzindo estes versículos):
1) O primeiro é baseado na forma como Deus criou o homem e a mulher, ou seja, o homem foi criado primeiro (v. 13). A seqüência temporal (prw=toj ... ei)=ta), para Paulo, tem significado teológico e implicações práticas quanto ao ministério feminino na Igreja de Cristo. O fato de que o homem foi criado primeiro indica sua liderança sobre a mulher. E o fato de que a mulher foi criada em seguida, como auxiliadora, indica sua posição de submissão (cf. Gênesis 2). Para o apóstolo, se uma mulher ensina (prega) doutrina com autoridade sobre homens, está violando este princípio inerente à criação. É importante observar que Paulo enraíza sua proibição nas circunstâncias da criação, e não da queda, somente. Portanto, como observa Moo, ele não considera estas restrições sobre as mulheres como sendo apenas resultado da queda, e portanto, também não espera que sejam removidas com a redenção que há em Cristo.(39)
1 Timóteo 2.13 é um versículo simples e direto, que intérpretes igualitaristas têm dificuldade em explicar. Thomas Schreiner, em recente livro combatendo o igualitarismo, alista as tentativas de feministas evangélicos de descartar 1 Timóteo 2.13:
... Mary Evans diz que a relevância do verso 13 para o verso 12 é obscura, e que o verso 13 simplesmente introduz o verso seguinte sobre Eva. Gordon Fee afirma que o verso 13 não é central para o argumento de Paulo. Timothy Harris diz que o verso "é difícil de entender de qualquer ponto de vista". Craig Keener pensa que o argumento de Paulo aqui é difícil de perscrutar. David Scholer protesta que o texto é obscuro, e que Paulo está fazendo uma citação seletiva de Gênesis 2. Steve Motyer diz que lógica e justiça ficam anuladas se a interpretação histórica deste verso for aceita.(40) 
Resposta:
1- os outros animais foram criados antes de Adão
2- Adão foi criado  primeiro para descobrir seu estado de incompletude e de necessidade de ajuda. Daí o texto dizer que ele se sentiu sozinho e sem auxiliadora.
a- O termo auxiliadora não pressupõe inferioridade ou submissão.  
O próprio Deus é nosso auxiliador, seria ele submisso ao homem?



Gênesis 2:18  Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora <05828> que lhe seja idônea.

Gênesis 2:20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora <05828> que lhe fosse idônea.

Êxodo 18:4  e o outro, Eliézer, pois disse: O Deus de meu pai foi a minha ajuda <05828> e me livrou da espada de Faraó.
Deuteronômio 33:7  Isto é o que disse de Judá: Ouve, ó SENHOR, a voz de Judá e introduze-o no seu povo; com as tuas mãos, peleja por ele e sê tu ajuda <05828> contra os seus inimigos.
Deuteronômio 33:26  Não há outro, ó amado, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua ajuda <05828> e com a sua alteza sobre as nuvens.
Deuteronômio 33:29  Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR, escudo que te socorre <05828>, espada que te dá alteza. Assim, os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos.
Salmos 20:2  Do seu santuário te envie socorro <05828> e desde Sião te sustenha.
Salmos 33:20  Nossa alma espera no SENHOR, nosso auxílio <05828> e escudo.
Salmos 70:5  Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu amparo <05828> e o meu libertador. SENHOR, não te detenhas!

b- O termo auxiliadora denota a necessidade de ajuda, a incompletude e insuficiência.
"mas a palavra ajuda ou auxiliadora de Gênesis 2:18,20 indica o estado incompleto do homem e talvez sua fraqueza...Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 396


Gn18 ¶ Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.
19  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.

20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea
21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.


23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.


c- A mulher foi criada do lado  de Adão dando a ideia de igualdade e companheirismo.


20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela 06763 que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.

06763 

1) lado, costela, viga

1a) costela (humana)

1b) serra (referindo-se a monte, cordilheira, etc.)
1c) câmaras ou cubículos laterais (do edifício do templo)
1d) viga, tábua, prancha (referindo-se ao cedro ou pinheiro)
1e) folhas (referindo-se à porta)
1f) lado (referindo-se à arca)

 d- A mulher tinha grande influencia sobre o homem.

"o ponto do relato de Gênesis é a humanidade, igualdade e unidade essencial da mulher com o homem...O relato da Queda não apenas aponta um papel influente da mulher, mas a palavra ajuda ou auxiliadora de Gênesis 2:18,20 indica o estado incompleto do homem...  Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 39

 e- A subordinação da mulher ao homem e a opressão sobre ela só ocorre após a queda, e isso foi uma maldição preditiva:
"O papel subordinado da mulher parece ser resultado da Queda, mais do que a Criação (cp. 3:16)" Enciclopédia da Bíblia. Cultura Cristã. vol 4. 1ª edição, 2008, p. 396
Gn 3:15  Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16 ¶ E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
17 ¶ E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
18  Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
19  No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.


3- Paulo cita a criação e queda de Eva para combater os argumentos do Gnosticismo e não para mostrar uma hierarquia essencial.

2) O segundo motivo é fundamentado no fato de que não foi Adão, mas sim Eva, quem foi iludida por Satanás e desobedeceu a lei de Deus (v.14). Para alguns, Paulo está citando a maneira pela qual o primeiro casal caiu em pecado para mostrar que a mulher é mais crédula ao erro religioso, e mais susceptível de ser enganada por Satanás (cf. 2 Co 11.3); portanto, não deve ocupar funções de ensino doutrinário nas igrejas, para que não caiam em heresia, e induzam outros. Embora possa haver alguma verdade neste pensamento, é mais provável que Paulo esteja citando o incidente para mostrar o que ocorreu quando Eva tomou a liderança que havia sido dada a Adão.
Uma leitura cuidadosa de Gênesis 3 mostra como a mulher entrou em diálogo com o tentador (Gn 3.1-5), e como, assumindo a liderança, tomou do fruto e deu-o a seu marido, levando-o ao pecado (3.6). As palavras do Senhor Deus ao homem, "porque atendeste a voz da tua mulher" (3.17), soam, assim, como uma repreensão por Adão ter aceitado a liderança da sua esposa na transgressão. E o castigo imposto por Deus à mulher, de que seria dominada pelo homem, encaixa-se com essa dimensão do pecado da mulher (3.16). Portanto, o que Paulo quer mostrar em 1 Timóteo 2.13, não é que o homem não peca, ou que não pode ser enganado por Satanás, mas sim, o que ocorre quando homem e mulher revertem os papéis que Deus lhes determinou.(41)
O apelo de Paulo às Escrituras demonstra que, para ele, as causas dos diferentes papéis do homem e da mulher estão enraizadas nas circunstâncias em que a criação e a queda aconteceram, e não em demandas provisórias das igrejas e nem em aspectos culturais da época.

Conclusões

O meu alvo neste artigo foi demonstrar a importância de levarmos em conta o ensino do Novo Testamento no debate acerca do ministério feminino ordenado. A nossa análise das passagens mais usadas para defender a ordenação de mulheres ao presbiterato ou pastorado demonstrou que elas não dão suporte às pretensões do programa igualitarista, embora certamente nos ensinem que devemos encorajar e defender o ministério feminino em nossas igrejas. Por outro lado, nossa análise das três principais passagens usadas como evidência de que Deus não intentou que as mulheres cristãs ministrassem nas igrejas aos homens, de uma posição de autoridade, quer ensinando-os ou governando-os, mostrou que a interpretação diferencialista destas passagens encaixa-se nos seus contextos, honra a aplicabilidade dos princípios bíblicos para nossos dias, e responde satisfatoriamente às objeções.
Minha conclusão é que não há respaldo bíblico suficiente para que se recebam mulheres ao pastorado, presbiterato ou bispado de igrejas cristãs locais, onde irão, como tais, presidir, governar, e ensinar doutrina aos homens. Na realidade, as evidências bíblicas apontam em outra direção. Estas passagens não podem ser ignoradas pelos que almejam o ministério ordenado de mulheres nas igrejas evangélicas do Brasil. Somente com as ferramentas da crítica bíblica radical, que abstraem estas passagens dos manuscritos, isolam-nas da realidade atual das igrejas, e domesticam o poder de suas implicações, é que se pode contornar o seu ensino óbvio.
Uma palavra final. Os presbíteros exerciam a autoridade e o governo nas igrejas, mas não eram absolutos. Poderiam ser repreendidos, se falhassem (1 Tm 5.19-20), e deveriam exercer sua autoridade não como dominadores, mas como exemplos (1 Pe 5.5). Sua autoridade era limitada pelo ensino de Jesus e dos apóstolos, que hoje se encontram nas Escrituras. Não poderiam ir de encontro a este ensino, como hoje presbíteros, conselhos e concílios em geral também não podem. Nenhum concílio eclesiástico, argumentando a partir das mudanças sociais do tempo presente, tem poderes para ir além da Escritura, ou contradize-la, ordenando mulheres como presbíteras, pastoras ou bispas.
__Resposta:
A autoridade de um pastor ou pastora está limitada pelas Escrituras. Por isso as pessoas se submetem ao ensino bíblico do pastor ou pastora e não so seu poder autocrático.

A incoerência é tão grande nos opositores do ministerio de mulheres que em seus seminários e igrejas vê-se muitas mulheres missionarias, professoras e teólogas professoras.

Ainda bem que estão seguindo o exemplo de Junia e Priscila na prática.
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Notas

 1 Nos Estados Unidos, por exemplo, existem organizações diferencialistas formadas por evangélicos, como o Council on Biblical Manhood and Womanhood, liderado pelo conhecido Wayne Grudem.
 2 Cf. o artigo de Waldyr C. Luz, em que a defesa da tese igualitária é feita sem qualquer referência às passagens principais do Novo Testamento que restringem o ministério feminino ("O Shiboleth do Ministério Feminino," em Revista Teológica 38 [1993] 55-65). O autor provavelmente considerou supérflua qualquer análise, talvez por considerar essas passagens como incluídas nos "preceitos de vigência limitada" (p. 59-60). Por outro lado, Edijéce Martins Ferreira, (Por que Não Diaconisas [NOTA de HÉLIO]? [Recife, PE, 1990]), embora com maior apelo às Escrituras, tende a interpretar estas passagens como sendo culturalmente condicionadas (cf. pp. 14, 16).
 3 Por exemplo, o manuscrito não publicado de Ruben Duffles, que tem sido largamente difundido em meios presbiterianos ("A Mulher na Igreja," 1995). O autor se propõe a demonstrar a fundamentação bíblica da tese igualitarista e a sua fidelidade aos princípios da exegese reformada; estranhamente, o autor cita como argumento para a ordenação feminina uma "revelação direta de Cristo" que o pastor coreano Paul Yonggi Cho teve em 1964, onde Deus pretensamente lhe teria revelado que ordenasse mulheres ao ministério, a chave do crescimento da igreja coreana (p. 71).
 4 O estudo de Zélia Fávero Maranhão, O Erro Monumental da Igreja Cristã (um "estelionato" exegético), (São Paulo: Editora Parma Ltda, 1994), tem seus méritos obscurecidos pela evidente falta de isenção de ânimos (como o próprio título demonstra), generalizações injustificadas, onde todos os estudiosos da Igreja através dos tempos são acusados de "estelionato exegético," e de defenderem um "desvio satânico da verdade" (p. 9), e por uma arrogância desnecessária: a autora se propõe a "colocar a descoberto argumentos até hoje não lembrados ou não analisados" (p. 10). Tal pretensão é justificada pela evidente falta de conhecimento da autora da vasta literatura sobre o assunto: "Não encontrei, no entanto, literatura específica sobre os tópicos da tese que defendo..." (p. 10). Bastaria uma pesquisa superficial sobre o material disponível em inglês, alemão e francês, escrito por estudiosos de diferentes posições sobre o assunto, para que se veja a falácia dessa declaração. Por exemplo, consulte-se a extensa bibliografia publicada em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books) publicado em 1991, portanto, 3 anos antes da publicação da obra de Maranhão.
 5 Como por exemplo, a recomendação entusiástica feita por Waldyr C. Luz da obra de Jane Dempsey Douglas, Mulheres, Liberdade e Calvino: O Ministério Feminino na Perspectiva Calvinista, trad. Américo Ribeiro (Manhumirim, Minas Gerais: Didaquê, 1995). Cf. a resenha crítica desta obra feita por Tarcízio J. F. Carvalho em Fides Reformata 2/1 (1996) 154-8.
 6 Cf. o estudo de U-.K. Plisch, "Die Apostelin Junia: das Exegestische Problem im Röm 16,7 im Licht von Nestle-Aland27 und der Sahidischen Überlieferung," em New Testament Studies 42 (1996) 477-78.
 7 Cf. John Piper e Wayne Grudem, "An overview of Central Concerns: Questions and Answers," em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991) 79-80.
 8 Ibid., 80.
 9 A. T. Robertson, Grammar of the Greek New Testament (New York: Hodder and Stoughton, 1914) 171-173.
 10 Com exceção da KJV, o que é aplaudido por feministas como Berkeley Mickelsen e Alvera Mickelsen, "Does Male Dominance Tarnish Our Translation?" em Christianity Today (5 de Outubro de 1979) 23-29.
 11 Cf. James B. Hurley, Man and Woman in Biblical Perspective (Grand Rapids: Academie, 1981) 121-122.
 12 Alguns têm sugerido que Jesus não escolheu mulheres para o colégio apostólico por que estava restrito pela cultura da sua época: mulheres apóstolas não seriam aceitáveis para os judeus da época, e colocariam em perigo a missão de Jesus (cf. G. Bilezikian, Beyond Sex Roles [Grand Rapids: Baker, 1985] 236). Mas este argumento é somente especulativo, e ao final, coloca Jesus numa situação difícil. Veja sua refutação em Piper e Grudem, Recovering, 221-222.
 13 Por exemplo, Paul K. Jewett, Man as Male and Female (Grand Rapids: Eerdmans, 1975) 142.
 14 Cf. Robin Scroggs, "Entrar na comunidade cristã significa, portanto, filiar-se a uma sociedade na qual funções do tipo homem-mulher, e avaliações baseadas nestas funções, têm sido descartadas" ("Women in the NT" em The Interpreter’s Dictionary of the Bible, volume suplementar [Nashville: Abingdon Press, 1976] 966).
 15 H. Wayne House, "Neither... Male nor Female... in Christ Jesus," em Bibliotheca Sacra 145 (1988) 53-55.
 16 Ann Coble, "The Lexical Horizon of ‘One in Christ’: The Use of Galatians 3:28 in the Progressive-Historical Debate over Women’s Ordination" (tese não publicada; St. Louis, Missouri; Covenant Theological Seminary, 1994).
 17 Uma exceção é a versão americana REB, que traduz "símbolo de sua (da mulher) autoridade". Para um artigo em defesa desta tradução, ver Morna D. Hooker, "Authority on Her Head: An examination of 1 Corinthians 11.10," em New Testament Studies 10 (1964) 410-416.
 18 Cf. Paige Patterson, "The Meaning of Authority in the Local Church," em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991) 257.
 19 Ver, por exemplo, o artigo de Richard S. Cervin, "Does Kephale Mean ‘Source’ or ‘Authority’ in Greek Literature? A Rebuttal," em Trinity Journal 10 (1989) 85-112. Cervin nega o sentido "autoridade sobre" e propõe "preeminência" como alternativa.
 20 O estudo mais decisivo foi feito por Wayne Grudem, no livro de George W. Knight III, The Role Relationship of Men and Women, ed. revisada (Chicago: Moody Press, 1985) 49-80.
 21 Cf. o artigo de Thomas R. Schreiner, "Head Coverings, Prophecies and the Trinity: 1 Corinthians 11:2-16," em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991) 124-39.
 22 Cf. Bilezikian, Beyond Sex Roles, 241.
 23 Ver R.C Kroeger e C. Kroeger, "Subordinationism," em Evangelical Dictionary of Theology, ed. Walter A. Elwell (Grand Rapids: Baker, 1984) 1058.
 24 Schreiner, "Head Coverings," 128-30. Cf. ainda Stephen D. Kovach, "Egalitarians Revamp the Doctrine of the Trinity" em CBMW News 2/1 (1996) 1, 3-5. Talvez seja esclarecedor, a esta altura, mencionar o conceito teológico reformado de Trindade ontológica e Trindade econômica. Por ontológica nos referimos à Trindade como ela é, como subsiste desde a eternidade. Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em substância, possuem atributos e poderes idênticos, e portanto têm a mesma glória. Por econômica nos referimos à Trindade como manifestada ao mundo, especialmente na história da redenção, onde as três pessoas exercem papéis diferentes relacionados com a criação, redenção e santificação. Nesta distribuição de atividades, o Pai envia o Filho, e o Espírito procede do Pai e do Filho. Esta subordinação do Filho ao Pai, e do Espírito ao Pai e ao Filho é perfeitamente compatível com a igualdade predicada acerca da Trindade ontológica (Cf. Loraine Boettner, Studies in Theology, 17ª edição [Presbyterian and Reformed, 1983] 116-7).
 25 Cf. Gordon D. Fee, The First Epistle to the Corinthians, em New International Commentary on the New Testament (Grand Rapids: Eerdmans, 1987).
 26 Veja a crítica de Carson à tese de Fee em "Silent in the Churches," em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991) 141-45.
 27 Existe ainda a questão da pontuação do verso 33. O ponto final deve ser colocado antes ou depois da expressão "como em todas as igrejas dos santos"? Se colocado depois, o verso leria assim: "Deus não é de confusão mas de paz, como em todas as igrejas dos santos". Se antes, como na versão Almeida Atualizada 2a. edição, teríamos: "Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas..." Esta última pontuação é favorecida pela maioria das traduções e dos estudiosos.
 28 Apesar disto, ainda há quem procure defender que Paulo está impondo silêncio absoluto às mulheres. Mas isto só é possível aceitando-se que Paulo está se contradizendo na mesma carta, no curto espaço de quatro capítulos, ou que no capítulo 11 ele se refere a um tipo de reunião, enquanto que no capítulo 14, a outra — algo totalmente improvável pelo contexto. Cf. Carson, "Silent in the Churches," 145-6.
 29 Carson analisa e rebate cada uma delas, cf. "Silent in the Churches," 146-51.
 30 Esta reconstrução é baseada no artigo de Douglas Moo, "What Does It Mean Not to Teach or Have Authority Over Men?" em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991) 180-2.
 31 Uma outra corrente de interpretação sugere que o background de 1 Timóteo 2.11-15 era que mulheres ricas e bem educadas da igreja de Éfeso estavam perturbando o ensino dos presbíteros no culto, interrompendo-os e querendo elas mesmas ensinar. Cf. Paul W. Barnett, "Wives and Women’s Ministry (1 Timothy 2.11-15)," em Evangelical Quarterly 61/3 (1989) 225-38. Esta interpretação reivindica ter a seu favor o contexto imediato, em que Paulo, aparentemente, estaria corrigindo mulheres ricas quanto ao vestuário e estilo de cabelo a ser usado em público nas igrejas (cf. 2.9-10). Não é claro, entretanto, que a exortação de Paulo nestes versos nos permita inferir a existência e atuação de mulheres ricas e educadas nos cultos da igreja de Éfeso. As evidências da carta favorecem mais a tese da heresia feminista.
 32 Ver 2 Timóteo 4.2, onde Paulo ordena a Timóteo que pregue a Palavra com toda doutrina.
 33 Presbíteros eram líderes, oficialmente reconhecidos (At 14.23; Tt 1.5; Fp 1.1) e ordenados pelas igrejas pela imposição de mãos (1 Tm 5.22; cf. 1 Tm 4.14; At 13.1-3), que tinham três funções básicas: Afadigar-se no estudo e exposição da Palavra (1 Tm 5.17), governar a igreja (1 Tm 5.17; cf. 1 Tm 3.4-5; Hb 13,7,17; At 20.28; 1 Pe 5.1-4), e presidir e promover a ordenação de outros presbíteros (Tt 1.5; 1 Tm 3.1ss; 5.22).
 34 Cf. Joyce Baldwin, Women Likewise (London: Falcon, 1973) 21-22.
 35 Moo, "What Does It Mean," 188.
 36 Cf. W.O. Walker, "The ‘Theology of Woman’s Place’ and the ‘Paulinist Tradition" em Semeia 28 (1983) 101-12.
 37 Para uma defesa conservadora clássica da autoria paulina das Pastorais, ver Donald Guthrie, New Testament Introduction, 3ª ed. rev. (Downers Grove, IL: Intervarsity Press, 1970) 584-621.
 38 Barnett, "Wives and Women’s Ministry," 225.
 39 Moo, "What Does It Mean," 190.
 40 Thomas Schreiner, "An Interpretation of 1 Timothy 2.9-15: A Dialogue with Scholarship," em Women in the Church: A Fresh Analysis of 1 Timothy 2.9-15, eds. Andreas Köstenberg, etc. (Grand Rapids: Baker, 1995) 136.
 41 Cf. John Piper and Wayne Grudem, "An Overview of Central Concerns: Questions and Answers," em Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism, eds. John Piper e Wayne Grudem (Wheaton, IL: Crossway Books, 1991) 73.

[NOTA de HÉLIO: A palavra diaconisa (transliteração feminino: diakonissa) é citada por Charles C. Ryrie, no livro Basic Theology p. 485, como existente no Grego Koiné, porém ela jamais foi usada por Deus, no Novo Testamento!]



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RESPOSTAS  A OUTRAS QUESTÕES:

1- A ordenação de mulheres é influencia do movimento feminista (este não foi usado pelos teólogos acima citados)
Resposta:
Errado, a primeira mulher a ser ordenada foi em 1853 na igreja Anglicana, Antoniette Loise Brown.
A primeira convenção sobre direitos das mulheres, realizada em julho de 1848 na pequena cidade de Seneca Falls , Nova York. Foi uma idéia do momento que surgiu durante uma reunião social de Lucretia Mott , uma pregadora Quaker e veterana ativista social, Martha Wright (irmã de Mott), Mary Ann McClintock, Jane Hunt e Elizabeth Cady Stanton , esposa de um abolicionista e a única não-quaker do grupo. A convenção foi planejada com cinco dias de antecedência, divulgada apenas por um pequeno anúncio não assinado em um jornal local. (Enciclopedia Britãnica on line)






2- A Bíblia ensina que a mulher é mais facilmente enganada 1 Tm 2:14
Resposta:
1Tm 2:14  E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.
O texto não diz isto, diz apenas que Eva foi enganada. Provavelmente o diabo tentou Eva por ela não ter ouvido diretamente de Deus a ordem de não comer do fruto proibido.Tanto é que a responsabilidade caiu sobre Adão.
Gn 2:15  Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.16 ¶ E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,17  mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.18 ¶ Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.19  Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.20  Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.21 ¶ Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.22  E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.
Tanto homens e mulheres que são privados do estudo são mais facilmente enganados que os que não são privados, e nos tempos bíblicos as mulheres em geral tinham menos acesso ao estudo, e assim:
1- não tinham educação acadêmica
2- eram consideradas não confiáveis com testemunhas
3-os gregos, e judeus aceitavam as mulheres como profetizas mas não como mestras



2Tm 3:6  Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões,


3 -A bíblia não cita exemplo da ordenação de mulheres para o pastorado
Resposta:
Sim, de fato. Mas nem tão pouco de outras funções ocupadas nas igrejas modernas, inclusive nas que são contra o pastorado feminino.
1-Nem tão pouco cita a ordenação de mulheres como professoras (mestras), seja elas professoras de escola dominical o professoras de escolas de Teologia (professores de pastores e futuros pastores) e segundo alguns, nem de missionárias ou diaconisas.(apesar da bíblia e a arqueologia mostrarem o contrário)
  • A carta de Plínio a Trajano datada de 112 d.C prova que havia sim diaconisas
"Tais coisas convenceram-me da necessidade de saber a verdade torturando duas escravas, conhecidas como diaconisas" (Explorando o mundo do Novo Testamento, p. 94. Ed. Atos)

  •  A Bíblia cita Febe como diaconiza:

Rm 16:1 Recomendo-vos a nossa irmã  Febe , que está  servindo(DIAKONOS) à igreja  de Cencréia 
O léxico de STRONG diz: 
diakonos 
provavelmente do obsoleto diako (saída breve para fazer ou buscar alguma coisa, cf  1377); 
1) alguém que executa os pedidos de outro, especialmente de um mestre, servo, atendente, minístro 1a) o servo de um rei 1b) diácono, alguém que, em virtude do ofício designado a ele pela igreja, cuida dos pobres e tem o dever de distribuir o dinheiro coletado para uso deles 1c) garçom, alguém que serve comida e bebida 

  •  A bíblia recomenda a consagração de diaconizas: Apesar do fato dos machistas (influenciados pela cultura secular) dizerem serem as esposas dos obreiros!!!Mas o contexto é claro e NÃO DIZ: "suas mulheres"
1TM 2: 2  É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3  não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;
4  e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito
5  (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?);
6  não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.
7  Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.
8 ¶ Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância,
9  conservando o mistério da fé com a consciência limpa.
10  Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato.
11  Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.
12  O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa.
13  Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus.
  • A bíblia também cita uma provável missionária (apóstola) chamada Júnias que estava entre (fazia parte do colégio de apóstolos [missionarios] )  
     Romanos 16:7  Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim.
          Antes de ser publicada a terceira impressão da quarta edição do Novo Testamento grego das Socieddes Bíblicas Unidas, essa palavra aparecia, no texto acentuada como Iouniav Iounias (Junias) [masculino]. Alguns intérpretes julgando improvável que uma mulher estaria entre aqueles que são chamados de apóstolos, entendem que o nome é Júnias, tido como uma forma abreviada do nome masculino Juliano. Por outro lado, há de se considerar o seguinte:1-O nome latino Júnia atribuído a mulheres, aparece mais de 250 vezes em inscrições gregas e latinas que foram encontradas em Roma (sem levar em conta outros lugares), ao passo que o nome masculino Júnias não foi encontrado uma única vez.
 2- Quando, nos manuscritos gregos, se começou a acentuar as palavras (pois no início eram escritas sem acentuação) os copistas escreveram `Iounian Junia, ou seja, tomaram este nome por nome de mulher.
3- Afirmar que na  Igreja antiga, mulheres não eram consideradas apóstolas é uma hipótese que necessita de comprovação."Variantes Textuais do Novo Testamento. SBB, 2010 p. 328
"...è mais provável , então, que seja uma forma do nome feminino Júnia, o qual é bastante comum." Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 


  • O último texto grego revisado traz o nome na forma feminina.
  • Quando surgiram os sinais de acentuação o nome ele era grafado como feminino
  • As evidencias extra bíblicas do nome feminino são esmagadoras
  • A tentativa de colocar Júnia e Adrônico como tidos em alta conta entre os apóstolos é uma tentativa em vão de não reconhecer uma mulher como missionária, mas a maioria esmagadora das igrejas enviam mulheres como missionárias!!!!
  •  Junia e Andrônico foram presos juntos com o missionário Paulo. Não provavelmente na mesma sela. Será que Júnia foi presa por estar calada ou por ser ativa no evangelho?

" O casal que era judeu (syngeneis provavelmente significa  compatriotas judeus como em Rm 9.3 e não parente)  converteu-se a Cristo antes de Paulo e tinha estado com ele na prisão - provavelmente de vido ao ministério comum com apóstolos-..provavelmente não foram apóstolos da mesma forma que, pro exemplo Paulo e Pedro foram - divinamente escolhidos como representantes do Cristo com uma autoridade singular (At 1.12-26; EF 2.20; 1 Co 15.7-9). Apóstolos aqui, em vez disso teria o sentido de missionário ou mensageiro (2 Co 8:23; Fp 2:25) Comentário Bíblico Vida Nova D.A. Carson. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 1743 



 Barnabé era apóstolo no sentido mais amplo da palavra, como também muitos outros eram assim nomeados naquela época. Eram irmãos enviados por igrejas locais para a obra de evangelização pioneira, para a plantação de novas igrejas em locais ainda não evangelizados. Usada neste sentido, a palavra "apóstolo” descreve a função deles, de enviados em missão. Teoricamente ela podería ser empregada em nossos dias para designar aqueles que são enviados para o campo missionário, para fazer a obra de evangelização e plantar novas igrejas (como Barnabé, Silas e Timóteo), ou para aqueles que são representantes ou delegados de igrejas em missões de outra natureza (como Epafrodito e os dois irmãos de 2Co 8.23)Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 112

 Parece-nos que a resposta é a mesma dada no caso de Barnabé: Paulo, às vezes, chama de “apóstolos” os obreiros enviados para o serviço do Senhor, alguns dos quais seus companheiros de viagens. Silas era da igreja de Jerusalém, profeta e notável entre os irmãos. Seu relacionamento com Paulo começou quando foi escolhido e enviado pela igreja para acompanhá-lo, junto de outros, na missão de entregar aos cristãos gentios as decisões do concilio de Jerusalém sobre a entrada deles na igreja (At 1 5 .2 2 ,3 2 ). Mais tarde, o próprio Paulo o escolhe como parceiro para a segunda viagem missionária, depois do desentendimento com Barnabé (At 15.36-41). Juntamente com Timóteo, Silas e Paulo vão aTessalônica, Beréia e depois a Corinto (At 18.5). Paulo os chama de apóstolos no sentido mais abrangente da palavra, que é de enviados de Cristo, através das igrejas, para a obra de pregar o Evangelho Apóstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014.p. 113

 Aqueles que eram enviados por Cristo, através das igrejas, para pregar o Evangelho em regiões onde Cristo ainda não havia sido anunciado. Aqui temos Barnabé (At 14.1,14; IC o 9.6), Silvano e Timóteo (lT s 1.1; 2.7) e “os demais apóstolos” mencionados por Paulo (IC o 9.5). É somente neste sentido, assim entendemos, que alguém em nossos dias podería reivindicar a designação. Todavia, os verdadeiros missionários estão bem longe de procurar títulos desta natureza A
póstolos : a verdade bíblica sobre o apostolado / Augustus Nicodemus Lopes - São José dos Campos, SP : Fiel, 2014p. 120-121


  
       Vale ressaltar que o termo apóstolo não era usado somente para os 12, Matias e Paulo que lançaram os fundamentos da igreja Ef 2:20  "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular";  , mas também por outros apóstolos como Barnabé e Tiago:
Gálatas 1:19  e não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor.
Atos 14:4  Mas dividiu-se o povo da cidade: uns eram pelos judeus; outros, pelos apóstolos.Atos 14:14  Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando:

2-Também a bíblia não ensina a hierarquização de CARGOS prevalecente em muitas igrejas:
Cooperador, diácono, presbítero, evangelista, pastor, bispo, apóstolo, etc
Na igreja primitiva só havia os cargos de diácono e presbítero/bispo, não havia como no século dois um bispo em cada cidade, veja:
Filipenses 1:1  Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos
Bispo (superintendente) e Presbítero(ancião, pessoa madura na fé) eram termos que se referiam ao mesmo cargo:
At 28:17 ¶ De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.28  Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.

Também devemos saber que dom ministerial não é equivalente a cargo:
Felipe era um diácono com dom ministerial de evangelista 
At 6:3  Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;4  e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.6  Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãosAtos 21:8  No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele

At 8:5  E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.
6  E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7  pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
8  E havia grande alegria naquela cidade.
Pedro e João tinham dom ministerial de apóstolo(missionário) e eram presbíteros: 
1 Pedro 5:1  Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada:
2 João 1:1  O presbítero à senhora eleita e aos seus filhos, a quem eu amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade,
3 João 1:1  O presbítero ao amado Gaio, a quem eu amo na verdade.
Em suma: o presbítero era o cargo máximo da igreja primitiva. E lógico que dentre eles havia também os principais: 
Gálatas 2:9  e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago [irmão de Jesus], Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão;
 Gálatas 1:19  e não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor.


4- os textos de 1 Co 14 e 1 Tm impedem a mulher de ensinar ou de exercer cargos de liderança ou no máximo  a mulher pode ensinar crianças e outras mulheres. Devido ao fato do homem ser o cabeça da mulher.

Resposta ao texto de 1 Co 14:
1Co 14 :34 ¶ conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.
35  Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.
36 ¶ Porventura, a palavra de Deus se originou no meio de vós ou veio ela exclusivamente para vós outros?

1- Observe o termo "vergonhoso", isto implica diante do contexto cultural apresentado lá em cima que a MULHER FALAR EM PÚBLICO era em muuitos lugares uma coisa vergonhosa!!!! Será que na maioria dos países isto ainda vigora?  Lógico que não!!

2-Observe que o termo "caladas" é usado por Paulo num sentido não absoluto, literal, pois não´é possivel estar calado e ao mesmo tempo falar. O que o texto diz é falar em voz alta! o que provavelmente estava acontecendo é que elas estavam estrapolando em perguntas no culto de modo a atrapalhar e também MUITOS pagãos e judeus e alguns pagãos consideravam vergonhoso o falar  em público
1 Coríntios 14:28  Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus

3- A mesma carta também diz que as mulheres podem profetizar e orar (na cidade de Corinto o véu era sinal cultural de mulher de honra, não meretriz etc.)
1 Coríntios 11:5  Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada.

4-A bíblia mostra uma mulher ensinado um homem poderoso nas Escrituras
At 18:24 ¶ Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras.
25  Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João.
26  Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
A instrução: Saúda a Priscila e Áqüila, seus velhos amigos. É surpreendente, não que Paulo os saudasse, mas que eles estivessem de volta a Éfeso. Paulo encontrou-se com eles pela primeira vez em Corinto, para onde tinham ido de Roma depois do decreto de Cláudio (Atos 18:1-3). Depois, eles acompanharam Paulo a Éfeso, onde permaneceram por algum tempo (Atos 18:18-26; em 1 Coríntios 16:19 uma igreja reúne-se na casa deles). Um pouco mais tarde eles estão aparentemente em Roma, onde de novo têm uma igreja-lar (Romanos 16:3-4); e agora os encontramos de novo em Éfeso. Áqüila era judeu, natural do Ponto; podemos supor que Priscila fosse judia. Em quatro de seis referências a seus nomes, ela é mencionada em primeiro lugar, o que é tão espantosamente incomum na antigüidade, que podemos supor que o papel dela era muito significativo no ministério do casal. Eram amigos tão queridos, tinham trabalhado com Paulo durante tantos anos, que o apóstolo não pode deixar de saudá-los. Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p. 314

È vão o argumento que diz que a mulher só pode ensinar mulheres, crianças ou homens fora da Igreja:
  •  pois o texto fala de um homem adulto instruído e versátil nas Escrituras
  • o termo "igreja" em grego é Eklésia (assembléia), ou seja, Apolo, Priscila e Áquila são literalmente Igreja do Senhor!!! 
É totalmente contraditório aceitar que uma mulher Ensine na Escola Dominical (Base Teológica da igreja local) ou seja professora formal de Teologia (dando aula para pastores e futuros lideres e lhe seja privado do acesso ao púlpito!!!!   
Isso se chama Influencia pagã, influencia de tradições judaicas, influencia secular!!!! Irracionalismo!!

Resposta ao texto de 1 Tm 2:11-15
1 Tm 2:11  A mulher aprenda em silêncio (2271)*, com toda a submissão.
12  E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade(831)* sobre o homem; esteja, porém, em silêncio.
13  Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva.
14  E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.
15  Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso.

1- Todo o conteúdo da carta gira em torno do ensino, especialmente dos falsos mestres
"que todo o Conteúdo da carta tem que ver com 1:3 (“Como te roguei, quando partia para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns [homens] que não ensinassem outra doutrina”), e que isto expressa ao mesmo tempo a ocasião e o propósito de 1 Timóteo. Como se há de ver no comentário, isto não somente dá sentido a todos os detalhes da carta, mas também ajuda a explicar a natureza e o conteúdo de Tito e de 2 Timóteo."  Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p. 18 

Paulo estava condenando o ensino gnóstico da supremacia feminina e da proibição do casamento e da procriação:
https://averacidadedafecrista.blogspot.com/2018/06/gnosticismo-e-supremacia-feminina.html
At 20:7 ¶ De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.
At 20:30  E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.
31  Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um 
 O problema é que a igreja está sendo extraviada por alguns de seus próprios presbíteros. 17
Diversas pistas internas sustentam esta hipótese: Primeira, os falsos mestres evidentemente ensinavam (1:3, 7; 6:3), e o ensino era tarefa dos presbíteros (3:2; 5:17). Além do mais, uma parte significativa da epístola destina-se a dar o caráter, as qualificações e a disciplina dos líderes da igreja (3:1-13; 5:17-25); grande parte disto está em evidente contraste com o que se diz especificamente dos falsos mestres. Quanto a isto, é provável que valha a pena notar que dois dos cabeças deste grupo são citados pelo nome e excomungados (1:19-20).
Segunda, está claro, de 2 Timóteo 3:6-9, e ainda apoiado por 1 Timóteo 2:9-15 e 5:3-16 (especialmente vv. 11-15), que esses mestres haviam encontrado um campo muito frutuoso entre algumas mulheres, aparentemente viúvas mais moças, que haviam franqueado seus lares a eles, e até ajudado a divulgar seus ensinos (veja disc. sobre 5:13).
Terceira, a igreja em Éfeso, com toda a probabilidade, compunha-se de muitas igrejas nos lares (cp. 1 Coríntios 16:19; veja disc. sobre 1 Timóteo 2:8). Se assim for, podemos imaginar cada uma dessas igrejas- lares como tendo um ou mais presbíteros e o problema passa a ser não tanto uma única grande assembléia reunida, que se divide ao meio, mas várias igrejas-lares capitulando in toto à liderança que se extraviara (cp. Ti to 1:11). Esta capitulação de alguns líderes e seus seguidores é que constitui a suprema urgência e importância de todo o conteúdo da carta. 
 Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p.19

2-De fato o texto proíbe o ensino de mulheres naquela região em questão. Embora o termo silêncio possa significar :
*2271 hsucia hesuchia

1) descanso
1a) descrição da vida de alguém que permanece em casa fazendo seu próprio trabalho, e não se intromete oficiosamente em afazeres dos outros

2) silêncio

Outras ocorrencias da palavra:
Atos 22:2  Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, guardaram ainda maior silêncio <2271>. E continuou:
2 Ts 3:12  A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente <2271>, comam o seu próprio pão.

2:11-12 / Ao exigir que a mulher aprenda em silêncio, ou “tranqüila”, dificilmente Paulo estaria adotando uma atitude como a de Plutarco: “A fala da mulher também não deve ser para o público... porque a mulher deve conversar com seu marido ou por meio dele” (26:30-32, Loeb). A opinião de Plutarco relacionava-se a todas as mulheres em todas as circunstâncias públicas. A declaração de Paulo de modo especial relaciona-se com o problema em Éfeso. Obviamente ele não firmou esta posição acerca das mulheres em geral (veja, e. g, Romanos 16:1-3; Filipenses 4:2-3).Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994, p. 87

3- O texto diz que a mulher não pode dominar, subjugar o marido
*831 auyentew authenteo

1) alguém que com as próprias mãos mata a outro ou a si mesmo
2) alguém que age por sua própria autoridade, autocrático
3) mestre absoluto
4) que governa, exerce domínio sobre alguém

4- Paulo destaca o caráter pontual da proibição do ensino:
 v. 12, que começa com as instruções pessoais do próprio Paulo (não permito; melhor, “ não estou permitindo”, implicando instruções específicas para esta situação), retoma os três itens do v. 11 e os apresenta com mais algum detalhe. Não permito que a mulher ensine corresponde a a mulher aprenda em silêncio. Grande parte do problema da igreja em Éfeso residia no ensino. Os presbíteros transviados são mestres (1:3; 6:3); os presbíteros “dignos”, para os quais talvez Timóteo deva servir de modelo (4:11-16; cp. 2 Timóteo 2:2), são “aqueles cujo trabalho é 82 (1 Timóteo 2:8-15) ensinar” (5:17). Em verdade, nessas cartas Paulo se intitula a si mesmo mestre (2:7). Mas aqui ele está proibindo que as mulheres ensinem na igreja ou nas igrejas-lares de Éfeso, embora em outras igrejas elas profetizem (1 Coríntios 11:5) e talvez ministrem ensino de tempos em tempos (1 Coríntios 14:26), e.em Tito 2:3-4 as mulheres mais velhas devem ser boas mestras das mais jovens.
 embora também se ministre instrução em particular (Atos 18:26; aqui por uma mulher). Em virtude da evidência e do que podemos recolher das presentes epístolas, muito talvez o ensino relacione-se com instrução nas Escrituras, isto é, as Escrituras apontando para a salvação èm Cristo (cp. Timóteo 3:15-17). Se for isso que está sendo proibido (e certamente não temos como sabê-lo com certeza, aqui), então isso talvez se deva ao fato de algumas delas terem sido terrivelmente enganadas pelos falsos mestres, que estão violando o AT (cp. 1:7; Tito 3:9). Pelo menos esse é o ponto que Paulo retomará nos vv. 14 e 15.
         Novo Comentário contemporâneo. 1 & 2 Timóteo e Tito. São Paulo: vida, 1994,p. 82-83


5- Este é o mesmo caso do uso de véu, ósculo santo (inclusive fora das igrejas) e a não inscrição de ajuda às viúvas com menos de 60 anos. Pois eram situações locais, culturais e temporárias. Como foi provado acima a Bíblia mostra que a mulher pode ensinar até mesmo HOMENS ADULTOS VERSADOS NAS ESCRITURAS!!!
ósculo:
 At 20:37  Então, houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam,
Romanos 16:16  Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam.1 Coríntios 16:20  Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.2 Coríntios 13:12  Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.1 Ts 5:26  Saudai todos os irmãos com ósculo santo.1 Pedro 5:14  Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz a todos vós que vos achais em Cristo.
"os cristãos primitivos adotaram o ósculo santo (ou beijo de amor) como saudação amigável (Rm 16:6; 1 Co 16:20; 2 Co 13:12; 1Ts 5:26; 1 Pe 5:14; cp.Lc 7:45). Era um elo sagrado que  unia o copo de Cristo e era indubitavelmente trocado por membros tanto do mesmo sexo (cp. Apotolic Constitutions ii,57.12) como do outro (seja St. Ambrose, Hexaem VI, ix, 68; Tertulian, Ad Uxor ii,4) (Enciclopedia da Bíblia, Cultura Cristã- vol. 1, p. 722)
véu         (para  maiores detalhes) http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/search?q=v%C3%A9u
1 Coríntios 11:6  Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu.1 Coríntios 11:10  Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade.1 Coríntios 11:13  Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?
cabelo curto para homem e longo para mulher  http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2013/07/cabelo.html
           http://averacidadedafecrista.blogspot.com.br/2013/08/e-pecado-cortar-o-cabelo.html
1 Coríntios 11:14  Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido?
1 Coríntios 11:15  E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha.
Não ajudar viúvas com menos de 60 anos 
1 Tm 5:9  Não seja inscrita senão viúva que conte ao menos sessenta anos de idade, tenha sido esposa de um só marido,14  Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não deem ao adversário ocasião favorável de maledicência.
15  Pois, com efeito, já algumas se desviaram, seguindo a Satanás.16  Se alguma crente tem viúvas em sua família, socorra-as, e não fique sobrecarregada a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas.
3- Sobre a questão da autoridade
  • Se a mulher não pode exercer autoridade como fica então o caso de votações nas igrejas?  Onde elas são de Fato maioria???Tem igrejas onde elas tiram ou retiram o pastor!!! e nestas mesmas não podem ensinar ou serem pastoras!!
  • O fato do homem ser cabeça (chefe) no Lar, não a impossibilita a mulher de ter papel igualitário no âmbito sexual e no âmbito eclesiástico, como foi comprovado acima.
1 Co 7:4  A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher
  1Co 7:5 Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência
Palavra final:

Se de fato a bíblia ensina que a mulher não pode ensinar, e que deveria ficar calada ela não poderia ensinar na escola dominical e ser professora de Teologia, não poderia ser missionária pois ensinaria os discípulos a guardar todas as coisas que Jesus ensinou e nem poderia louvar:
 Mateus 28:19  Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20  ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.


Colossenses 3:16  A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.