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sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Faraó do exodo e a data do êxodo

Datas rivais do êxodo
A teoria predominante dos teólogos liberais é que o faraó do Êxodo foi Ramessés II .

A data geralmente aceita (1270-1260) é baseada em três suposições:
 1. “Ramessés” em Êxodo 1.11 recebeu o nome de Ramessés, 0 Grande.
2. Não houve nenhum projeto de construção no delta do Nilo antes de 1300.

 3. Não houve nenhuma grande civilização em Canaã entre os séculos xix e xiii a.C. Se tudo isso for verdadeiro, as condições descritas em Êxodo seriam impossíveis antes de 1300 a.C.


Nesse caso, o Êxodo teria acontecido por volta de 1270 a 1260 a.C.

Mas a Bíblia (Jz 11.26; lRs 6.1; At 13.19,20) data o Êxodo em aproximadamente 1447 a.C.
O  faraó do Êxodo seria .Tutmoses (Tutmes) III (1
479BC-1426BC) ou Amenhotep III ( Amenophis III) (1390 a 1353 AC )  Há uma disputa das datas


Amenhotep III






Tutmes III




 Os estudiosos modernos elevaram Ramessés II e a data de metade do século XIII ao nível de doutrina indiscutível, mas há evidência suficiente para desafiar a opinião convencional sobre o Êxodo, assim como a datação tradicional de vários faraós. Explicações alternativas dão melhor esclarecimento a todos os dados históricos, tornando possível a data de 1447 a.C. para a saída dos israelitas.

  • A Bíblia é bem específica em IReis 6.1 que 480 anos haviam se passado do Êxodo até o quarto ano do reinado de Salomão, por volta de 967 a.C., 0 que colocaria o Êxodo por volta de 1447 a.C.
  • Juizes 11.26, que afirma que Israel passou trezentos anos na terra até o tempo de Jefté (por volta de 1100 a.C.)
  • Atos 13.20 fala do período de 450 anos de governo dos juizes de Moisés a Samuel, que viveu por volta do ano 1000 a.C. 
  • Paulo disse em Gálatas 3.17 que houve 430 anos de Jacó a Moisés. Isso seria de 1800 a 1450 a.C. O mesmo número é usado em Êxodo 12.40. 
Refutando as 3 suposições:

1-O nome Ramessés aparece em toda a história egípcia, e a cidade mencionada em Êxodo 1 pode ter honrado um nobre mais antigo com esse nome. Como Ramessés, o Grande, é Ramessés II, deve ter existido um Ramessés I, sobre o qual ainda não se sabe nada. Em Gênesis 47.11,0 nome Ramessés é usado para descrever a área do delta do Nilo onde Jacó e seus filhos se instalaram. Esse pode ser o nome que Moisés normalmente usava para se referir a toda a área geográfica. Ramessés, então, não precisa sequer se referir a uma cidade chamada pelo nome de um rei. 

2- Projetos de construção foram encontrados em Pi-Ramesse (Ramessés) e em ambos os sítios possíveis para Pitom, datando dos séculos xix e xvii a.C, a era na qual os israelitas chegaram. Eles revelam forte influência palestina. Uma escavação feita em 1987 demonstra que houve construção em Pi-Ramesse e em um dos sítios de Pitom no século xv. Então, se Êxodo 1.11 faz referência aos projetos de construção que estavam em andamento na época em que os israelitas eram escravos, ou àqueles em que estavam trabalhando na época do Êxodo, há evidência de construção em andamento.

3-Pesquisas superficiais não apresentaram sinais de civilizações como as dos moabitas e edomitas antes da entrada de Israel na terra, mas a escavação mais profunda revelou muitos sítios que se encaixam nesse período. Até o homem que fez a pesquisa inicial mudou sua opinião.
 Provou-se assim que os três argumentos a favor da datação do Êxodo após 1300 a.C eram falsos.
 Ora, se essas três suposições estão erradas, não há razão para supor uma data posterior para o Êxodo, e podemos procurar evidências para apoiar a data bíblica de aproximadamente 1447. 

Revisão de Bim son-Livingston.
John Bimson e David Livingston propuseram em 1987 que a data da mudança da Idade do Bronze Médio para a Idade do Bronze Recente era imprecisa e devia ser mudada. O que estava em jogo era a evidência de cidades destruídas em Canaã. A maioria dos sinais de uma invasão ou conquista significativa datam de cerca de 1550 a.C. — 150 anos antes. Essa data é atribuída a essas ruínas porque se supõe que foram destruídas quando os egípcios expulsaram os hicsos, uma nação hostil que dominou 0 Egito durante vários séculos.
Bimson acredita que mudar o fim da Idade do Bronze Médio demonstraria que essa destruição foi feita pelos israelitas, não pelos egípcios. Como tal mudança pode ser justificada? A Idade do Bronze Médio ( BM ) foi caracterizada por cidades fortificadas; a Idade do Bronze Recente ( BR ) tinha em grande parte colônias menores, sem muros. Portanto, o causador da destruição dessas cidades fornece data para a divisão do período. A evidência é escassa e imprecisa. Além disso, há dúvidas de que os egípcios, que começavam a estabelecer um novo governo e exército, pudessem realizar longos sítios por toda a terra de Canaã. Evidências positivas surgiram de escavações recentes que revelaram que a última fase da Idade do Bronze !Médio é mais prolongada do que se imaginava, ficando assim seu término mais próximo de 1420 a.C. Isso corresponde à Bíblia, onde as cidades em Canaã eram “grandes, com muros que vão até 0 céu” (Dt 1.28), como disse Moisés. Além disso, a extensão da destruição, com apenas algumas exceções, coincide com a descrição bíblica. “Realmente, a área na qual a destruição ocorreu no final do [Idade do Bronze Médio] corresponde à área da ocupação israelita, ao passo que as cidades que sobreviveram estavam foram dessa área.” .Alguns arqueólogos perguntam onde está a evidência do domínio israelita no final da Idade do Bronze. Sempre consideramos os israelitas responsáveis pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro em 1200 a.C. O problema com essa teoria é que aquelas mudanças são iguais em todo 0 Mediterrâneo, não apenas na Palestina. Os hebreus não poderiam ser responsáveis por uma mudança tão extensa. Na verdade, como nômades, eles provavelmente não trouxeram nada consigo, viveram em tendas por algum tempo e compraram sua cerâmica nos mercados cananeus. Além disso, 0 livro de Juizes mostra que, depois que Israel entrou na terra, eles não exerceram domínio sobre ninguém por várias centenas de anos. Foram dominados por todos à sua volta.
Bimson resume sua proposta desta maneira: 
Propomos:
1) um retorno à data bíblica da conquista de Canaã (i.e., logo antes de 1400 a.C.) e
2) uma diminuição da data do final da Idade do Bronze Médio, de 1550 a.C. para logo antes de 1400 a.C. 0 resultado é que dois eventos previamente separados por séculos são unidos: a queda das cidades bm ii de Canaã torna-se evidência arqueológica da conquista. Essas propostas duplas criam uma coincidência quase perfeita entre a evidência arqueológica e 0 registro bíblico.


Revisão de Velikovsky-Courville
A cronologia de todo o mundo antigo é baseada na ordem e nas datas dos reis egípcios. Em grande parte, conhecemos essa ordem por meio de um historiador chamado Maneto, que é citado por outros três historiadores. Também há monumentos que dão listas parciais. Essa ordem era considerada indiscutível. No entanto, a única data absolutamente fixa é no seu final, quando Alexandre, o Grande, conquistou o Egito.

Yelikovsky e Courville afirmam que seiscentos anos adicionais nessa cronologia mudam as datas de todos os eventos no Oriente Médio. Deixando de lado a idéia de que a história egípcia é fixa, há três evidências de que a história de Israel coincide com a história do Egito. Esse tipo de coincidência, onde o mesmo evento é registrado em ambos os países é chama-se sincronismo.
As três ocasiões em que encontramos sincronismos são:



as pragas de Moisés,
a derrota dos amalequitas
e o reinado de Acabe.


Um papiro muito antigo escrito por um sacerdote egípcio chamado Ipuwer, apesar de receber várias interpretações, fala de dois eventos singulares:
uma série de pragas e a invasão de uma potência estrangeira. As pragas coincidem bem com o registro mosaico das pragas do Egito em Êxodo 7— 12.



Papiro Ipuur  ou Ipuwer


  • 0 texto fala do rio transformado em sangue (cf. Êx 7.20), 
  • colheitas destruídas (Êx 9.25),
  • fogo (Êx 9.23,24; 10.15) e
  • trevas (Êx 10.22).
  • A praga final, que matou o filho do faraó, também é mencionada: “De fato os filhos dos príncipes são esmagados contra as paredes [...] A prisão é arruinada [...] Aquele que enterra seu irmão está em toda parte [...] Há gemidos em toda a terra, misturados a lamentações” (Papiro 2.13; 3.14; 4.3; 6.13). 
Isso coincide com o registro bíblico que diz: “0 Senhor matou todos os primogênitos do Egito, desde 0 filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até 0 filho mais velho do prisioneiro que estava no calabouço [...] E houve grande pranto no Egito, pois não havia casa que não tivesse um morto” (Êx 12.29,30). 
Imediatamente após esses desastres,houve uma invasão de“uma tribo estrangeira” que saiu do deserto (Papiro 3.1). Essa invasão deve ter sido dos hicsos, que dominaram o Egito entre o Reino Médio e o Novo Reino. 


O monolito de El-Arish conta uma história semelhante de trevas e sofrimento na terra nos dias do rei Tom. Também relata como o faraó “saiu para a batalha contra os amigos de Apopi (O deus das trevas)”, mas o exército não voltou mais: “Sua majestade lançou-se no chamado Lugar do Redemoinho”. 

O lugar do incidente é Pi-Kharoti, que pode ser o equivalente a Pi-ha-hiroth, onde os israelitas acamparam perto do mar (Êx 14.9). Isso é muito interessante, porque o nome da cidade construída pelos israelitas é Pi-Tom,“a morada de Tom”. E o rei que reinou logo antes da invasão dos hicsos foi (no grego) Timaios. Mas a data egípcia para o rei Tom está cerca de seiscentos anos adiantada, por volta de 2000 a.C. Ou a cronologia egípcia está errada, ou a história se repetiu de maneira muito incomum. 

Segundo Velikovsky, os hicsos devem ser identificados com os amalequitas, que os israelitas encontraram antes de chegar ao Sinai (Êx 17.8-16). Eles poderiam ter chegado ao Egito poucos dias depois de os israelitas partirem. Os egípcios referem-se a eles como Amu, e historiadores árabes mencionam alguns faraós amalequitas. Mas os equivalentes bíblicos são bem convincentes. Quando o falso profeta Balaão encontrou Israel, eles os abençoou apesar das instruções que havia recebido, mas, quando se voltou, defrontando o Egito, “viu Amaleque e pronunciou este oráculo: “Amaleque foi o primeiro entre as nações, mas o seu fim será destruição” (Nm 24.20). Por que ele amaldiçoou Amaleque, e não o Egito? Só se o Egito estivesse sob domínio amalequita! Além disso, os nomes do primeiro e do último rei amalequita na Bíblia (Agague1en,v.Nm24.7e ISm 15.8) correspondem ao primeiro e ao último rei hicso. Isso indicaria que os hicsos entraram no Egito logo depois do Êxodo e permaneceram no poder até Saul derrotá-los e libertar os egípcios do cativeiro. Isso explicaria as relações amistosas que Israel tinha com o Egito na época de Davi e Salomão. Na verdade, Velikovsky descobriu semelhanças surpreendentes entre a rainha de Sabá e rainha egípcia Hatshepsut. Acredita-se que ela viajou à Terra Prometida, e as dádivas que recebeu ali são muito semelhantes às que Salomão deu à sua visitante (v. lRs 10.10-22). Ela também construiu um templo no Egito que é semelhante ao templo de Salomão. Mas, de acordo com a cronologia egípcia, ela viveu antes do Êxodo. Somente se a cronologia for reexaminada esse paralelismo poderá ser explicado. A invasão de Tutmés in à Palestina também pode ser igualada ao ataque de Sisaque (2Cr 12.2-9).


Monumento de El-Arish







O terceiro sincronismo é uma série de cartas (em tabuinhas de argila) chamadas de cartas El-Amarna. São correspondências entre os reis da Palestina (Jerusalém, Síria e Sumur) e os faraós Amenotepe III e seu filho Aquenatom.
Os palestinos estavam preocupados com um exército que se aproximava do sul chamado habiru, que estava causando grande destruição. Com base em tal descrição, tradicionalmente acredita-se que essas cartas falam da entrada dos israelitas em Canaã.
Velikovsky mostra que uma investigação maior dessas tabuinhas revela um quadro totalmente diferente:


  • Primeiro, Sumur pode ser identificado como a cidade de Samaria, que só foi construída depois de Salomão (lRs 16.24).
  •  Segundo, 0“rei de Hati” ameaça invadir do norte, o que parece ser uma invasão hitita. 
  • Terceiro, nenhum dos nomes nas cartas coincide com os nomes dos reis dados no livro de Josué. 
Em outras palavras, a situação política está totalmente errada, caso essas cartas sejam da época do Êxodo. Se mudarmos sua data para a época em que Acabe reinou em Samaria e foi ameaçado pelos moabitas e hititas, todos os nomes, lugares e eventos podem ser situados em Reis e Crônicas, até os nomes dos generais dos exércitos. Mas isso coloca Amenotep III quinhentos anos depois da cronologia tradicional. Assim, ou a cronologia está errada ou é necessário afirmar que a história se repetiu exatamente meio milênio depois. A descrição que emerge é coerente apenas se a história israelita for usada para datar os eventos egípcios. Tal interpretação também exige uma nova cronologia para a história egípcia. Courville demonstrou que as listas dos reis egípcios não devem ser consideradas completamente consecutivas. Ele mostra que alguns dos “reis” descritos não eram faraós, mas governadores locais ou altos oficiais. Entre os mencionados estão José (Yufni) e o pai adotivo de Moisés, Quenefres, que era príncipe apenas por casamento. O reconhecimento de que “reis” da xiii Dinastia eram na verdade príncipes de regiões locais ou vice-reis esclarecem sobre o que Maneto considerava uma dinastia. Evidentemente não estava fora de cogitação dar nomes à linhagem principal de reis, compondo uma dinastia, e depois voltar na escala de tempo e começar uma linhagem de vice-reis como dinastia distinta. Ao classificar esses vice-reis como reis, o antigo historiador idealizou uma cronologia errônea e extremamente expandida do EgitoA correção dessa cronologia coloca o Êxodo por volta de 1447 a.C. e faz outros períodos da história israelita coincidirem com os reis egípcios mencionados


cartas de El Amarna

Conclusão. 

A evidência é forte a favor da data do século xv a.C para o Êxodo. Isso entra em conflito com a data geralmente aceita para os reis egípcios. Mas talvez a datação convencional para a Idade do Bronze e certamente a cronologia dos reis egípcios precisem ser drasticamente mudadas. Mais pesquisas e escavações serão necessárias para descobrir quais teorias descrevem melhor a seqüência de eventos no Egito e em Canaã. No entanto, parece que a datação bíblica é mais precisa que se suspeitava, mais até que o conhecimento reunido à custa de pesquisa.

Fonte: 

Enciclopedia de Apologética- Norma Geisler- São Paulo:Vida. 2002.


Fontes da Enciclopedia de Apologética:

G. Archer, Enciclopédia de temas bíblicos. 
J. Bimson־ e D. Livin g sto n e,“Redating the Exodus”, Biblical archaeology review (Sep.-Oct. 1987). 
C 0URY1LLE, D. A. The exodus problem and its ramifications. 
N. L. Geis1.hr e R. Brooks, When skeptics ask, cap. 9. 
R. K. H a rris o n , Introduction to the Old Testament. 
Veliko vsky, Worlds in collision.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Carnaval


"O carnaval , diversão e a festividade que ocorrem em muitos países católicos romanos nos últimos dias e horas antes da temporada de Quaresma A derivação da palavra é incerta, embora possivelmente possa ser rastreada para o medieval Latin Carnem levare ou carnelevarium , o que significa tirar ou remover a carne. Isso coincide com o fato de que o Carnaval é a festa  antes que antecede o início dos 40 dias de Quaresma , durante os quais, em tempos remotos, os católicos romanos, em jejuns, jejuaram, abstiveram-se de comer carne e seguiram outras práticas ascéticas . A origem histórica do carnaval também é obscura. Possivelmente tem suas raízes em um primitivo festival que honra o início do novo ano e o renascimento da natureza, embora também seja possível que os começos do Carnaval na Itália possam estar ligados ao festival pagão da  saturnalia da Roma antiga ."  https://www.britannica.com/topic/Carnival-pre-Lent-festival

Signifcado Etmológico:
a palavra vem do latim clássico CARNEM LEVÁRE, substantivo que significa "abstenção de carne"; o termos ocorre em vários dialetos da Itália e, provavelmente, do milanês CARNELEVALE (1130), fixa-se no italiano como CARNEVALE (sXIV) e daí no francês CARNEVAL (1552) ou CARNAVAL (1680), passando às demais línguas européias ainda no século 17.
Segundo o dicionário Houaiss:
: “...do latim clássicocarnem levare
(...) fixa-se no italiano carnevale (séc. XIV)
 e daí no francês carneval (1552)carnaval (1680), passando às demais línguas europeias ainda no século XVII.”
O primeiro elemento vem do latim caro, carnis (=carne), 
e o segundo elemento vem do verbo latino levare (=tirar, sustar, afastar).
 Há quem suponha que a segunda parte do vocábulo pertença ao domínio popular, do latimvale (=adeus); daícarnevale (=adeus à carne).
"O Carnaval é uma festa popular anual que acontece nos três dias anteriores à Quaresma — o período de quarenta dias que antecede a Páscoa, em que os católicos se preparam para celebrar a ressurreição de Cristo — e que termina na Quarta-Feira de Cinzas. 

Não há versão definitiva sobre o surgimento do Carnaval, mas acredita-se que a festa esteja ligada a rituais em homenagem a deuses gregos, em especial a Dioniso (que corresponde a Baco na mitologia romana).
No século XV, o Carnaval se difundiu em Roma com carros alegóricos, corridas de cavalos, batalhas de confete e outras brincadeiras populares. Na mesma época, o papa Paulo II introduziu o baile de máscaras, que se tornou um grande sucesso na Itália e naFrança. A festa se espalhou pela Europa e logo se popularizou.

Carnaval no Brasil

Carnaval foi trazido ao Brasil pelos portugueses por volta do século XVII, com o nome de Entrudo. Era um tipo de brincadeira, um tanto violenta, em que as pessoas atiravam, umas nas outras, água, pó, cal, ovo e o que encontrassem pela frente. Até que, enfim, passou-se a usar confete e serpentina nas batalhas carnavalescas, além das bisnagas de água, que até hoje fazem parte das brincadeiras.

O primeiro baile carnavalesco no Brasil ocorreu em 1840. A partir daí, começaram a se formar os blocos, os cordões e os ranchos (grupos que saíam fantasiados pelas ruas, cantando e dançando). Em 1846, surgiu, no Rio de Janeiro, o grupo Zé Pereira.

Até então, toda essa festança acontecia ao som de músicas europeias, que não tinham nada a ver com o samba cheio de ginga que hoje dá ritmo ao Carnaval. Mas, em 1899, a compositoraChiquinha Gonzaga escreveu a primeira marchinha de Carnaval. Foi a música “Ô abre alas”, feita especialmente para o cordão Rosa de Ouro, que mudou o ritmo da folia.

A primeira escola de samba do Brasil, criada no Rio de Janeiro, em 1929, chamava-se “Deixa falar”. Em São Paulo, o Carnaval começou acanhado, com corso de carros e foliões e batalhas de confete. Anos depois, começaram a ser realizados os bailes de máscaras. No início do século XX, a avenida Paulista era o palco da folia. Surgiram muitas escolas de samba e, consequentemente, os desfiles nas avenidas. A partir da década de 1970, no Rio de Janeiro e em São Paulo, os bailes tornaram-se menos procurados e a folia de rua diminuiu; foram construídos os sambódromos, onde até hoje as escolas de samba se apresentam e disputam o troféu de melhor do ano.
No Nordeste, o Carnaval de rua permanece muito forte. Em Recifee em Olinda, destacam-se o frevo e o maracatu. O que marca a folia em Salvador, na Bahia, são os blocos e os trios elétricos, com milhares de seguidores.

Carnaval no mundo

Atualmente, a folia carnavalesca no Brasil é tão conhecida no mundo inteiro que até parece ter sido invenção brasileira. Ela acontece em várias partes do mundo, mas de maneiras diferentes. Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, por exemplo, o Carnavalchama-se Mardi Gras, que quer dizer “Terça-Feira Gorda”. As agremiações, algo bem parecido com as escolas de samba, também desfilam em carros alegóricos.
Na Alemanha, as pessoas saem fantasiadas pelas ruas da cidade, nas cidades da floresta Negra e dos Alpes. Em Veneza, na Itália, são realizados bailes nas praças e nas ruas da cidade, com foliões usando as famosas máscaras venezianas.


Outros carnavais famosos ocorrem em países do Caribe e em Binche, na Bélgica.

Carnaval. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2015. Web,
2015. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/483163/Carnaval>. Acesso em:
16 de fevereiro de 2015


Terça-Feira Gorda 

A Terça-Feira Gorda é um feriado festivo, comemorado com festas e desfiles em muitos países cristãos. Ele é o último dia antes da Quarta-Feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma. A Quaresma é um período de quarenta dias que termina na Páscoa, uma das festas mais importantes do cristianismo, em que se celebra a ressurreição de Cristo. NoBrasil, a Terça-Feira Gorda é hoje mais conhecida pelo nome de Terça-Feira deCarnaval.
Tradicionalmente, durante a Quaresma, os católicos praticantes limitam o consumo de carne e até de outros alimentos, em certos dias para os quais a Igreja prescreve jejum. Na Terça-Feira Gorda, ou Terça-Feira de Carnaval, as famílias podem consumir tudo o que não será permitido integralmente durante os quarenta dias seguintes, no período da Quaresma.
Em vários países, a Terça-Feira de Carnaval tem o nome de Mardi Gras, que em francês significa “Terça-Feira Gorda”. Em alguns lugares, as festividades do Mardi Gras podem começar vários dias antes da própria Terça-Feira de Carnaval; nesses lugares, o nome Mardi Gras é usado para designar o período inteiro do Carnaval. O Mardi Gras mais conhecido ocorre em Nova Orleans, na Louisiana, nos Estados Unidos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

4 formas de morrer- Existe a hora certa de morrer?? Existe acaso?


Quatro formas de morrer:


Eclesiastes 7:17 Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?


1-Acaso
2-Morte natural (doença)
3-Acidente ou homicídio
4-Punição divina (somente esta acontece na hora que Deus determinou, e não simplesmente que ele previu!)


Textos Base:
Eclesiastes 9:11  Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o favor; porém tudo depende do tempo e do acaso.(egp pega‘ 1) ocorrência, acontecimento, acaso) Léxico de Strong


1 Sm 26:10 Acrescentou Davi: Tão certo como vive o SENHOR, este o ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou em que, descendo à batalha, seja morto.

Formas de morrer:

1-Acaso:
É o encontro de 2 ou mais CAUSAS independentes.
-na verdade existe o acaso, mas o acaso é o nome que damos aos encontro de causas independentes

Exemplos:
 a-acaso matemático- jogo de dados... o número que vai dar, depende de:posição inicial do dado, forçam ângulo de lançamento, superfície e outros.
 b-acaso circunstancial- bala perdida... Se um policial dá um tiro para cima para controlar uma multidão e essa bala asserta acidentalmente em alguém esse evento é chamado de acaso,  PORÉM TODO ACASO TEM CAUSA.  (Enciclopédia de Apologética, Editora vida)

 "1 Ocasião imprevista que produz um fato.
2 O que acontece fortuitamente"    (Dicionário Aurélio)
 para saber mais:  http://lordisnotdead.blogspot.com.br/2015/04/o-acaso-causa-alguma-coisa.html



2- Morte natural
A pessoa morre em decorrência natural por doença, seja ela: genética, metabólica, viral, bacteriana, etc. ou complicações do parto, etc..
1 Reis 17:17  Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu.

2 Reis 20:1  Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.

2 Reis 13:14  Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer, Jeoás, rei de Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele e disse: Meu pai, meu pai! Carros de Israel e seus cavaleiros!
Gênesis 25:8  Expirou Abraão; morreu em ditosa velhice, avançado em anos; e foi reunido ao seu povo.
16 ¶ Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso.
17  Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho.
18  Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim.
19  Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém.

3- Acidente,homicídio, suicídio

Atos 20:9  Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto.

Gênesis 4:8  Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
Josué 10:26  Depois disto, Josué, ferindo-os, os matou e os pendurou em cinco madeiros; e ficaram eles pendentes dos madeiros até à tarde.
Juízes 16:30  E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.
1 Samuel 31:5  Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele

4- Punição Divina
2 Samuel 6:7  Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus.
Atos 5:5  Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes.
Atos 5:10  No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido.
Atos 12:23  No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou.




Existe a hora certa de morrer?
Eclesiastes 7:17 Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?

É claro que Deus sabe o dia em vamos morrer, porém isso não significa necessariamente que este dia seja o dia que Deus escolheu para que morrermos. Veja abaixo:

Deus conhece o dia da nossa morte:
Salmos 139:1 SENHOR, tu me sondas e me conheces.
2  Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.
3  Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
4  Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.
5  Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão.
6  Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.
16  Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado*, quando nem um deles havia ainda.
*Ver apêndice: Deus determina todas as coisas, no sentido que tudo que acontece é o desejo de Deus?



A imprudência humana retira a proteção de Deus:

Eclesiastes 7:17  Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas tolo; para que morrerias antes do teu tempo?
Mt 4:5  Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo
6  e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.
7  Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.


Pessoas morrem fora da hora de Deus, por suicídio, doenças, assassinato, acidentes, etc.
2 Crônicas 16:12  No trigésimo nono ano do seu reinado, caiu Asa doente dos pés; a sua doença era em extremo grave; contudo, na sua enfermidade não recorreu ao SENHOR, mas confiou nos médicos.
Gn 23:25  Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.
26  Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.
Gênesis 4:8  Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
Atos 20:9  Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto. Paulo o ressuscitou depois
1 Reis 17:17  Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu. Eliseu  o ressuscitou depois
1 Samuel 31:5  Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também ele se lançou sobre a sua espada e morreu com ele

Conclusão:
Devemos vigiar e buscar a Deus na cura das enfermidades, caso contrário podemos tentar a Deus em acidentes por negligência, ou sermos relapsos em confiarmos apenas na medicina humana (pois esta é limitada)

Apêndice:
Deus determina todas as coisas, no sentido que tudo que acontece é o desejo de Deus?

Deus determina todas as coisas?

A-    Muitos textos das escrituras diz que Deus decreta ou determina todas as coisas
Is 46:10-11(o universo físico); At 17:26 (os limites da habitação); At 2:23 At 4:27,28 ( o pecado dos que entregaram e mataram Jesus ) ;Jó14:5os limites da vida humana; a salvação de alguns At 13:48. Alguns precipitados concluem a partir disso  que tudo que acontece, ocorre como por vontade e desejo perfeito de Deus (fatalismo).

     
B- Deus decretou soberanamente um sistema condicional
“Decretar a criação implica decretar os resultados previstos na criação...Na eternidade Deus previu que a criação do mundo e a instituição de suas leis tornaria certa sua verdadeira história nos mais insignificantes pormenores. Mas Deus decretou criar e instituir estas leis. E assim decretando, ele necessariamente decretou tudo o que haveria de vir. Por fim, Deus previu os futuros eventos do universo como certos porque ele decretar criar;mas esta determinação de criar envolveria também a determinação de todos os verdadeiros resultados de tal criação; ou em outras palavras, Deus decretou aqueles resultados”(Teologia Sistemática- Strong; -calvinista).


É importante frisar que Deus decretou algumas coisas de maneira direta e outras de maneira indireta (decreto permissivo). Por exemplo: Deus decretou a lei da gravidade diretamente, porém uma caneta cairá da mão somente quando uma pessoa a solte, assim podemos dizer que a caneta cai indiretamente pela vontade de Deus, mas diretamente pela vontade humana. Deus decretou poder do livre arbítrio de maneira direta (o poder de decisão do homem) mas não o exercício (uso) desta liberdade.

Assim quando o homem peca , assim procede por uma decisão sua, e não de Deus, pois o pecado é contra a natureza de Deus Jr 44:4. Assim Deus não é o autor do pecado, mas o autor dos seres livres que são os autores do pecado. “Deus só decreta o pecado indiretamente no sentido de criar os que hão de pecar, ou seja ele decreta preservar as vontades humanas que, ao escolherem seus cursos, serão maus e farão o mal.”

Ao contrário do que ensinam alguns ultra-calvinistas, Deus não determina [causa] diretamente as ações do homem e dos anjos caídos, pois seria o autor do pecado e de suas conseqüências. . O poder da liberdade é causado por Deus, mas o exercício da liberdade é causado pela pessoa.

Até mesmo quanto às escolhas do dia a dia a bíblia atribui tais escolhas aos homens e não à Deus Gn 13:11; Dt 14:26; etc. O homem a partir de certa idade passa a ter discernimento entre o bem e o mal, e consequentemente capacidade de escolhas morais Dt 1:39; Is 7:15; Rm 9:11; Mt 7:13-14. Evidentemente por causa da natureza pecaminosa, muitas vezes o homem pratica o mal, contudo ainda sim pode fazer boas coisas Rm 2:13-16; Mt 7:11. Deus sempre chama os homens a tomar decisões quanto à vida eterna Dt 30:19-20; Mt 7:13-14; Js 24:15,22; Ap 22:17; etc., cabe simplesmente ao homem aceitar o Dom [presente] da salvação oferecido por Ele Rm 6:23; Ap 3:20; Jo 1:12; Is 55:1,6,7; Mt 11:28 etc.